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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

FELIZ ANO NOVO, PEDRO...

Acabo de ler uma carta do leitor (DN) assinada por Paulo e Rosa Sousa. São pais do Pedro, portador de Leucemia. Uma carta de amor, partilha e de esperança, onde é contada a história dos agressivos tratamentos, de uma recidiva e da feliz compatibilidade da medula da irmã para salvá-lo. Trata-se de uma carta dirigida ao filho:
"(...) Quis Deus que no meio de toda esta tristeza, a medula da tua irmã Filipa fosse compatível com a tua, e assim não será necessário estar numa lista de espera, o que tornaria a nossa dor ainda mais angustiante. Querido filho, a tua doença trouxe ainda mais união a toda a nossa família e descobrimos a quantidade e a qualidade dos nossos amigos (...) Pedro, este ano que agora começa é sem dúvida o mais importante das nossas vidas, porque tenho a certeza que com o acto Heróico da tua irmã, a ajuda de Deus e dos Médicos e ainda toda a força que vem dos nossos familiares e amigos, vamos vencer tudo isto.
Os teus pais e a tua irmã querem te desejar um ano cheio de muitas vitórias e que Deus te devolva a saúde que sempre tiveste. Um abraço dos teus pais que te amam".

É neste e em outros momentos que tomamos consciência, por um lado, da fragilidade do ser humano, por outro, da relatividade dos nossos pequenos problemas face a outros de uma angustiante e devastadora complexidade.
A vida difícil que esmaga uma grande parte da população activa, a louca roda viva em que alguns se envolvem apenas pela riqueza e pela ostentação, as trapaças no sentido do lucro fácil, as palavras ditas sem sentido mas carregadas de azedume pelos outros, as políticas traiçoeiras, a ausência de humanidade e de tolerância, tudo, mas tudo, morre ali face a uma situação delicada como aquela que aquela família vive. E pergunto: para quê tanta ganância, tanto atropelo, tanta maldade, tanta perseguição e tanto ódio? Para quê?
Feliz Ano Novo, Pedro.
Foto: Google Imagens.

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