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sexta-feira, 24 de abril de 2009

11.456 DESEMPREGADOS... UM DESASTRE SOCIAL

A taxa de desemprego na Madeira com os actuais 11.456 desempregados registados em Março, fixou-se em 9% face aos 8,6% no todo nacional.
A Madeira enfrenta uma situação de catástrofe social. Aquele valor traduz um quadro bem negro para milhares de famílias limitadas aos recursos mínimos de sobrevivência. Não fora as medidas assumidas pelo governo da República, através da Segurança Social e a Região, hoje, estaria numa complicadíssima situação sem solução à vista. Continua, repetidamente, a assumir que tudo o que de bom acontece é da responsabilidade da Madeira, as situações gravosas são de imediato chutadas para para outros. Intencionalmente, esquece a baixa no preço de 4.000 medicamentos; o complemento solidário para idosos, o apoio pré-natal; o Salário Mínimo que cresceu 20% nos últimos 4 anos; o Abono de Família, uma das prestações mais importantes que cresceu 25% nos últimos quatro anos; a Acção Social Escolar, baseado nos escalões do abono de família, e que veio a beneficiar milhares de alunos e suas famílias; o apoio à parentalidade; a redução das contribuições para a segurança social; o programa de qualificação-emprego; a formação de dupla certificação para jovens sem o ensino secundário; os estágios profissionais para jovens com o secundário e superior, destinado a jovens até aos 35 anos; o apoio à contratação de jovens com o ensino secundário e superior através do apoio de € 2.000,00 mais dois anos de isenção de Taxa Social Única (TSU); do apoio de € 2.000,00 mais dois anos de isenção de TSU na contratação de desempregados e públicos específicos; o apoio à contratação de desempregados com 55 anos ou mais, consubstanciado na redução de 50% na TSU às empresas que contratem a termo; o prolongamento do subsídio social de desemprego; a despesa de solidariedade que significa que um esforço do Estado, por dia, de 20 milhões de Euros. Tudo isto passando de 6,83% de défice nas contas do Estado do tempo do governo PSD para 2,6% em 2007 e 2008. Não assumem responsabilidades de nada e continuam por aí a falar grosso como se não tivessem responsabilidades governativas.
Os madeirenses e porto-santenses não podem continuar a sofrer os erros de uma má governação. Abril é amanhã. LIBERTEMO-NOS!

2 comentários:

João Silva disse...

Sr. Professor
A legislação da política de segurança social é reserva da Assembleia da República.
As acções listadas são efectivamente decididas pelo Governo da República. A Madeira executa-as. Os recursos são reunidos a partir dos descontos sociais aplicados aos rendimentos de todos. Recolhidos pelo orçamento da Segurança Social.
Tudo o que possa ser feito regionalmente, com verbas próprias, está limitado à existência dessas verbas. E como sabe, essas foram sériamente restringidas pelo governo socialista através da LFR...
Mas mais: o "ataque" à crise tem sido feito pela injecção maciça de dinheiro na economia (em projectos sociais, mas também em outros - Bancos, etc...).
Ora, isso épossível à custa do déficite e do endividamento.
Como na MAdeira esse endividamento está restringido pelo Governo Socialista, mais uma vez, se verifica que é este que "ata as mãos" do Governo regional na acção...
Não é assim?

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
A primeira parte do seu comentário subscrevo-a. Discordo da segunda. É preciso que tenhamos em atenção que há verbas transferidas na rubrica custos de insularidade. O Orçamento em curso envolve
€ 221.658.736,00, precisamente para atender às áreas de intervenção governativa mais deprimidas. Que o governo gere como quer.
E concordará, certamente, comigo que entre um estádio de futebol (Marítimo) que envolve 31 milhões, um muro de suporte para um estádio de Câmara de Lobos que custará 8 milhões, 17 milhões em juros de mora,4 milhões anuais para o Jornal da Madeira, enfim, podia-lhe aqui enunciar um conjunto de encargos que são absolutamente dispensáveis, poderiam atenuar carências diversas. Por isso, a LFR tem servido para muito, mas a verdade é que a gestão da coisa pública não tem, em meu entender, sido eficiente e ficaz.