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sexta-feira, 20 de junho de 2008

NÃO AO BLOCO CENTRAL

O Povo está farto e cheio do designado "Bloco Central de Interesses". E quando por aí surgem vozes naquele sentido, eu assumo, claramente, um NÃO a essa hipótese de conjugação de forças para governar Portugal. Antes ou depois do acto eleitoral do próximo ano. Há mais com quem se coligar do que com o PSD.
Aliás, cada vez mais e numa perspectiva de futuro, penso que os portugueses querem perceber os fundamentos essenciais ideológicos que fundamentamm a práxis política dos diversos partidos. Não aceito, por isso, que se continue a viver numa situação nebulosa em que se torna difícil perceber onde termina, por exemplo, o PS e começa o PSD. Torna-se, portanto, necessário separar as águas, de tal forma que o produto que os partidos "vendam" aos portugueses não constituam sucedâneos da marca que os deve distinguir. E há, neste momento, qualquer coisa de contrafeito na política partidária. E isto é mau para o exercício da política e é mau para os eleitores, porque é gerador de desconfiança e de desinteresse pelos actos políticos.
Neste pressuposto, o PS terá de manifestar, com toda a clareza os princípios e os valores que defende. Deve, por isso, reflectir e ratificar a sua carta de princípios confrontando-a com a sua própria prática política. E daí partir para uma afirmação pública que leve os portugueses a acreditar que é possível ganhar as eleições, europeias, autárquicas e nacionais, falando verdade aos portugueses e distante das promiscuidades partidárias.

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