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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"ELE NÃO ESTÁ BOM. FAZ PENA!"


Saliento as seguintes passagens: "Saímos da Festa. Cantámos os Reis. Alegrámo-nos. Preparámos a Alma. Foi um bom estágio para o que aí vem. Em 2011 somámos três grandes vitórias. Afinal não há poderes tão poderosos quanto dizem ou se julgam... Que venha 2012!". Deduz-se daqui que, naquela cabeça apenas funciona a festa e as vitórias eleitorais. Sobre os problemas que estão aí para serem enfrentados e solucionados, nem uma palavra. Razão tem esse meu interlocutor no aniversário de um velho Amigo: "faz pena".

Há dias, no decorrer de um aniversário, convivi com algumas pessoas, uma ou outra, de posicionamento político social-democrata. No decorrer de uma conversa onde veio a propósito a entrevista do presidente do governo à RTP-M, uma delas disparou: "Ele não está bom. Faz pena!". Pois, disse eu, o problema é que está a levar muita gente para o desespero. Entretanto, os dias passaram-se e ontem, alertado por um Amigo, passei os olhos pelo jornal oficial pago por todos nós, o JM. E dei com um artigo de opinião, apenas hilariante e denunciador da fragilidade política em que ele se encontra. Trata-se de um pedido, quase dramático, aos "companheiros" do seu partido. Da altivez, do quero, posso e mando, da atitude de chicote numa mão e cenoura na outra, o "chefe", escorregando montanha abaixo nas pedras soltas que foi deixando ao longo da subida de trinta e tal anos, quase suplica: juntem-se a mim! Aqui fica um pequeno excerto:
"Caro Companheiro:
Terminou o ano difícil de 2011. Mas, no percurso que há muito trilhamos juntos, porventura algum ano foi fácil?... E não os ultrapassámos sempre, vencendo?... E esta nossa capacidade para enfrentar as dificuldades e domá-las, é agora que vai estar em causa, apesar da dimensão com que se apresentam em 2012? Saímos das nossas Festas. De Natal e de Fim do Ano. Cantámos os Reis. Alegrámo-nos como sempre, vivemos entusiasticamente as boas Tradições que trazemos do berço, começadas com trisavós dos nossos trisavós. Preparámos a Alma, também a nossa alma madeirense, robustecemos as convicções que são a nossa Força. Atrevo-me a dizer-Te que foi um bom estágio para o que aí vem.
Que venha! Até num 2011 tão complicado, somámos três grandes vitórias. E, a última, que sabor nos deu! Afinal não há poderes tão poderosos quanto dizem ou se julgam...
Que venha 2012! Estamos preparados para vencê-lo, tão bem como fomos bons festeiros na Quadra que terminou. É que enquanto celebrávamos a Festa, Tu, eu e os outros Companheiros, também nos orgulhávamos dos nossos resultados pela Madeira, da nossas capacidade para fazê-los, da determinação que sentimos possuir. Ou não foi a nossa aptidão que mudou a qualidade de viver do Povo Madeirense?... Ou não foi o amor a esta nossa pequena Pátria, que nos fez arriscar tudo, actuar na altura certa, oportuna?... E contra tantos!... (...)"
Saliento as seguintes passagens: "Saímos da Festa. Cantámos os Reis. Alegrámo-nos. Preparámos a Alma. Foi um bom estágio para o que aí vem. Em 2011 somámos três grandes vitórias. Afinal não há poderes tão poderosos quanto dizem ou se julgam... Que venha 2012!". Deduz-se daqui que, naquela cabeça apenas funciona a festa e as vitórias eleitorais. Sobre os problemas que estão aí para serem enfrentados e solucionados, nem uma palavra. Razão tem esse meu interlocutor no aniversário de um velho Amigo: "faz pena". Simplesmente porque há políticos que não sabem que há um momento para participar e um momento para bater em retirada! Essa noção do tempo certo foi engolida pela montanha dos interesses político-partidários e outros que, certamente, só a História desvendará. Mas é triste vermos um político na decadência absoluta e a pedir que a "ALMA" dos outros ajudem a salvar a sua, isto é, do labirinto no qual se meteu. 
Ilustração: Google Imagens.

5 comentários:

António Trancoso disse...

Caro André Escórcio
Pergunta o homem: "Ou não foi a nossa aptidão que mudou a qualidade de viver do Povo Madeirense?...Ou não foi o amor a esta nossa pequena Pátria,que nos fez arriscar tudo,actuar na altura certa,oportuna?...E contra tantos!..."
A resposta,a um alienado,sem remissão,incapaz do mínimo vislumbre do que é uma sã vivência democrática, só pode ser uma: Não, não foi! Nem a "aptidão" nem o "amor"!
Não fora a Revolução de Abril(que permitiu toda a ajuda,nacional e europeia,à recuperação infra-estrutural,de uma região portuguesa, periférica, votada ao ostracismo, pela visão,obscenamente revanchista,da ditadura fascio-salazarista,que,o demente,
louviminhava com todo o ardor das suas genéticas convicções),hoje,sem algumas das referidas infra-estruturas,a situação, da "pequena Pátria", não andaria longe da que, o hipócrita,ganancioso e falso "amor",condena o (deliberadamente hipnotizado e manipulado) Povo Madeirense.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
100% de acordo!

António Trancoso disse...

Caro Amigo
Permita-me uma corrigenda. Onde se lê louviminhava deverá ler-se LOUVAMINHAVA.

Fernando Vouga disse...

Caro André Escórcio

Concordo que "ele" não está bom. Mas já não tenho pena. Teve a sua grande oportunidade de sair pela porta grande, uns anos atrás, mas preferiu agarrar-se ao poder.
Como qualquer ditador que se preza, prefere lançar a Madeira no abismo a dar o braço a torcer. Porque é única atitude digna que lhe resta, se é que ainda tem um mínimo de sensatez.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Concordo consigo. Também não tenho pena.