É muito difícil entender, ou talvez não será, as posições assumidas por políticos com enorme responsabilidade. Quando o Dr. Guilherme Silva, Deputado do PSD na Assembleia da República e Vice-Presidente daquele Órgão de Soberania, questiona a lei que está em discussão sobre a impossibilidade dos governos e autarquias serem titulares de órgãos de comunicação social, é evidente que estamos no grau zero da seriedade e da honestidade política. A lei, ao contrário do que pensa o Dr. Guilherme Silva, não constitui um fatinho à medida do que se passa com o Jornal da Madeira. É uma lei geral para o País. Agora, se pelo caminho põe em causa um órgão de comunicação social madeirense, pago com os impostos de todos os madeirenses, aí, digo, claramente, não quero que um cêntimo dos meus impostos sejam aplicados num jornal. Neste ou em qualquer outro. Já aqui o sublinhei que o JM, independentemente da sua linha editorial, terá de entrar no mercado em pé de igualdade com todos os outros que lutam pela sua sobrevivência. À minha custa e de todos os madeirenses, NÃO.
E perguntou o Deputado "(...) Que base moral e ética é que o Governo tem para fazer esta lei?". Digo eu, toda a base moral e ética. Concordo, por isso, com o Ministro Santos Silva, quando ripostou ao Deputado: "(...) O primeiro-ministro não tem uma coluna de opinião semanal num jornal, o Governo não tem nenhum jornal, não o vende pelo preço inferior ao de mercado, nós não tentamos fazer com que esse jornal fosse gratuito, não alterámos a direcção da RTP e RDP quando chegámos ao Governo e cumprimos escrupulosamente a lei". E, segundo o DN, prosseguiu: "Essa é a nossa base moral e já agora chamemos as coisas pelos nomes, falo do que se passa no 'Jornal da Madeira', coisa que esperava que o senhor deputado fizesse".
Mas, para o Deputado, correcto é ter um Jornal, pago por todos os madeirenses, para fazer a política do seu partido. Já não lhe basta as rádios locais e, sobretudo, a RTP-M, responsável pelo serviço público, que continua a fazer um jornalismo de agenda, previsível, que não investiga, não analisa, que pergunta o óbvio e que assobia para o lado perante tantos dossiês escaldantes.
De facto, Senhor Deputado Guilherme Silva, a política deve desenvolver-se com seriedade, honestidade e numa base "moral e ética". Aspectos que não descubro nos seus comportamentos políticos.
1 comentário:
A verdade é que o Dr. Guilherme Silva só é deputado na AR por ser um incondicional do "chefe". Não tem condições para o lugar que ocupa, e quando o PSD nacional o coloca como um dos vice da AR, se alguém tivesse dúvidas, desapareceram quando GS ocasinalmente no exercício da presidência da AR, desata a fazer política partidária e oposição ao governo.
GS, é uma pessoa irritada e irritante, que nos debates televisivos não respeita ninguém, pois não deixa falar os outros.
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