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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

EDUCAÇÃO: ANO NEGRO

O professor José Horácio volta hoje às cartas do leitor com mais uma lengalenga que denuncia, claramente, que não conhece o sistema educativo. Mais grave é uma sua afirmação: "à educação o que é da educação e à política o que é da política". Uma vez mais não entendeu o que escrevi. Paciência. Simplesmente porque, a existência de mais ou menos sistema educativo, mais ou menos saúde, etc. etc., depende de actos políticos sérios. Temos, por isso, de politizar a Educação. Cada vez mais. Outra coisa é, acefalamente, partidarizá-la através de cartas, colagens políticas e de outros processos egoístas. Por aí não entro.
Ora bem, repito o que ontem sublinhei, o que se passa no País pouco me interessa em matéria de política educativa. Do Ministério da Educação extraio o essencial, a matriz dos grandes desígnios nacionais. Nasci e vivo numa Região Autónoma que pode, por esta mesma razão, implementar um sistema (integrado, em todas as variáveis, a montante e a jusante) precisamente porque é autónoma política e administrativamente. O problema é saber o que não fazer para que esta Região se constitua num exemplo nacional e europeu. Para que a Madeira não apresente as vergonhosas taxas que a estatística demonstra. E, portanto, só há uma saída possível, fugir das rotinas, dizer não às políticas estupidificantes, estudar, reunir consensos ouvindo os parceiros sociais. Enquanto alguns se mantiverem na lógica que isto aqui é melhorzinho que lá, evidentemente, que não passaremos da cepa torta. Mas esse não é um problema meu, é dos Horácios desta Região. Porque eu, estou bem perto da aposentação. Outros é que vão arcar com as responsabilidades. Todavia, enquanto por aqui estiver como activo, não me demitirei das convicções e dos princípios e valores que me animam.

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