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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

PRÉMIO DE MÉRITO

Pode ler-se no Público de ontem:
"(...) A ideia, importada, de pagar prémios de 500 euros aos melhores alunos do secundário só acentua a falência deste sistema de ensino. Não o salva nem o melhora, só agrava a sua agonia. As escolas devem pagar aos alunos que tirem boas notas? Esta pergunta foi, há dias, título de um artigo do PÚBLICO (edição de domingo, 3 de Agosto) e suscitou, no próprio texto, várias reservas e algumas reacções de indignação. Curiosamente, num país em que tanto e sobre tanta coisa se discute, ficou-se por aí. A iniciativa, anunciada pelo Ministério da Educação, de instituir um prémio anual de 500 euros para o aluno que em cada escola tenha concluído o secundário com melhor aproveitamento (ou com melhores notas, o que nem sempre é a mesma coisa), afundou-se no silêncio. Mas devia ter suscitado uma forte discussão. Porque a simples ideia de tornar a escola permeável a tais prémios é, no mínimo, inquietante".
Concordo com esta análise. Mas o que é lamentável é a JSD-M ter vindo a terreiro criticar a Ministra, segundo dizem, pela discriminação da Madeira no acesso ao "prémio de mérito". O que seria lógico era posicionar-se contra esta medida, defendendo o princípio que é obrigação dos estudantes lutarem pelo seu sucesso educativo. E mais, ainda, que a existir um prémio que ele se traduza em bolsas de estudo, na acção social e num valor diferente relativamente às incomportáveis propinas no ensino superior, difíceis de suportar por uma grande parte dos encarregados de educação.
Não deixa, no entanto, de ser curioso o posicionamento dos jovens quanto à insatisfação pelo extenso programa escolar de algumas disciplinas e que é preciso "repensar a política educativa nomeadamente o planeamento do programa escolar ministrado no ensino secundário e no ciclo preparatório (certamente quereriam dizer 2º e 3º ciclos do Ensino Básico)". Posições que o PS-M há muito defende no Parlamento e que o PSD tem feito ouvidos de mercador.

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