Em 1988, depois de um percurso verdadeiramente notável, o madeirense Paulo Camacho qualificou-se para os Jogos Olímpicos de Seoul. Faz agora 20 anos. Tive o ensejo de o acompanhar como seu treinador.
Começou muito cedo a praticar natação. Tinha oito anos quando realizou a primeira prova pública. Foi na festa de encerramento de um curso de Verão denominado por “Golfinho de Ouro”. Ganhou a prova que nadou. A partir daí passou a integrar a equipa do C. S. Marítimo tendo, em 1984, passado a representar o Clube Naval do Funchal.
Começou por treinar na piscina do Hotel Savoy (fria) e, depois, na da Escola Francisco Franco (raramente aquecida). Mais tarde, treinou na antiga piscina de Jaime Moniz e chegou a utilizar, muitas vezes, a piscina da Quinta Magnólia e do Complexo da Matur (ambas frias). As condições não eram boas. Eram muito diferentes das de hoje. Muitas vezes treinou em águas com temperaturas entre os 18º e 20º, quando o aconselhável é treinar com 27/28º.
No início treinava duas vezes por semana. Depois, a partir dos dez/onze anos passou a treinar todos os dias. Mais tarde, progressivamente, começou a fazer nove sessões por semana (todos os dias à tarde, mais três vezes por semana de manhã. Dois anos antes dos Jogos Olímpicos de Seoul (1988), treinava todos os dias, duas vezes por dia, percorrendo um total diário entre os 11 e 14 quilómetros. A estes dois treinos (o primeiro às 06.30 da manhã e o segundo às 18.00 horas) juntava-se, três vezes por semana, uma sessão de musculação de uma hora.
Não dispôs de apoios ao nível do regime alimentar. Nunca foram impostas medidas muito restritivas, até porque, na altura, o clube não dispunha de uma equipa multidisciplinar que incluísse um especialista em nutrição. De qualquer forma, cumpria sete a oito refeições por dia, evitando excessos de toda a natureza.Foram necessários dez anos de trabalho para atingir os Jogos.
O seu palmarés é invejável. Em síntese:
Melhor nadador português da geração de 1970.
Único nadador madeirense que percorreu todas as etapas: campeão regional, campeão nacional, Campeonato da Europa de juniores, Campeonato da Europa absoluto, Campeonato do Mundo de piscina curta, Campeonato do Mundo de piscina de 50 mts. e Jogos Olímpicos.
Nadador com o Estatuto de Atleta de Alta Competição Nacional com a categoria Europeia.
Campeão e recordista regional absoluto em doze das catorze provas do programa olímpico.
Campeão Nacional em várias distâncias, com destaque para os 100 mariposa e 200 mts, livres.
Título de nadador mais completo de Portugal na categoria de Juniores (1986 e 1987).
Título de nadador mais completo de Portugal ao nível absoluto (1989/90).
Vencedor absoluto do Torneio Nacional de Fundo na prova dos 1500 metros (1987).
Vencedor no Torneio Multinations, disputado em Antuérpia, em 1988, da prova de 100 mts. mariposa (57,47).
Recordista Nacional de categoria e absoluto dos 100 mariposa.
Participação no Campeonato da Europa de Juniores.
Participação no Campeonato da Europa Absoluto (Shefield – 1993). A marca de admissão (56’49) foi conseguida no Campeonato Nacional Absoluto de 1993.
Participação no I Campeonato do Mundo de piscina curta (Palma de Maiorca – 1993/94).
Participação no VII Campeonato do Mundo de piscina de dimensões olímpicas (Perth – Austrália – Janeiro de 1991). A marca de 56,78 nos 100 mariposa foi conseguida na piscina de Indianápolis, no Open dos Estados Unidos.
Participante nos Jogos Olímpicos de Seoul-88 na prova dos 100 mts. mariposa (57,62)
Participação, em representação de Portugal, em muitos «meeting’s» na Europa, em África, na América do Norte e do Sul.
Medalha de Mérito Desportivo Regional, atribuído pelo Governo da Região Autónoma da Madeira.
Melhor nadador português da geração de 1970.
Único nadador madeirense que percorreu todas as etapas: campeão regional, campeão nacional, Campeonato da Europa de juniores, Campeonato da Europa absoluto, Campeonato do Mundo de piscina curta, Campeonato do Mundo de piscina de 50 mts. e Jogos Olímpicos.
Nadador com o Estatuto de Atleta de Alta Competição Nacional com a categoria Europeia.
Campeão e recordista regional absoluto em doze das catorze provas do programa olímpico.
Campeão Nacional em várias distâncias, com destaque para os 100 mariposa e 200 mts, livres.
Título de nadador mais completo de Portugal na categoria de Juniores (1986 e 1987).
Título de nadador mais completo de Portugal ao nível absoluto (1989/90).
Vencedor absoluto do Torneio Nacional de Fundo na prova dos 1500 metros (1987).
Vencedor no Torneio Multinations, disputado em Antuérpia, em 1988, da prova de 100 mts. mariposa (57,47).
Recordista Nacional de categoria e absoluto dos 100 mariposa.
Participação no Campeonato da Europa de Juniores.
Participação no Campeonato da Europa Absoluto (Shefield – 1993). A marca de admissão (56’49) foi conseguida no Campeonato Nacional Absoluto de 1993.
Participação no I Campeonato do Mundo de piscina curta (Palma de Maiorca – 1993/94).
Participação no VII Campeonato do Mundo de piscina de dimensões olímpicas (Perth – Austrália – Janeiro de 1991). A marca de 56,78 nos 100 mariposa foi conseguida na piscina de Indianápolis, no Open dos Estados Unidos.
Participante nos Jogos Olímpicos de Seoul-88 na prova dos 100 mts. mariposa (57,62)
Participação, em representação de Portugal, em muitos «meeting’s» na Europa, em África, na América do Norte e do Sul.
Medalha de Mérito Desportivo Regional, atribuído pelo Governo da Região Autónoma da Madeira.
2 comentários:
Reconheço todo o mérito do Paulo Camacho! Acho mal que o Elmano ainda o convença a nadar em provas do campeonato nacional de clubes...
Porque um ex-atleta como ele merece outro respeito...
Ele também tem uma parte negra no percurso que se esqueceu de referir... Era importante frisar, e pagou bem caro pelo que fez!
A Madeira nunca mais conseguiu qualificar um atleta para os Jogos Olímpicos. As razões são simples, com a necessidade de ir para fora estudar são poucos aqueles que permanecem na Região Autónoma da Madeira para prosseguir uma carreira de sucesso. Se calhar é necessário a dupla tutela da UMa para que existam cursos para a Madeira e madeirenses e se possa ter atletas num trabalho continuado e que aos 21 ou 22 anos consigam atingir os objectivos de uns jogos olímpicos!
Não é verdade?!
Parabéns por ter conseguido esse feito! :)
É um exemplo do desporto nacional, mas acima de tudo um exemplo de vida....
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