O que isto demonstra é a claríssima insuficiência do governo e a denúncia da incapacidade governativa. Saberá o Dr. Brazão de Castro quantas propostas de natureza económica foram apresentadas na Assembleia e chumbadas pela maioria que apoia o governo? Ao ponto a que isto chegou: o governo a pedir ideias para governar.
O exercício da política na Madeira atingiu níveis de uma "lata" insuportável. Agora foi o Secretário dos Recursos Humanos, habitualmente, um secretário que consegue ver taxas de desemprego a descer quando os números crescem, assustadoramente, que vem dizer que está de "braços abertos" para receber propostas eficazes de combate ao desemprego. Vamos lá por partes: desde logo, afinal, qual é a sua função de governante? A sua e a do Vice-Presidente que tem a responsabilidade dos assuntos económicos? Afinal, o que é que andou a fazer, durante estes quatro anos, fora os outros, que não conseguiu ouvir, perceber e compreender a dimensão e implicações das propostas apresentadas nos vários debates que aconteceram na Assembleia ou nos sucessivos debates do Plano e Orçamento da Região? Mas, afinal, este governo não foi eleito para resolver os problemas? Inclusive, os do emprego?
Percebo que o governo raras vezes compareça na Assembleia, mas tem lá 33 deputados correias-de-transmissão. Podiam colocá-lo ao corrente. Mas nem isso. Daí o disparate que não é assim tão ingénuo quanto isso, de vir pedir ao povo que dê ideias. Ora, o que isto demonstra é a claríssima insuficiência do governo e a denúncia da incapacidade governativa. Saberá o Dr. Brazão de Castro quantas propostas de natureza económica foram apresentadas na Assembleia e chumbadas pela maioria que apoia o governo?
O problema, eu sei, é que tudo o que foi apresentado e discutido implacaria uma substancial alteração do modelo económico e financeiro, o que, factualmente, o governo não quer e não sabe. Ao ponto a que isto chegou: o governo a pedir ideias para governar. E a culpa é do Sócrates e da Constituição.
Ilustração: Google Imagens.
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