O PS-M tem de ter a sua própria agenda que gere confiança e que negue o caminho das políticas sociais entendidas como caridade! É esse o caminho. Sem paleios e gritarias vindas da Herdade, que nada acrescentam...
A política regional enferma de uma persistente névoa nos olhares sobre os desequilíbrios visíveis na sociedade. Há uma espécie de catarata geradora de opacidade que impede ver de forma sensível e visível o quadro em que a sociedade se movimenta. A sensação que há muito tenho é que temos, há anos, um governo que vagueia às apalpadelas, pelos corredores do poder, atrás dos acontecimentos, com evidentes dificuldades, por falta dessa visão estratégica clara, em determinar um rumo. Dir-se-á que funciona, qual máquina velha e gasta, presa por arames e parafusos enferrujados e, por isso mesmo, com a Meia-Serra à vista como destino final. A conflitualidade surda mas sensível entre as peças da máquina política, a prostração, o não saber para onde caminham, a sistemática busca de fait-divers para distrair, como é o caso da revisão constitucional, a tentativa de castração do pensamento livre, a subjugação das instituições, o tom e falta de qualidade discursiva, o medo que, intencionalmente, instala, a incultura que semeia, o entendimento que a pobreza é uma fatalidade, o desemprego que é entendido como consequência dos outros e não por causas que não foram acauteladas, enfim, tudo isto, constituem sinais evidentes que a máquina política deu tudo quanto tinha para dar. Foi um tempo, e que longo tempo, com algumas decisões obviamente correctas, mas com muitas e muitas outras que trouxeram e estão a deixar um rasto de grande preocupação quanto ao futuro. As gerações futuras vão pagar, com juros acrescidos e asfixiantes, o desnorte desta máquina política que governa há 36 anos. Ilegitimamente, vão ter de pagar. E ao invés de recuar na metodologia política, teimosamente, o principal mentor da teia deseja continuar a persistir no erro. António de Oliveira Salazar disse, na tomada de posse de, salvo erro, Ministro das Finanças, "sei bem o que quero e para onde vou", e por lá andou, de facto, dezenas de anos a exocrinar a cabeça dos portugueses. O líder do PSD-M, também sabe muito bem o que quer e para onde vai, e por cá anda há 36 anos no governo desejoso de bater o recorde de permanência do outro de Santa Comba. Deveria dar-se conta que tudo tem o seu tempo e que as mudanças são necessárias, mas não, teimosamente, agarrou-se ao leme sem dar-se conta que está a deixar esta terra com uma aflitiva montanha de problemas.
A política regional enferma de uma persistente névoa nos olhares sobre os desequilíbrios visíveis na sociedade. Há uma espécie de catarata geradora de opacidade que impede ver de forma sensível e visível o quadro em que a sociedade se movimenta. A sensação que há muito tenho é que temos, há anos, um governo que vagueia às apalpadelas, pelos corredores do poder, atrás dos acontecimentos, com evidentes dificuldades, por falta dessa visão estratégica clara, em determinar um rumo. Dir-se-á que funciona, qual máquina velha e gasta, presa por arames e parafusos enferrujados e, por isso mesmo, com a Meia-Serra à vista como destino final. A conflitualidade surda mas sensível entre as peças da máquina política, a prostração, o não saber para onde caminham, a sistemática busca de fait-divers para distrair, como é o caso da revisão constitucional, a tentativa de castração do pensamento livre, a subjugação das instituições, o tom e falta de qualidade discursiva, o medo que, intencionalmente, instala, a incultura que semeia, o entendimento que a pobreza é uma fatalidade, o desemprego que é entendido como consequência dos outros e não por causas que não foram acauteladas, enfim, tudo isto, constituem sinais evidentes que a máquina política deu tudo quanto tinha para dar. Foi um tempo, e que longo tempo, com algumas decisões obviamente correctas, mas com muitas e muitas outras que trouxeram e estão a deixar um rasto de grande preocupação quanto ao futuro. As gerações futuras vão pagar, com juros acrescidos e asfixiantes, o desnorte desta máquina política que governa há 36 anos. Ilegitimamente, vão ter de pagar. E ao invés de recuar na metodologia política, teimosamente, o principal mentor da teia deseja continuar a persistir no erro. António de Oliveira Salazar disse, na tomada de posse de, salvo erro, Ministro das Finanças, "sei bem o que quero e para onde vou", e por lá andou, de facto, dezenas de anos a exocrinar a cabeça dos portugueses. O líder do PSD-M, também sabe muito bem o que quer e para onde vai, e por cá anda há 36 anos no governo desejoso de bater o recorde de permanência do outro de Santa Comba. Deveria dar-se conta que tudo tem o seu tempo e que as mudanças são necessárias, mas não, teimosamente, agarrou-se ao leme sem dar-se conta que está a deixar esta terra com uma aflitiva montanha de problemas.
É por isso que a agenda política do PS não pode ser a Revisão Constitucional e não pode ser a questão da Independência, entre tantos exemplos. A agenda terá de ser outra: a de um novo paradigma económico gerador de riqueza, um novo sistema educativo e cultural, um novo sistema de saúde, um implacável combate à pobreza e à exclusão, enfim, uma nova visão do crescimento e sobretudo do desenvolvimento, assente na qualidade da democracia, na defesa dos direitos das pessoas e na modernização (investigação e desenvolvimento). O PS-M tem de ter a sua própria agenda que gere confiança e que negue o caminho das políticas sociais entendidas como caridade! É esse o caminho. Sem paleios e gritarias vindas da Herdade, que nada acrescentam, e sem entrar no pensamento dos adversários políticos. É nisso que sinto que estamos a trabalhar e é nesse campo de jogo que vamos conseguir.
Ilustração: Google Imagens.
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