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domingo, 12 de setembro de 2010

ATITUDE "RAFFINÉ" E MENTES DOENTIAS


Há, em tudo isto, uma mordaça invisível, uma atitude pidesca sem interrogatório, uma prisão sem julgamento e sem grades, uma angústia interior que liquida a alegria de viver, uma morte da liberdade lenta mas segura.


Todos, independentemente das suas opções políticas, devem ser respeitados nos planos profissional e social. Só as mentes doentias, perversas, egoístas e sem confiança em si próprias, tudo fazem para esmagar, ocultar os outros, impedindo-as do seu êxito profissional, a sua credibilidade e aceitação social.
Subtilmente, retiram as pessoas dos seus lugares, passam-nas para o "quarto escuro", mesmo que, directamente, nada tenham a ver com os movimentos políticos. A manobra "raffiné", própria dessas mentes doentias e tenebrosas, vai ao ponto de pouco se importarem com os danos colaterais. Naquelas cabeças pequeninas e cheias de ódio, perpassa-lhes a ideia que se consubstancia em um quadro de, cuidado, ele é filho de fulano, ela é casada com o político que não é dos nossos, liquide-se a empresa daquele que, com as suas posições, nos faz a cabeça num oito, enfim, há gente por aí completamente ostracizada, espezinhada nos seus direitos e relegada, inclusive, no plano profissional. Com todas consequências que isso traduz no plano pessoal, familiar e social. Eu sei o que é isso. E sei o que é estar em uma qualquer cerimónia, de natureza social, e ficar com o estranho sentimento que alguns olham de forma enviesada, do tipo, o que é que este faz aqui?
A segregação social e, pior do que isso, a segregação profissional gera um desequilíbrio interior que muitos sabem o que isso é. E na maioria das vezes não são políticos, apenas são familiares de políticos. E se, no primeiro caso, é muito grave, no segundo, é abominável. O objectivo dessas mentes doentias, perversas e rastejantes, correias de transmissão de princípios intuídos pela força dominante, é apenas a de cortar o "mal" pela raiz ou de gerar o medo, o pânico interior, a desestabilização emocional até ao ponto de vencerem pelo cansaço e até pela doença. Há, em tudo isto, uma mordaça invisível, uma atitude pidesca sem interrogatório, uma prisão sem julgamento e sem grades, uma angústia interior que liquida a alegria de viver, uma morte da liberdade lenta mas segura.
Há, de facto, gente que não presta. Escrevo este desabafo pelos contactos que tenho, pelas narrações que me fazem, pelas cartas que me chegam, pelo conhecimento que tenho da porcaria que mantêm em nome da sua própria sobrevivência política. Há situações que conheço que são, permitam-me a palavra, um nojo. E o que me repugna é ver gente jovem a alinhar com esta marosca, comportando-se com os mesmos vícios dos adultos perversos, lendo a cartilha da difamação e da perseguição sem um mínimo de reflexão e de atitude crítica. Repugna-me ver adultos que, penso eu, do sistema nada precisam, agitarem a bandeira de um poder que assume comportamentos lesivos da terra, lesivos do bem-estar, lesivos da felicidade a que todos têm direito. "Ilustres" cidadãos que mantêm os olhares da indiferença, que olham para esta foto política na dimensão 6x9, mostrando-se incapazes de a projectarem em 18x24! É o olhar pequeno, também matreiro, dos que julgam que o horizonte está mesmo ali e que não existe amanhã depois deles. É o salve-se quem puder, o egoísmo em toda a sua dimensão, a coluna de plasticina subserviente e a transformação da mentira na verdade conveniente. Pergunto: como é que há gente que pode viver em paz com a sua consciência?
Ilustração: Google Imagens.

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