"(...) Os professores empregam a maioria do seu tempo na preparação dos modelos pré-definidos e a preparar os seus alunos para os testes. Desta forma têm menor autonomia na preparação das suas aulas e estão limitados na expressão da sua criatividade profissional. O ensino tem vindo a tornar-se numa actividade que fomenta cada vez menos o pensamento e priviligia o seguimento de directivas. Os professores não são incentivados a desenvolver as suas capacidades de crítica para ajudar os seus alunos a desenvolver um conhecimento baseado na compreensão das suas práticas diárias e na forma como a educação se pode assumir como uma das principais ferramentas no desenvolvimento de uma sociedade aberta, livre e justa. Os docentes têm vindo assim a tornar-se numa extensão dos interesses corporativos, mensageiros de currículos estandardizados e testes prescritivos".
Nathalia Jaramillo, Doutorada em Educação, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, 2008.
Nota: A questão que se coloca é esta: que motivos subjazem para que o sistema seja assim? Salienta Nathalia Jaramillo, entre outros importantes aspectos, porque, desde logo, vive-se numa muito complexa e intrincada rede de práticas sociais que têm um ponto em comum: uma ética individualista em permanete actualização que coloca os interesses do capital e de um punhado de escolhidos sobre o interesse comum público. Numa lógica de mercado, os estudantes são referidos como bons consumidores e os professores como produtores.
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