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terça-feira, 9 de setembro de 2008

REFLECTIR A EDUCAÇÃO (II)

"(...) A falência destas reformas é hoje inquestionável. O poder dominante usou, e continua a usar, os professores como «bode expiatório» para justificar o insucesso continuado das suas políticas de reforma. Neste processo reformista os alunos e docentes foram os mais penalizados. Mais do que reformar defendemos a necessidade de reinventar os sistemas educativos abrindo novos caminhos à educação pública e à profissão docente. Este desiderato passa por dar autonomia às escolas e ao exercício da profissão. Pela ousadia e pela capacidade de colocar radicalmente em questão os actuais sistemas educativos, por sermos capazes de encontrar um novo valor de uso para a educação, por escolher e abrir, colectivamente, novos caminhos à profissão docente. É este o grande desafio que se coloca à actual geração de professores. É necessário encontrar outras lógicas de enfrentamento dos actuais problemas educativos e da actual crise da profissão docente. Essa reflexão-acção é inevitavelmente política. Tem conteúdo ideológico. Obriga a tomar partido. Não se pode esconder por detrás de uma fingida neutralidade da ciência. É essa acção-reflexão comprometida que continuamos a propor".
Professor José Paulo Serralheiro, Director de A Página da Educação, 2008.
Nota: É este o caminho que, desde há muito, defendo e que tenho tentado, em vão, divulgar sobretudo na Assembleia Legislativa da Madeira. Uma coisa é certa, de nada valerá o governo regional proceder a acertos marginais no sistema. O problema é de fundo e não se compadece com reformas pontuais e actos burocratizantes desajustados de um pensamento estratégico relativamente ao futuro que se deseja construir.

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