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quinta-feira, 3 de março de 2016

"ERRATAS" MADEIRENSES AO LONGO DE 40 ANOS E UM COELHO TODOS OS DIAS FORA DA TOCA


O Senhor Deputado Jaime Filipe Ramos (PSD-M) é um brincalhão no discurso e com a memória. O Orçamento de Estado corresponde a um "Outubro vermelho" (...), é soma de erratas "que vai de errata em errata" e mais, constitui "uma tentativa da esquerda de tomar conta da Autonomia". A brincadeira política parece não ter limites. Será uma questão de memória ou apenas fumo? Talvez! Porque, dirá o cidadão, mais vale uma errata(s) a tempo de ser corrigida, do que quarenta anos de persistentes erros políticos que conduziram a Madeira à falência financeira. Depois, obviamente que percebo a picardia política, a história do "Outubro vermelho", paleio esfarrapado e despido de qualquer sentido democrático. É tão legítimo, Senhor Deputado, encontros à direita como acordos à esquerda. Qual é o problema? A democracia tem limites para o Senhor Deputado? Só são legítimos os "Outubros laranja" e os casamentos por conveniência? Gosto muito de música, confesso, mas evito o mesmo CD todos os dias. Já não digo cassete, mas os mesmos sons e o mesmo refrão, toda a semana, convenhamos que embrulha!


Mas não é só por aqui. A propósito de música, no Continente, parece-me, repito, parece-me, que muitos órgãos de comunicação social apostam no sofrimento do povo. Umas vezes subtilmente, outras, descaradamente, Passos Coelho surge como o bonzão e, associado a Portas, ainda melhor. É vê-los como nunca aconteceu, a apadrinhar o líder social-democrata que, na sua própria expressão, resolveu "bombar" em tudo o que mexe no actual governo. São entrevistas com pose de primeiro-ministro, são peças e mais peças jornalísticas porque esteve ali e porque foi acolá, são comentadores e avençados dos vários programas de televisão no dá-lhe que dá-lhe, é a Drª Teodora Cardoso, qual vidente, a apontar para derrapagens em tudo, é o Conselho Económico e Social, é essa "lixeira" das agências de rating, é a frente da União Europeia a funcionar na "perfeição", imiscuindo-se na política portuguesa, é a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), enfim, o "barítono" Passos Coelho, para além de cantar a solo, conta com um coro afinado. Poucos são aqueles que puxam o país para cima, poucos concedem o benefício da dúvida a um governo que surge de uma maioria parlamentar (estabilidade), antes preferem gerar um ambiente negativo, de medo e falta de confiança. E todos sabem que, em 2008, se assistiu a uma das maiores crises financeiras internacionais, que a causa foi muito mais externa do que interna, facto que arrastou os países para situações complexas. Sabem, mas não dizem.
Passos Coelho, também sabe disso, deveria estar agora em um "período de nojo político", para além do mais, após tanta promessa não cumprida, depois da vergonhosa submissão aos directórios europeus, após ter castigado os portugueses com duras medidas de austeridade que afectaram a economia, as finanças e que conduziram o País ao desemprego, à emigração, à pobreza, à privatização de tantos recursos nacionais e ao aumento da dívida pública em percentagem do PIB. Deveria andar discreto, mas não, repito, utilizando a sua própria expressão, anda aí a "bombar". Há um frenesi entre quem gosta do poder e do "pote". Ora, se isto é democracia, se isto é de gente de confiança, vou ali e já volto. Será que a tal comunicação social ainda não percebeu o jogo? Ah, eu sei, está escrito, os "gestores dos media tornaram-se gestores das mentes". Lamento.
Ilustração: Google Imagens.

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