Continuação.
Numa aproximação à terminologia da gestão eu diria que é necessário um processo de reengenharia, isto é, de reinvenção da Escola, da sua organização interna e, no caso em apreço, da própria Educação Física. Simplesmente porque o educando não pode ser o elo mais fraco da comunidade educativa e, bastas vezes, da própria família donde provém. Só que isso implica disponibilidade intelectual, algum radicalismo e algum dramatismo (porque mexe com as pessoas e com as rotinas) e, sobretudo, muita ousadia uma vez que se trata de redesenhar o futuro através de uma cruzada de criatividade. Implica eliminar as ideias preconcebidas, quebrar a rotina, prever e sobretudo olhar a organização escolar através dos olhos dos alunos, surpreendendo-o constantemente. Enquanto os professores não o fizerem e enquanto as instituições coarctarem com decisões heterónomas, obviamente que a Escola jamais estará a competir com o futuro.
E para construir o futuro, primeiro, dizia há já catorze anos Michael Hammer[1], o pai do conceito de reengenharia, desde logo é fundamental responder a três questões:
1º Quais são as questões básicas que se colocam em relação à organização (neste caso escolar)?; 2º quais os seus principais problemas?; 3º como é que a organização pode ser reinventada?
Colocam-se, aqui, naturalmente, os conhecimentos de gestão, a capacidade de liderança, o domínio das políticas de desenvolvimento e de actuação estratégica. Infelizmente, reconheço, existem muitas lacunas de formação nessas áreas. Porém, melhor será correr riscos e apostar na inovação, aprendendo a amar a mudança do que quedar-se pela rotina que repete o passado.
A propósito trago à colação as eras de C. Handy: a da irracionalidade, a da incerteza, e a do paradoxo. Três palavras que o guru irlandês utilizou para caracterizar a sociedade actual. Irracionalidade porque, diz Handy:
“a mudança já não é o que era. Cada vez há menos continuidade, o futuro será menos confortável mas mais interessante”.
Torna-se, portanto, necessário compreender a mudança, a descontinuidade dos processos e dos modos de vida; necessário compreender que está a emergir uma nova inteligência, da qual o êxito das organizações dependerá da capacidade técnica, científica e de adaptabilidade dos quadros o que, por extensão, pressupõe novos e sobretudo melhores investimentos na Educação.
[1] Hammer, M. e Champy, J., (1993) Reenginering Corporation. Os autores apontam o redesenho de processos como uma cruzada de criatividade.
A propósito trago à colação as eras de C. Handy: a da irracionalidade, a da incerteza, e a do paradoxo. Três palavras que o guru irlandês utilizou para caracterizar a sociedade actual. Irracionalidade porque, diz Handy:
“a mudança já não é o que era. Cada vez há menos continuidade, o futuro será menos confortável mas mais interessante”.
Torna-se, portanto, necessário compreender a mudança, a descontinuidade dos processos e dos modos de vida; necessário compreender que está a emergir uma nova inteligência, da qual o êxito das organizações dependerá da capacidade técnica, científica e de adaptabilidade dos quadros o que, por extensão, pressupõe novos e sobretudo melhores investimentos na Educação.
[1] Hammer, M. e Champy, J., (1993) Reenginering Corporation. Os autores apontam o redesenho de processos como uma cruzada de criatividade.
Continua.
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