Teodora Cardoso, Presidente do Conselho de Finanças Públicas, voltou a referir que a execução deste Orçamento de Estado "vai necessariamente envolver medidas adicionais que ainda não estão tomadas porque ainda não houve tempo para as tomar". Que raio, já não discuto se necessárias ou não, o que a economista Teodora Cardoso não se interroga é sobre o absurdo de vários anos de medidas de austeridade, pelo que se vê, sem resultados, e, segundo ela, previsivelmente, voltar a ser necessário um novo apertão no povo. Ela não fala do desnorte da Europa, não fala da pouca-vergonha da banca, não tece considerações sobre esse pavoroso "tratado orçamental" europeu, intencionalmente gerado para espezinhamento dos povos, não se interroga sobre as causas de, após quatro anos a ferro e fogo, verificar-se um agravamento da dívida portuguesa em percentagem do PIB.
Mais. Não se interroga sobre a pobreza, o desemprego e a precariedade laboral, apenas diz que serão necessárias mais "medidas adicionais". A economista, Teodora Cardoso, vê a árvore mas é incapaz de ver a floresta do desencanto, da amargura e os porquês do novo colapso financeiro que pode estar a caminho. Então, pergunto, por que não tem um discurso atacando as verdadeiras causas? Então, pergunto, ainda, por que não se atira a esta manhosa Europa, conceptualmente corrupta nos princípios, valores e ideologicamente perversa? A economista não se questiona sobre a roda dentada que mata sonhos e que torna os povos membros obrigatórios de uma seita que domina e que nos conduz ao círculo vicioso da pobreza, da angústia e da infelicidade. Que raio, pare para pensar. Esta Senhora tem idade para outro tipo de análises, mais profundas e intelectualmente honestas. É tempo de trazer-nos o novo e a esperança, porque o velho bem conhecemos nós!
Ilustração: Google Imagens.
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