O presidente do Marítimo esquece-se dos 45 milhões que vão sair do Orçamento Regional para a construção do Estádio dos Barreiros e que deveriam servir para ajudar a esbater as situações de grave carência que se aproximam em função das medidas de austeridade. Esquece-se que aquela verba constitui um saque ao Orçamento, para gáudio de alguns, quando a fome existe, o desemprego existe, as necessidades hospitalares existem e, nas escolas, há carências de toda a ordem.
É para isto que se entregam milhões de Euros? |
Perguntar-se-á, afinal, o que tem a ver esta agressão com a política? Tem tudo. Não se trata de um desentendimento de natureza clubista, mas de uma agressão que tem, a montante, as relações políticas do agressor com o poder instituído, compaginadas com a independência do DIÁRIO e com a ausência de resultados em função dos milhões que saem do Orçamento da Região para alimentar vaidades pessoais. O problema é esse. Trata-se de uma situação condenável, não só pelo respeito ao trabalho dos jornalistas, mas ainda mais condenável porque perpetrada no âmbito do Desporto. Que triste exemplo para os espectadores e que triste exemplo para os jovens em idade escolar. O presidente do Marítimo esquece-se dos 45 milhões que vão sair do Orçamento Regional para a construção do Estádio dos Barreiros e que deveriam servir para ajudar a esbater as situações de grave carência que se aproximam em função das medidas de austeridade. Esquece-se que aquela verba constitui um saque ao Orçamento, para gáudio de alguns, quando a fome existe, o desemprego existe, as necessidades hospitalares existem e, nas escolas, há carências de toda a ordem. O presidente do Marítimo deveria ter juizinho e comportar-se ao nível de tantos presidentes que por aquele centenário e respeitável clube passaram. Os jornalistas não são os culpados das leviandades.Mas devemos retirar as devidas ilações políticas desta agressão. É que ela consubstancia o mal-estar, o fim de um regime, a angústia, a cabeça perdida, a pressão hierárquica, de quem gostaria de inaugurar um estádio em ano de eleições e de grandes resultados e, pelo andar da carruagem, dificilmente, conseguirá. Torna-se, portanto, necessário que os madeirenses e porto-santenses estejam atentos, não só para este facto, mas para o desequilíbrio emocional que poderá acontecer quando estes senhores, directa ou indirectamente ligados ao poder regional, deixarem de estar. Uma situação deveras preocupante, porque tudo tem um início e tudo principia por situações aparentemente insignificantes. A minha total solidariedade ao Jornalista e ao DIÁRIO.
Foto: DN/on-line com a devida vénia.
4 comentários:
Meu caro amigo.
É repugnante como certas personalidades tratam as pessoas. Este exemplo é de ser bem denunciado. A mim não me espanta, pois quando o sr. AJJ incita à rebelião e, depois vem com ameaças de levar ao poder judicial quem se lhe opõem, porque não levar ao poder judicial quem faz estas asneiras? Será que o presidente do Marítimo está impune? Será que AJJ não conhece este caso? Ou será que como está a ver o tapete fugir-lhe debaixo dos pés não faz nada? Longe vão os tempos em que o futebol era carolice, jogava-se por amor à camisola. Agora joga-se por amor aos bolsos e temos como protector um presidente do Governo Regional.
Eu fui um daqueles que esteve presente na inauguração fo Estádio dos Barreiros, numa formação de ginástica, comandada pelo falecido prof. Fernando Ferreira. O Estádio dos Barreiros é de todos nós, não é do Marítimo nem de AJJ. Os dinheiros que se gastar lá, então que se gaste num bordel. Assim se dará dignidade à profissão mais antiga do mundo.
Em tempo de crise, desbarata-se assim tanto dinheiro tão necessário para matar a fome a tanta gente ou então na reconstrução das habitações destruidas pelo temporal?
Este é um grito de revolta dum Madeirense que está bem longe da terra que o viu nascer e, que não gosta de ver sofrer os seus conterrâneos. Um abraço. João Sousa
Obrigado pelo seu comentário.
O que se passou não tem qualificação.
Senhor Professor
O senhor está a ver o filme ao contrário; o que prevalece, no seio desta sociedade "superior", são os "valores" transmitidos e propagandeados pelo "Único Importante" cá do sítio.
Vai ver que,num próximo futuro,o "valentão" Areias será mais um dos condecorados com uma Comenda ou com a Estrelícia Dourada.
E o Jornalista, muita sorte terá se não for alvo de uma acusação de calúnia ou difamação!...
Obrigado pelo seu comentário.
Será, certamente, condecorado, não com a Estrelícia, mas com a Medalha de Mérito pelos Bons Serviços Desportivos. Isso, garanto-lhe.
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