1ª O Grupo Parlamentar do PS-M apresentou, em 02 de Dezembro de 2009, um voto de congratulação pela entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Este voto de congratulação foi esta manhã discutido. Finda a argumentação dos vários grupos e representações parlamentares, o citado voto foi chumbado. Do meu ponto de vista esta situação é inexplicável. Podemos ter (e eu tenho) algumas reservas sobre esta Europa que não tem sido dos cidadãos. Podemos até divergir sobre vários domínios políticos mas uma coisa é certa, não teria sido possível a inauguração de tanta obra pública na Madeira se a União Europeia não co-financiasse as múltiplas iniciativas.
Mesmo divergindo nas políticas (absolutamente defensáveis em função dos posicionamentos de cada partido político), no essencial, o Tratado de Lisboa constitui uma tentativa de mais democracia, mais transparência e de maior coerência nos processos de decisão. E neste pressuposto, até pela necessidade da Madeira continuar a garantir os financiamentos necessários para o seu desenvolvimento, um voto de congratulação como este não deveria merecer uma atitude de reprovação. Se se reprova o voto, por extensão, é o Tratado que não merece confiança política. Uma atitude destas não fica bem perante o País e perante as instituições europeias de quem a Região precisa como de pão para a boca. Por uma má negociação a Madeira perdeu 500 milhões de Euros e, agora, vota contra o Tratado. Política de bom senso, precisa-se!

Inexplicavelmente, hoje, por iniciativa do Governo Regional, foi aprovado um Decreto Legislativo Regional que visa a abertura à renúncia na Função Pública dos 67 trabalhadores e a integração dos mesmos nos quadros da concessionária ANAM, sob a forma de contrato de trabalho. Daqui concluo duas coisas: primeiro, a contradição legislativa, isto é, por um lado, a Assembleia da Madeira remeteu para a República a solução do problema que exige, entre outros aspectos, uma concertação entre a Caixa Nacional de Pensões e a Caixa Geral de Aposentações; segundo, o governo dá a entender que, à revelia dos interesses dos trabalhadores e da própria história do processo, quer libertar-se de 67 trabalhadores.
Política de bom senso, precisa-se!
Imagens: Google Imagens.
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