É assim a Democracia. Por um se ganha e por um se perde. Para quem perde deve ficar, apenas, a luta pelas convicções. No plano interno dos partidos políticos, com uma única diferença: terminado um acto eleitoral, todos, sem excepção, devem convergir para a unidade no sentido do combate político maior, isto é, a conquista do poder. Dir-se-á que há um momento para discutir projectos, com empenhamento e determinação, e um momento para implementar uma estratégia.
Isto não significa que não se mantenham espaços próprios de debate cujo objectivo seja o do estudo de todas as variáveis de processo, todavia, sempre, mas sempre, no pressuposto que o fim último de um partido político é o da conquista do poder externo, no sentido de gerar as condições propiciadoras de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais desenvolvida. Trata-se, aliás, de um acto de inteligência e de maturidade política, quando por aí se envereda e quando se toma consciência que o povo eleitor não troca o conhecido pelo desconhecido, tampouco aceita desinteligências internas.
Nas instituições é evidente que há sempre conflitos, o problema é saber se esses conflitos são de natureza funcional ou disfuncional. Quando tomam a característica disfuncional, isto é, quando não é a grandeza do projecto que está em causa mas os interesses pessoais, muitas vezes mesquinhos, aí não existe qualquer hipótese de convencer a população sobre os eventuais caminhos traçados. Podem até os projectos serem consistentes, todavia, a corrosão interna acaba por sobrepor-se e os aniquilar completamente.
Ademais, o exercício da política deve constituir sempre um serviço público à comunidade. Definitivamente, não pode ser um emprego. E não o sendo, porque a participação deve assentar em princípios e valores de natureza ideológica, o que faz um cidadão filiar-se ou ser adepto de uma corrente partidária, é essa panóplia de enraizadas convicções e nunca o pequeno poder a qualquer preço. Daí que, o que a população espera de um partido político é que se apresente com um sentido de doação à causa pública, na perspectiva da solução dos problemas que a aflige. Essa deve ser a primeira e a mais sincera ligação ao eleitorado. Depois, há a questão da qualidade dos projectos políticos, só possível quando há rigor e competência no domínio dos vários dossiês da governação. Esse aspecto é determinante pois não basta falar alto. A conquista do poder, já de si difícil quando o existente tem características carismáticas e assenta numa megaestrutura de subserviências, só é possível quando é criado um ambiente, de efeitos multiplicadores, sustentado na qualidade dos actores políticos e nas propostas apresentadas. Só por aí é possível romper o círculo. Não há outro caminho possível. E esse caminho apela ao bom senso e ao respeito por quem está legitimado para liderar. Todos são importantes mas cada um deve saber ocupar o seu lugar na estrutura.
Ademais, o exercício da política deve constituir sempre um serviço público à comunidade. Definitivamente, não pode ser um emprego. E não o sendo, porque a participação deve assentar em princípios e valores de natureza ideológica, o que faz um cidadão filiar-se ou ser adepto de uma corrente partidária, é essa panóplia de enraizadas convicções e nunca o pequeno poder a qualquer preço. Daí que, o que a população espera de um partido político é que se apresente com um sentido de doação à causa pública, na perspectiva da solução dos problemas que a aflige. Essa deve ser a primeira e a mais sincera ligação ao eleitorado. Depois, há a questão da qualidade dos projectos políticos, só possível quando há rigor e competência no domínio dos vários dossiês da governação. Esse aspecto é determinante pois não basta falar alto. A conquista do poder, já de si difícil quando o existente tem características carismáticas e assenta numa megaestrutura de subserviências, só é possível quando é criado um ambiente, de efeitos multiplicadores, sustentado na qualidade dos actores políticos e nas propostas apresentadas. Só por aí é possível romper o círculo. Não há outro caminho possível. E esse caminho apela ao bom senso e ao respeito por quem está legitimado para liderar. Todos são importantes mas cada um deve saber ocupar o seu lugar na estrutura.
A Região Autónoma da Madeira precisa, urgentemente, de mudar o rumo político face aos indicadores disponíveis. E essa mudança exige consistência, rigor, disciplina, experiência, humildade, abertura, participação e conjugação de múltiplas vontades. A mudança não se operacionaliza com quezílias, com olhos enviesados, com desconfianças e com a prevalência do interesse pessoal sobre o colectivo. Atenção, pois: 2011 está ali ao virar da esquina!
Fotos: Google Imagens.
1 comentário:
Parabéns André Escórcio ! Post interessante, responsável e desprendido.
é, aliás, comparável com o post- igualmente interessante- escrito pela Célia Pessegueiro.
Visões diferentes, expectativas diferentes, maturidades diferentes.
Enviar um comentário