Li, no Jornal da Madeira, com paciência cristã, o artigo de opinião do Dr. Jardim, Presidente do Governo Regional. Um artigo cheio de pérolas. Aqui ficam algumas antes de um comentário:
"A qualidade da Democracia exige actores qualificados (...) no entanto, a propaganda adversa nunca teve a honestidade intelectual de aprofundar o que por mais evidente se passa. Enquanto que, no Continente, a evolução do regime democrático contemplou uma clara selecção dos seus actores mais destacados (...) na Madeira, a demonstrar uma abertura democrática total a todos, independentemente das respectivas qualificações, assistiu-se a um processo diferente (...) se olharmos os activistas dos Partidos da Oposição local (...) torna-se inquestionável que, noutro qualquer país democrático e civilizado, tais cidadãos, com igual Direito a todos na participação cívica, jamais chegariam ao nível de funções dirigentes que ostentam na Região Autónoma da Madeira (...) É que, igualmente resultado da tal falta de qualificação, os referidos cidadãos foram sempre somando penosas derrotas eleitorais ao longo de tanto tempo, nalguns casos sempre com percentagens confrangedoras, e no entanto nunca se demitiram dos seus cargos partidários. Não largam o «tacho», até porque talvez compreendem que, no respectivo caso pessoal, se trata da única maneira de manterem uma certa relevância pública cujo «ego», psicologicamente, não consente a si próprio abandonar".
Desde arrazoado apenas uma frase merece destaque e aprovação: "a qualidade da Democracia merece actores qualificados". Obviamente que sim. Todo o restante texto, de crítica ao vasto quadro de pessoas que, democraticamente, assumem outros olhares sobre o sistema político regional, constitui uma lamentável opinião, uma vez que, facilmente, volta-se contra quem assina o texto. Parece que até fala para o espelho. Destacar o "tacho", a relevância para o "ego" e a má "qualidade" no exercício da política ou no desempenho dos cargos ou tarefas políticas, constitui, desde logo, estou em crer, uma avaliação consciente do sistema pelo qual é responsável, o que o leva a despachar para os outros a sua leitura de processo interno. Basta um olhar atento pela qualidade das propostas que passam na Assembleia Legislativa da Madeira com origem nos partidos da Oposição, a capaci na Regiãodade de argumentação política da oposição, o sintomático medo dos membros do governo ali se deslocarem para debaterem as grandes questões de oportunidade política, a sistemática fuga do Senhor Presidente do Governo no debate sobre o Plano e Orçamento da Região (ao contrário do que acontece na República, onde o primeiro-ministro, quinzenalmente, debate, frente ao País, as grandes questões da governação), basta um olhar sobre a teia de interesses montada para que qualquer pessoa perceba que as razões da expressão eleitoral dos partidos da oposição, desde longa data, tem muito a ver com a engrenagem e com a política de eucalipto que semeou e muito pouco com as pessoas que lideram ou fazem parte dos partidos políticos. Pelas lideranças dos vários partidos têm passado figuras de prestígio da sociedade madeirense e todas foram visadas da mesma maneira. Sendo assim, quanto ao "tacho" e ao "ego", obviamente, que não vou considerar que se aplica bem ao autor do citado artigo de opinião. Diria, tão somente, que ele nutre um enorme amor pelo poder. Há, todavia, quem designe de outra maneira...
Desde arrazoado apenas uma frase merece destaque e aprovação: "a qualidade da Democracia merece actores qualificados". Obviamente que sim. Todo o restante texto, de crítica ao vasto quadro de pessoas que, democraticamente, assumem outros olhares sobre o sistema político regional, constitui uma lamentável opinião, uma vez que, facilmente, volta-se contra quem assina o texto. Parece que até fala para o espelho. Destacar o "tacho", a relevância para o "ego" e a má "qualidade" no exercício da política ou no desempenho dos cargos ou tarefas políticas, constitui, desde logo, estou em crer, uma avaliação consciente do sistema pelo qual é responsável, o que o leva a despachar para os outros a sua leitura de processo interno. Basta um olhar atento pela qualidade das propostas que passam na Assembleia Legislativa da Madeira com origem nos partidos da Oposição, a capaci na Regiãodade de argumentação política da oposição, o sintomático medo dos membros do governo ali se deslocarem para debaterem as grandes questões de oportunidade política, a sistemática fuga do Senhor Presidente do Governo no debate sobre o Plano e Orçamento da Região (ao contrário do que acontece na República, onde o primeiro-ministro, quinzenalmente, debate, frente ao País, as grandes questões da governação), basta um olhar sobre a teia de interesses montada para que qualquer pessoa perceba que as razões da expressão eleitoral dos partidos da oposição, desde longa data, tem muito a ver com a engrenagem e com a política de eucalipto que semeou e muito pouco com as pessoas que lideram ou fazem parte dos partidos políticos. Pelas lideranças dos vários partidos têm passado figuras de prestígio da sociedade madeirense e todas foram visadas da mesma maneira. Sendo assim, quanto ao "tacho" e ao "ego", obviamente, que não vou considerar que se aplica bem ao autor do citado artigo de opinião. Diria, tão somente, que ele nutre um enorme amor pelo poder. Há, todavia, quem designe de outra maneira...
Desenho: Google Imagens.
1 comentário:
leia o novo blog anti-jardinista=
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