Comovente o discurso de OBAMA. Muitos recados para o Mundo mas também todo o discurso com segurança, humildade e muita confiança. Não sei nem aposto no que acontecerá nos próximos quatro anos. Quero manter a expectativa que há um sentido de mudança, que a lógica imperialista mudará de sentido, que podem ser dados passos importantes para um Mundo um pouco diferente, que a pobreza poderá ser atacada, que os problemas ambientais, finalmente, poderão contar com uma posição honesta por parte dos americanos. Estes entre tantos outros dramas onde se enquadram os da guerra.
A fasquia está muito alta face a tantos problemas por resolver. Mas quero acreditar que pode estar a surgir uma nova ordem mundial.
Como nota final, oxalá, os que lideram à pequena escala (por aqui...), aprendam o que é ser humilde politicamente e como se discursa sem fugir dos problemas e como se discursa gerando confiança e apontando caminhos.
3 comentários:
Caro André Escórcio
O discurso, do novo Presidente dos EUA, é coerente com a postura política, por si assumida, ao longo de toda a campanha eleitoral.
A tarefa que o aguarda não é fácil,tendo em conta o descalabro, da economia mundial, no qual, a Administração Bush, não está isenta de culpas.
Acabo de conhecer as posições de Durão Barroso e de Brown. Tenho de felicitá-los pela enorme capacidade de engolir tamanhos sapos!
E, gostei ainda mais, da "disponibilidade" do nosso 1º Ministro... para dialogar com Obama(julgava eu que só o Presidente Francês se punha em bicos de pés para não destoar na fotografia).
As espectativas são,de facto,muito elevadas. Aguardemos, com serenidade os sinais da ansiada mudança, como sejam:o fim da guerra no Iraque,a adesão aos tratados ambientais,a desactivação de Guantanamo,o restabelecimento de relações com Cuba,a contenção do espúrio apoio ao Estado Sionista de Israel, contribuindo, decisivamente,para o respeito, boa vizinhança e consolidação do Estado da Palestina.
O Mundo espera que,a Montanha, não venha a parir um rato!
Um abraço.
Senhor Professor
Saramago pergunta,e bem,donde vem este Homem que nos diz ser possível um mundo melhor?!
A resposta parece ser óbvia; vem de uma realidade social que sofreu tratos de polé para afirmar-se num patamar de mínima dignidade humana. Aliás, no seu discurso inaugural,Barak Obama,taxativamente,lembra-o à sociedade americana,quando se refere aos obstáculos ao exercício da cidadania, colocados às minorias,designadamente aos "colored", como era o seu próprio pai.
Só quem conhece o sofrimento é capaz de entender o dos outros,e,desse modo,tomar medidas para alcançar uma sociedade mais justa e fraterna.
Com percursos de vida diferentes, Obama faz lembrar, não só pela cor da pele, a Esperança, consubstanciada em Nelson Mandela.
Oxalá o futuro confirme, em Obama, a dimensão política e moral do Sul-Africano.
Imagine-se a turbulência que assola,neste momento,as mentes dos que,oportunista e serventuariamente, se colaram às desonestas decisões de Bush!!!
Como bons Vira-Casacas, aí estarão(já estão)a declarar a sua louvaminha incondicional à nova ordem.
À nossa escala,nacional e regional,bom seria que os nossos (des)governantes aprendessem, e reconhecessem,a diferença que existe entre um Senhor, e, um aldrabão e um carroceiro.
A eleição de Obama é uma excelente notícia. Mas penso que não teremos grandes razões para embandeirar em arco. Com Obama ou sem Obama, com grandezas e com misérias, os EUA continuarão sempre a ser os EUA.
Da mesma forma que o cidadão Pinto de Sousa, por mais que se esforce, não vai conseguir descaracterizar Portugal, o Presidente Obama não conseguirá introduzir transformações drásticas.
E, pior ainda: é bom que não se esqueça que o Ku-Klux-Clan continua a existir...
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