Isto é, o "serviço público" mete-se no assunto para divulgar uma parte e esquece-se de ouvir as outras, o que deixa transparecer, mesmo que essa não seja a intenção, o seu posicionamento. Mas não é a primeira vez que isto acontece.

Isto é, inacreditavelmente, o "serviço público" mete-se no assunto para divulgar uma parte, esquecendo-se de ouvir as outras, o que deixa transparecer, mesmo que essa não seja a intenção, o seu posicionamento.
Mas não é a primeira vez que isto acontece. Já várias vezes vi partes de artigos do presidente do governo regional serem destacadas. O habitual. Só que desta vez, pareceu-me mais grave, destaca um comunicado de uma empresa e, pelo caminho, deixa sem voz a Administração do DN que
constitui a parte fundamental deste processo. Eu diria mais, a grande VÍTIMA DESTE PROCESSO.

De qualquer forma, se o "serviço público" entendesse esta ser uma matéria de relevante interesse público, obviamente que deveria ter ido procurar o contraditório, neste caso o Dr. Edgar Aguiar, proprietário do Tribuna e Jornal Cidade, bem como a Administração do DN.
Estas situações não são, obviamente, inocentes. Não constituem um lapso ou uma distracção. É preciso que se tenha presente a força (subtil) do poder e da tal "Comissão de Aconselhamento" da RTP-M. O mesmo acontece em situações políticas relevantes em que ouvem o presidente do governo e esquecem a oposição, sobretudo quem lidera a oposição. Por isso, há uma intenção deliberada neste processo, de fazer valer o interesse do poder em detrimento de outras verdades.

NOTA:
Li, na edição de hoje, o artigo de opinião do presidente do governo regional sobre o relatório da ERC, no que concerne ao Jornal da Madeira. Pergunto: mas, afinal, que razões sustentam este ataque à família Blandy e ao DN? Não terão o direito de reclamar uma situação que é de claro proteccionismo de um órgão de Comunicação Social que gasta, dos impostos dos madeirenses e porto-santenses, quatro milhões de euros anuais para propaganda política própria? E o que é que tem a ver o presidente do governo que o DN, o Tribuna, o Jornal Cidade ou qualquer outro, sejam de direita, de esquerda, ou de extrema direita ou esquerda? A mim não me incomoda nada que o Jornal da Madeira seja de direita. Não aceito é que o governo ajude a distorcer as leis de mercado para que uns se "afundem" no sentido de emergir, apenas a VERDADE ÚNICA". O que os órgãos de Comunicação Social exigem é que o mercado funcione com regras e que o governo não utilize as manobras mais descaradas para colocar em risco o normal funcionamento de todos.
Ilustração: Google Imagens.
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