(...) E estando no governo quem tantas vezes utilizou a demagogia e quem, sistematicamente, promoveu uma espécie de "desenvolvimento" que hoje, aos olhos de qualquer pessoa atenta, face ao descalabro nos planos económico, financeiro, social e cultural, iludiu os madeirenses? Não foi, certamente, quem esteve, ininterruptamente, na oposição, que viu todas as suas propostas chumbadas...
O problema vem de longe... Gastaram à tripa-forra e agora os outros é que são culpados! |
O Grupo Parlamentar do PSD saltou para o espaço do debate político, tocado, obviamente, pelas posições do Grupo Parlamentar do PS, relativamente ao Plano e Orçamento da Região para 2011. Nada mais natural. Se reagiu é porque encontrou motivos bastantes que comprometem, publicamente, a atitude do PSD no que concerne às grandes opções políticas para 2011. Se as propostas do PS não tivessem qualquer significado, obviamente, que passavam ao lado. Como passam ao lado de outros partidos representados na Assembleia. Se se atiram, permitam-me a palavra, ao Grupo Parlamentar do PS, é porque as propostas incomodam e são susceptíveis de colocar o Povo a pensar e a regir no momento do voto. Só encontro esta leitura para o desconforto, uma vez que o silêncio bem pior seria do ponto de vista político. Agora, classificar de "demagógicas" as posições que vão no sentido de "iludir os madeirenses", aí, meus senhores, penso que se torna necessário fazer uma atenta leitura para dentro para perceber e talvez concluir, afinal, quem ao longo de 36 anos esteve no governo? E estando no governo quem tantas vezes utilizou a demagogia e quem, sistematicamente, promoveu uma espécie de "desenvolvimento" que hoje, aos olhos de qualquer pessoa atenta, face ao descalabro nos planos económico, financeiro, social e cultural, manifestamente, iludiu os madeirenses? Não foi, certamente, quem esteve, ininterruptamente, na oposição, que viu todas as suas propostas chumbadas, que pode ser considerado responsável pela situação de grave desequilíbrio a que a Região chegou.
Ilude os madeirenses e porto-santenses quem não tem coragem para debater, na Assembleia, as políticas globais e sectoriais. |
Não me restam dúvidas que quanto maior for o naufrágio desta nau à deriva, obviamente, que maiores e audíveis serão os sons dos que, a qualquer preço, se querem manter no poder. O que não devem, por uma questão de responsabilidade e até de honestidade intelectual, sacudir o peso de uma história que teve apenas e só um partido como protagonista. E se assim não é, o Presidente do Governo que venha à Assembleia, na altura do debate do Plano e Orçamento para 2011, e exponha-se, sem medo, aos deputados de quem depende. Ele que não se refugie, antes faça questão de responder a todos, de enfrentar as perguntas mesmo aquelas que lhe prendem, permitam-me a expressão, o "rabo político".
Ilustração: Google Imagens.
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