Tudo isto tem de ser revisto. É por isso que a "Plataforma Democrática" tem de avançar, porque não posso aceitar que vivamos em um simulacro de DEMOCRACIA.
Tenho pelo Senhor Presidente da Assembleia o respeito e consideração pessoal que também a instituição me merece. Deve ser assim na vivência democrática. O que não significa que esteja de acordo com as decisões políticas. Algumas, pelo menos.
A cultura da Assembleia é a cultura do partido maioritário e, por isso mesmo, estou em crer que essa cultura influencia as decisões do Órgão primeiro da Autonomia. A pressão, pelo que visualizo, é muita, o que torna muito difícil as relações com os partidos da oposição. Muitas vezes até com a própria maioria da Assembleia.
Ora bem, habituado que estou a assistir a situações com as quais discordo, confesso que desta, que passo a contar, não estava à espera. Nos próximos dias 14 e 15 de Setembro, o grupo parlamentar do PS realiza umas Jornadas Parlamentares, em formato menos amplo do que habitualmente acontece. Trata-se, no essencial, de uma reunião de grupo para planeamento da próxima sessão legislativa. A última da presente legislatura. Habitualmente, realizam-se numa sala de hotel com todos os encargos daí inerentes. Porque o tempo é de contenção, resolvi pedir a sala das comissões especializadas da Assembleia. Local onde, desde sempre, se realizaram as reuniões de grupo parlamentar. Algumas vezes, até, tais reuniões realizaram-se no próprio plenário. A resposta foi negativa, isto é, a Assembleia negou a sua utilização.
Fiquei pasmado. Então a Assembleia não é a casa de todos os Deputados eleitos? Então não é ali que devem desenvolver o seu trabalho? Estranho. Numa leitura extrema, o que poderei dizer é que, politicamente, os Deputados do PS foram impedidos de entrar e de utilizar as suas próprias instalações. Isto não deixa de ser curioso quando, ainda há pouco tempo, participei, nas instalações da Assembleia da República, às Jornadas Parlamentares do PS e todos almoçamos no restaurante da Assembleia. O PSD, segundo julgo saber, também realizou há pouco tempo idêntica actividade. Na Região Autónoma dos Açores constitui situação normal. Aqui, pura e simplesmente, NÃO.
Tudo isto tem de ser revisto. É por isso que a "Plataforma Democrática" tem de avançar, porque não posso aceitar que vivamos em um simulacro de DEMOCRACIA.
Ilustração: Google Imagens.
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