O Distrito de Viseu tem 395.000 habitantes, um presidente de Câmara e oito vereadores (seis com pelouros atribuídos). E chega! Aqui, os assuntos são tabu, chuta-se tudo para lá e ninguém assume as responsabilidades que são próprias em função de uma estrutura com estatuto político-administrativo autónomo.

Aqui, com uma estrutura orgânica quase de país, os assuntos são tabu, chuta-se tudo para lá e ninguém assume as responsabilidades que são próprias em função de uma Região com estatuto político-administrativo autónomo. A permanente tentação de fugir aos problemas é enorme, sendo sensível a existência de uma preocupação, desde o presidente do governo, aos secretários e demais pessoal da estrutura organizativa, de negar as responsabilidades locais e próprias. Todas as intervenções políticas vão no mesmo sentido, desde a Assembleia ao governo.
Neste quadro, utilizando as mesmas palavras do Dr. Guilherme Silva, eu diria: "(...) Precisamos, pois, de, no quadro da nossa Democracia, que se quer adulta, encontrar alternativa idónea capaz de aproximar governantes e governados, e de travar uma certa onda de descrença e mesmo algumas crescentes situações de desespero". Nem mais, Senhor Deputado, o que deseja para lá muitos madeirenses desejam que aconteça por aqui. Não tenha a menor dúvida. Mais, ainda, tem toda a razão, neste contexto: "(...) Por isso, não só não nos podemos deixar influenciar (diria inquinar), por qualquer pessimismo, como devemos ser, como já fomos, noutras ocasiões, no passado, o esteio e exemplo de quem nunca baixa os braços, especialmente nos momentos mais difíceis". Exactamente, porque estamos fartos dos novos colonos! Nós os políticos da oposição, certamente, em nome dos 15.000 desempregados, dos 30% de pobres e excluídos e dos empresários desta terra.
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