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quinta-feira, 31 de março de 2011

CENTRO INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS DA MADEIRA


"Só 2% das empresas do "offshore" da Madeira pagaram impostos" (...) "só 51 empresas em quase 3000 pagam IRC e cerca de 90% das empresas não têm sequer trabalhadores".


O Diário de Notícias de Lisboa faz hoje manchete com o CINM. O título: "Só 2% das empresas do "offshore" da Madeira pagaram impostos". O trabalho jornalísto, que ocupa toda a página 30, da responsabilidade das Jornalistas Carla Aguiar e Lília Bernardes, adianta que só "51 empresas em quase 3000 pagam IRC e que cerca de 90% das empresas não têm sequer trabalhadores". Os dados, salienta o DN, foram ontem revelados pela Direcção Geral de Impostos. O número de postos de trabalho efectivos limitava-se a 1677, sendo das poucas 243 que empregavam pessoas, a sua maioria apenas tinha um trabalhador.
Ora, parece-me óbvio que este modelo não funciona, merece uma aprofundada reflexão, no sentido de colocar a praça madeirense ao serviço do desenvolvimento. E essa reflexão não se faz com workshops onde apenas se ouve o conhecido refrão da SDM, entidade concessionária e que constitui uma extensão do governo. Mais. Torna-se fundamental um brainstorming que reúna especialistas, sobretudo descomprometidos com a SDM, no sentido de gerar novas opções face a um modelo que se prova estar errado.
Ilustração: Google Imagens.  

4 comentários:

Calaça disse...

Amigo:
Considere o IVA também (esquecido?) e o facto de que estas empresas, não estando aqui, estarão noutro lado qualquer (há sempre outro lado) a deixar o dinheiro que deixam, nesse caso, a outros. Para elas é o mesmo. Para nós, não. Para nós é muito mau.
O dinheiro não vai embora. Simplesmente deixa de vir...

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário. Não acha, meu caro, tantos colocarem reticências, não ao CINM, mas ao MODELO de funcionamento do CINM? É isso que está em causa, para que o dinheiro e a inteligência fique por aqui.

Calaça disse...

É o seu modelo que "afugenta" as empresas. Estão disposta a aqui ficar se puderem obter condições iguais ou melhores às que outros (em qualquer lado) lhes dão. São essas condições que o seu (do PS) ex-Secretário de Estado não deixou negociar a respectiva manutenção. O "seu" modelo é impor mais empregos locais, para além dos que eles acham atractivos. AO impor esses (mais) empregos obrigatórios eles vão embora para onde isso não lhes seja imposto...
É simples.

André Escórcio disse...

É a sua opinião, não a daqueles que, incomparavelmente, sabendo muito mais do que eu, assumem.