Desde que foi publicado o estudo coordenado pelo Dr. Alfredo Bruto da Costa, que se sabe que é assustadora a dimensão da pobreza na Região Autónoma da Madeira. A síntese desse estudo pode ser lida hoje, na página 10 do DN-Madeira, num trabalho da jornalista Sílvia Ornelas. Duas percentagens são reveladoras da situação que se vive: 15,1% vivem num estado de pobreza persistente (38.000 pessoas) e 54,5% encontra-se à beira da pobreza. Isto é, mais de metade da população, nos anos que o estudo envolveu, pelo menos uma vez experimentaram a pobreza. Significa que estão, hoje, no limiar desse estado social e, portanto, muito vulneráveis. Digamos que se vão aguentando!
O que mais me aflige e constrange é o facto dos partidos políticos há muito denunciarem que a Madeira vive das aparências mas que o seu âmago social está apodrecido, e o governo regional continuar a assobiar para o lado nas suas políticas, bem como o grupo parlamentar do PSD na Assembleia da Madeira que tudo tem feito por ignorar e branquear a situação. É que um quadro social como este que se verifica na Madeira, independentemente de outras importantes leituras, continuará a trazer consequências a prazo não muito longo. Desde logo, se há pobreza existe fuga à escolaridade, à aprendizagem e à formação profissional. E sem uma maioria profissionalmente qualificada, a Região afundar-se-á cada vez mais. Restará a emigração, como aliás já acontece. De facto, TUDO TEM O SEU TEMPO. ESTE GOVERNO JÁ TEVE O SEU.
Sem comentários:
Enviar um comentário