Iniciaram-se os Jogos. Muito sinceramente, eu que não perco uma cerimónia de abertura desde há muitos anos, esperava um pouco mais. Foi um excelente espectáculo, com ritmo, beleza, estética, cultura, história mas, quando comparado com alguns outros momentos, fiquei com a sensação que esta civilização milenar poderia ter ido mais longe. É evidente que este tipo de cerimónias estão cada vez mais condicionadas pelos compromissos de transmissão de imagens e, por isso, os minutos são de ouro. Daí que qualquer organização tenha de fazer grandes opções nos quadros que apresenta. Sei que é assim pelo que muito ficar por apresentar. De qualquer forma, embora excelente, as tradições ancestrais daquele povo (e são muitas) ficaram aquém das minhas expectativas.
Não gostei, isso não, da presença de militares a transportar a bandeira da República Popular da China, na parte final do percurso. Teve e tem uma interpretação que extravasa a dinâmica dos Jogos e da paz. Acho que foi uma subtil demonstração política de força que, do meu ponto de vista, podia e deveria ter sido evitada.
Agora, são as competições. Ninguém deve esperar milagres dos portugueses e muito menos dos madeirenses. Estar entre os melhores já é muito bom. Como dizia, ainda hoje, o Príncipe Filipe de Espanha, "as medalhas estão muito caras" e, portanto, o que tiver de acontecer e se acontecer que a todos nos encha de orgulho.
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