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domingo, 6 de março de 2011

VIVA O DEBATE INTERNO


Capoulas Santos e Correia de Campos deveriam ter aqui estado nos momentos mais complexos e, curiosamente, nem um nem outro, enquanto Ministros, tiveram a sensibilidade de estabelecerem contactos, pela via partidária (...)

"Nós temos um  líder disponível (...) é preciso gente que não mude de opinião da manhã para a tarde, de uma semana para a outra", vincou o Dr. Correia de Campos, que ontem esteve no Funchal a promover a mensagem que emerge da Moção do Engº José Sócrates a apresentar ao próximo Congresso. 
Fujo a ter "pedras no sapato", mas penso que aquela declaração tem mais a ver com uma resposta à Moção do Dr. Jacinto Serrão do que com os líderes do PSD Nacional. E se assim é, eu lamento a declaração produzida, porque o Dr. Correia de Campos desconhece, completamente, o que foi engolir em seco muitas situações ao longo de anos e demonstrar irrepreensível solidariedade em muitos momentos que nos prejudicaram de forma muito clara. Já aqui o escrevi e não volto a esse triste passado de completo abandono. Aliás, Capoulas Santos e Correia de Campos deveriam ter aqui estado nos momentos mais complexos e, curiosamente, nem um nem outro, enquanto Ministros, tiveram a sensibilidade de estabelecerem contactos, pela via partidária, no sentido do esclarecimento de políticas, note-se, em dois sectores da governação extremamente importantes, respectivamente, Agricultura e Pescas e Saúde.
Esta minha posição é legítima porque estamos em tempo de Congresso, período de reflexão interna que nada tem a ver com divisões internas. O que aqui está em jogo é a correcção dos erros de processo, de pensamento estratégico e até de princípios ideológicos. Não estão em causa pessoas, mas políticas. Portanto, é legítimo o apoio a José Sócrates, como é legítimo que, das Ilhas, surja uma posição não alinhada no sentido do unanimismo. O momento é de discussão, de debate profundo e neste aspecto considero que o PS-Madeira já ganhou, pois está a provocar o desconforto e a inevitável reflexão interna. Talvez, estou em acreditar, que muita coisa será alterada a partir do Congresso de Abril, no Porto.
Ilustração: Google Imagens.

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