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sexta-feira, 13 de junho de 2008

LIBERALIZAÇÃO: O DESNORTE DO GOVERNO REGIONAL

Este governo regional denuncia, claramente, desnorte com a questão da liberalização do espaço aéreo. Agora, vem a Secretária do Turismo e Transportes, de forma desonesta, solicitar que o Estado assuma 50% do preço das ligações da Madeira com o Continente, relativamente aos residentes. Significa isto, na prática, que a TAP e todos os outros operadores que venham a entrar na linha, poderão vir a aumentar o preço das tarifas, caso esta proposta fosse levada a sério pela República. Obviamente que não será. Simplesmente porque esta proposta vai buscar o pior da liberalização e o pior do serviço público que deve ser garantido pelo Estado no que concerne ao princípio da continuidade territorial.
Depois, há uma grosseira desonestidade, uma vez que evidencia que o governo, não tendo solução e capacidade de negociação, tenta, de forma estapafúrdia, empurrar para a esfera de responsabilidade do governo da república a solução de um problema no qual a Secretária Regional participou, negociou e considerou de histórico o momento do acordo estabelecido, contrariando o que se encontra escrito no documento elaborado pelo grupo de trabalho que estudou, em profundidade, a questão da liberalização. Aqui fica, uma vez mais, para que não restem dúvidas, a parte mais importante, do texto do grupo de trabalho:
"(...) Assim, porque a liberalização sem condições contratuais das ligações aéreas pode não significar mais voos, menor preço e maior capacidade, até porque eliminando-se a obrigação da frequência e a obrigação de continuidade dos serviços, seria natural que os operadores procurassem adequar a oferta em função da procura, o que poderia fazer flutuar de forma significativa a oferta em relação ao modelo actual, o Grupo de Trabalho de forma unânime entende que a Região não deverá correr estes riscos, razão pela qual a liberalização com condições contratuais é aquela que neste momento melhor salvaguarda os interesses da Região."
Quem assim se demite dos problemas, honestamente, deveria ser demitido.

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