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terça-feira, 5 de agosto de 2008

EDUCAÇÃO: ANO NEGRO

Acabo de ler uma Carta do Leitor, na edição de hoje do DN, que se reporta a uma outra que escrevi, de resposta a um tal professor José Horácio. Não conheço a professora Inês Freitas, pelo menos (lamentavelmente) não estou a associar o nome à pessoa, mas trata-se de uma posição honesta, caracterizadora do que se está a passar. Aqui fica o registo:
"Eu felizmente sei do que falo..." Palavras simples! Parecem sentidas! Sobretudo estas que acabo de ler numa carta do leitor intitulada "Ano negro" e respeitante ao matreiro ECD. Senti vontade de sugerir uma alteração ao título para, de preferência, ficar "Futuro negro" e o autor da dita carta não me há-de levar a mal a ousadia, até porque partilhamos da mesma opinião e, felizmente, não estamos sós, porque foram 100.000 os professores na baixa lisboeta e outros tantos multiplicados por todo o país, incluindo a RAM, que sentiram vontade em lutar pelo mesmo, aparentemente silenciados na Esperança de que o assunto revelasse um percurso diferente, para afinal, feitas as contas, tudo morrer como nasceu, dentro dos gabinetes e diante da cegueira dos sindicatos e dos directores de escola que vieram defender o indefensável, e que nada fizeram para além da perda de tempo e, claro, uma vez protegido o umbigo principal. Ora toma! Era assim que diria J. Saramago! Manda quem pode, obedece quem deve, não é verdade?! E não foi sempre assim?Resultado: humilhantes provas públicas de acesso ao 6.º escalão; avaliação pelos próprios colegas dentro da mesmíssima escola e desrespeito pela não contagem do tempo de serviço na progressão da Carreira. Uma escandaleira que prima pela ardilosa e traiçoeira manha, que serve sempre os mesmos e não trará mais e melhor educação! Um final mudo que se segura até às próximas eleições, com receio das consequências!Em suma, e parafraseando as palavras da dita carta, o que enfezada e torna caricata a situação é que a RAM poderia ter-se destacado neste descontentamento nacional, porém preferiu enlutar-se, juntando-se às decisões dos gabinetes lisboetas. Boa solução, sim Senhor! Espero que o feitiço se vire contra o feiticeiro! ...
Inês Freitas.

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