O que hoje tive a oportunidade de ler é de uma baixeza sem limites. Não o direito de análise, mas a forma e o conteúdo da análise. Um nojo, como se as pessoas não tivessem família, como se as pessoas não tivessem direito ao seu bom nome, como se elas pudessem ser passadas na máquina trituradora, como se elas não tenham direito ao respeito e à dignidade. Confundiram, intencionalmente, as posições políticas como se elas transportassem questões de natureza pessoal. É a libertinagem no seu pior.
Não vale tudo na política como não vale tudo no jornalismo, nos blogues ou em qualquer outra área de intervenção social. Eu diria que há um conjunto de princípios, quase infinito, que devem guiar a conduta humana. O problema é que passados 37 anos depois de uma longa noite de obscurantismo e de "lápis azul", alguns ainda não aprenderam que há uma substancial diferença entre liberdade de opinião e de crítica, obviamente, e o aproveitamento dessa liberdade para ofender, espezinhar e assasinar na praça pública o carácter dos visados na crítica. O que hoje tive a oportunidade de ler é de uma baixeza sem limites. Não o direito de análise, mas a forma e o conteúdo da análise. Um nojo, como se as pessoas não tivessem família, como se as pessoas não tivessem direito ao seu bom nome, como se elas pudessem ser passadas na máquina trituradora, como se elas não tenham direito ao respeito e à dignidade. Confundiram, intencionalmente, as posições políticas como se elas transportassem questões de natureza pessoal. É a libertinagem no seu pior. É por isso que estou magoado porque alguém atingiu um meu Amigo, que muito considero, pela sua postura na vida, pela inteligência, pelas convicções e pelo estudo. Uma pessoa que diz não à vulgaridade do comentário, não diz banalidades e que teve e tem a coragem de denunciar com o prejuízo que isso traz na vida pessoal. Uma pessoa que vê o outro lado das coisas e que não tem o nariz colado ao joelho em acto de subserviência. O que li merece um pedido de públicas desculpas ou, então, sou levado a acreditar que há muita coisa escondida, muitos interesses, muitas correias de transmissão e muitos serviços que têm de ser cobrados.
Li o que não gostaria de ter lido, mas não nego que estou habituado. Tenho a presente a história e os procedimentos que são rotineiramente os mesmos. Já fui vítima dessa escrita nauseabunda, ofensiva e orquestrada. O "inimigo externo", aliás, tem dado jeito em múltiplas circunstâncias. Ataca-se a República, mas, se calhar, interessa que o Sócrates lá esteja, pois, assim, vamos jogando para lá as insuficiências daqui. Em outros domínios, se calhar, interessa ter um "inimigo externo" local, daí, porque se aproxima uma hora decisiva, a do voto, toca a destruir quem tenta reflectir e construir. O "inimigo externo" dá jeito, ora se dá. Só que a História constrói-se com momentos de desânimo e outros de grande alento e de saudável teimosia. Este é um momento de desânimo, mas onde a força das convicções acaba por ser mais forte.
Escrever constitui um acto de grande responsabilidade. Todos sabemos. Escrever obriga a conhecer os assuntos, conjugar variáveis, escutar e ter presente pontos de vista diversos. Não se pode escrever apenas por leviandade ou porque não se gosta do sujeito A ou B. Eu sou obstinadamente contra as políticas do Senhor Presidente do Governo Regional, mas nunca o ofendi no plano da sua dignidade pessoal e do direito ao seu bom nome. Este é um exemplo.
Finalmente, só gostaria que quem, levianamente, escreveu o que escreveu, reflectisse se alguém, por qualquer outra circunstância, digitasse tais palavras relativamente a si.
Um abraço de total solidariedade ao meu Amigo Carlos Pereira.
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
Meu Caro André.
Completamente de acordo consigo.
A comunicação social, é um autêntico NÔJO.
Se não vejamos:- Deu-se maior atenção às eleições do Sporting, com a sofreguidão de vender jornais, dando informações totalmente incorretas do que se deu relevo às eleições directas para o congresso do PS.
Relegou-se para segundo plano . Não tenho dúvidas que o povo Português ainda está arreigado à velha metáfora.
FADO, FUTEBOL E FÁTIMA é o que o povo quer.
Também o pr. da República, entende que se deve dar mais receitas para alimentar Belém em vez de se cortar na despeza pública."ver diário da república"
Quiz ser eleito à primeira volta para não sobrecarregar o erário público, mas depois de bem instalado em Belém, não se importa que se realizem eleições legislativas antecipadas.
Também o Patrão da Madeira, vem agora defender que o "Coelho" vai ser de churrasco, pudera, está à espera que seja reeleito novamente.
Pobre povo que não se lembra da ditadura fascista e facciosa.
Receba o meu abraço solidário.
João
Muito obrigado, Caríssimo Amigo.
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