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quinta-feira, 18 de março de 2010

QUASE 15.000 DESEMPREGADOS


Em apenas um ano a RAM registou 5.000 novos desempregados, o que significa 14 desempregados por dia e 417 novos desempregados por mês. Está na altura do governo "inaugurar" o desemprego e a pobreza!

É ininteligível a forma como o Secretário dos Recursos Humanos aborda a questão do desemprego. Ele cresce a olhos vistos mas, para o Secretário Dr. Brazão de Castro, há sempre qualquer coisa que ele descobre e que nenhum outro detecta, no sentido de fazer crer que este continua a ser um "cantinho do Céu" em matéria de empregabilidade. Só ele consegue ver prosperidade onde todos sentem preocupação. Não está longe o tempo que se o ouça dizer que no tempo do Afonso Henriques a taxa era bem pior.
Os dados são claros e motivo de grande preocupação. Em 2004 a Região Autónoma da Madeira registava 5.209 desempregados e, em final de 2010, já atingia 14.432 indivíduos, triplicando, em cinco anos, o valor de desemprego e batendo todos os recordes de desemprego no pós 25 de Abril. Além disso, é fundamental sublinhar que este aumento de desemprego assume na Madeira proporções catastróficas porque a RAM tem sido sistematicamente uma das Regiões do País onde este indicador mais cresce. Se olharmos para os dados publicados hoje pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, relativamente ao mês de Fevereiro, constatamos que a Madeira passou a registar 14.984 desempregados, sendo o segundo maior aumento do desemprego no País, depois do Algarve. Na prática, em apenas em um ano a RAM registou 5.000 novos desempregados, o que significa 14 desempregados por dia e 417 novos desempregados por mês. Tendo presente que no mês de Fevereiro apenas estavam disponíveis 174 novas ofertas de emprego, é fácil perceber que este fenómeno ameaça transformar-se num problema estrutural em absoluto descontrolo.
O curioso desta situação, ou talvez não, é que a 3 de Março de 2009 assinei, em nome do Grupo Parlamentar, um documento a solicitar um debate de urgência sobre esta problemática e com a presença do governo. Até hoje! Nada de debate, porque a maioria assim não o deseja. Trata-se de um quadro muito próximo da calamidade social. Dramático para milhares de famílias. Mas o silêncio permanece. Oculta-se o desemprego como se oculta a pobreza. Por favor...

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