Não gosto de fazer abordagens sobre as quais desconheço a fundamentação científica. Falar de mosquitos só se for pelas incómodas comichões que passei (apesar de dormir com um véu mosquiteiro e uma ventoínha) e pelos dois paludismos que contraí, na Guiné Bissau, quando lá estive dois anos na guerra colonial. De resto, de mosquitos nada sei. Conheço, de facto, uns por aí, muito maiores, que picam e infectam a sociedade de outra maneira. Há muitos anos, diga-se de passagem.
Mais a sério, preocupa-me o que se está a passar na Madeira, particularmente no Funchal. A professora universitária que ontem falou à reportagem do DN-M e que disse "(...) para passar cá férias, já penso duas vezes. Imagine-se o que pode acontecer a um diabético ou a outra pessoa com problemas mais graves de saúde (...)", constitui um sinal muito grave do que pode acontecer num futuro próximo, se medidas muito mais sérias e científicas não forem tomadas. E sobre este assunto, lamentavelmente, há uma silêncio muito grande e muito preocupante, resumindo-se à informação sumária das medidas preventivas. Neste momento, ao ponto a que isto chegou, o que interessa saber é o que se está a produzir em termos de investigação e como se poderá atenuar esta situação gravosa para os madeirenses e para a sua economia. Convenhamos que este não é um assunto de somenos importância e aos olhos dos madeirenses a ideia que subsiste é que o governo regional anda, nitidamente, aos papéis.
Com o Dr. Brazão de Castro no exercício da Presidência podemos ficar, entretanto, descansados. O "mosquito" maior de Santa Luzia deve ter deixado instruções claras para actuar e dizer que tudo está sob controlo... tal como os números do desemprego!
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