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sexta-feira, 12 de março de 2010

RAPAR, PORQUE FALTA PARA PAGAR OBRAS

Mas que raio de sociedade estamos a construir?
Oiço a maioria parlamentar, sistematicamente, numa dura crítica ao Governo da República. Como soe dizer-se, por tudo e por nada. No pós tragédia é verdade que a crítica tornou-se mais suave ou quase desapareceu. Não se sabe por quanto tempo. Isso vai depender do dinheirinho e, nesse aspecto, o Presidente da Comissão Europeia, Dr. Durão Barroso, ainda hoje destacou que "haverá uma contribuição, mas não será essa contribuição que vai resolver tudo". Esta situação obviamente que também se coloca ao dinheirinho da República, pois, creio eu, qualquer atraso será motivo para um regresso da agressividade política. E é este mesmo governo que tem um histórico de ofensa e de sistemática agressão institucional por carência de dinheirinho que, dentro da sua casa, do seu espaço de governação, agredindo vinte e tal mil funcionários, mata o subsídio de insularidade que há muitos anos lhes é atribuído. Nos Açores tal subsídio é o dobro da Madeira; aqui, aniquila-se esse valor. Da mesma forma como não atribui um complemento de pensão aos idosos.
Pode-se então concluir que todo o dinheirinho está a ser rapado do cofre para pagar as obras megalómanas e sem sentido, na lógica sempre defendida que "com milhões faço inaugurações e com inaugurações ganho eleições". Rouba-se o subsídio de insularidade como se a maioria dos funcionários públicos auferissem de valores substancialmente visíveis. Coitados!
Depois, não se tenta nivelar por cima, puxando os que menos auferem (sector empresarial privado) para patamares acima da sobrevivência. Não. Arrasta-se a classe dita média para o fundo. Mas que raio de sociedade estamos a construir?
Ilustração: Google Imagens.

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