"Enxovalhados e cansados já estão os 'pedreiros-livres', 'traidores', 'vendidos', 'exóticos' e 'doentes mentais' que nestes anos julgavam que isto é só criticar".
Só agora tive a oportunidade de ler a "análise da semana", publicada no DN-M, assinada pelo seu Director, Jornalista Luís Calisto. Uma vez mais, de forma esclarecida, a caracterização da semana explica, tim-tim por tim-tim, os contornos desta democracia musculada que se vive na Região. Vale a pena ler.
"(...) Outra inovação do actual 'statu quo' vem da reconstrução estatuída como causa indiscutível - que além do mais veio revigorar o peregrino conceito de 'povo superior'. 
Quem escarafunchar as causas que ampliaram as consequências da catástrofe ou fizer os mais banais reparos à governação regional no contexto em que vivemos não passa de um 'miserável oportunista' que explora a "morte de madeirenses". Jardim e seus bem pagos serventuários classificam quem abre a boca de "aproveitador da tragédia". Já Jardim e companhia podem aproveitar a tragédia para silenciar a oposição e demais vozes incómodas. Sem meias palavras. O chefe foi ao tempo de antena utilizar a sua 'legitimidade reconstrutora' para punir os "vergonhosos" aproveitamentos da "política partidária" ensaiados por "desprezíveis indivíduos" que não hesitam em estragar o "trabalho solidário e organizado" à base de "confrontos mesquinhos".
Os oposicionistas, com uma postura digna nos dias que se seguiram à tragédia, ficam à mercê de um 'bullying político' mais cruel do que até aqui, porque nem estrebuchar podem, sob pena de acusação de estarem a minar as relações Funchal-Lisboa e a reconstrução. Enxovalhados e cansados já estão os 'pedreiros-livres', 'traidores', 'vendidos', 'exóticos' e 'doentes mentais' que nestes anos julgavam que isto é só criticar".
Quem escarafunchar as causas que ampliaram as consequências da catástrofe ou fizer os mais banais reparos à governação regional no contexto em que vivemos não passa de um 'miserável oportunista' que explora a "morte de madeirenses". Jardim e seus bem pagos serventuários classificam quem abre a boca de "aproveitador da tragédia". Já Jardim e companhia podem aproveitar a tragédia para silenciar a oposição e demais vozes incómodas. Sem meias palavras. O chefe foi ao tempo de antena utilizar a sua 'legitimidade reconstrutora' para punir os "vergonhosos" aproveitamentos da "política partidária" ensaiados por "desprezíveis indivíduos" que não hesitam em estragar o "trabalho solidário e organizado" à base de "confrontos mesquinhos".Os oposicionistas, com uma postura digna nos dias que se seguiram à tragédia, ficam à mercê de um 'bullying político' mais cruel do que até aqui, porque nem estrebuchar podem, sob pena de acusação de estarem a minar as relações Funchal-Lisboa e a reconstrução. Enxovalhados e cansados já estão os 'pedreiros-livres', 'traidores', 'vendidos', 'exóticos' e 'doentes mentais' que nestes anos julgavam que isto é só criticar".
2 comentários:
Poi é, TODA A VERDADE muda conforme o tempo e as circunstâncias.
Quando o Senhor Luis Calisto foi nomeado pelo AJJ para Director da RTP nunca se viram Telejornais ou Debates TIM TIM por TIM TIM .Nem quando o PROF ANDRE esteve por lá no Desporto, também nunca se viram críticas ao Processo Desportivo da Região. As Verdades são duras e a Memória por vezes é curta. Mas a vida continua...e agora o Roque Martins que era um reles do sistema, qual paraquedista de Macau , agora é um expert da Pobreza...Ah coerência...Assim a credibilidade da Politica e dos Homens vai cada vez mais na lama da doce vida da ribeira...
Ora bem, Caro Anónimo,
Relativamente à minha pessoa, posso-lhe apenas dizer que, por três vezes, um membro do governo regional pressionou a Direcção da RTP-M para que deixasse de ser colaborador. Tive, nesse aspecto, sobretudo, a defesa da minha honestidade, por parte da respectiva direcção e até, em alguns momentos delicados, das chefias de redacção. E tenho presente as "cartas" e as ofensas públicas traduzidas em artigos de opinião de certos senhores do "mundo da bola" e do desporto em geral, exactamente por ser incómodo sem ser partidário.
Neste pressuposto, imagino o que o Senhor Luís Calisto não terá passado!
Quanto ao Dr. Roque Martins, toda a gente sabe que ele foi afastado por assumir os números da pobreza na Madeira. De resto, o passado do Dr. Roque Martins, o seu currículo e a qualidade de livre-pensador, permite-lhe hoje continuar a defesa não de uma qualquer cor partidária, mas a defesa de princípios e de valores em que acredita.
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