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quinta-feira, 14 de abril de 2011

JARDIM, A GRANDE FRAUDE!


Esta obra, do meu ponto de vista, poderá significar para a Madeira o que foi o "Portugal e o Futuro", do Marechal António de Spínola, para o País. Tenhamos isso em consideração. O fim pode estar aí à mercê dos madeirenses que não se vergam. Uma "bolha" que tarde ou cedo rebentará. Mais cedo do que tarde. Rebentará por dentro e por fora.


Esta semana, no Parlamento, muito se falou de comunicação social e de liberdade de imprensa. Veio, novamente, à tona a famigerada Comissão de Inquérito à Comunicação Social e aquele fantasmagórico relatório que, do meu ponto de vista, envergonhou o Parlamento, pelo seu carácter branqueador e construído à medida dos interesses do PSD.
E logo esta semana, não deixa de ser curioso, uma editora, a Caminho viu-se em palpos-de-aranha para conseguir uma sala para promover o lançamento do livro "Jardim, a Grande Fraude". Os menos distraídos poderão aventar a hipótese da editora ter construído uma história no âmbito de uma qualquer política de marketing e de publicidade da citada obra, assinada pelo jornalista Ribeiro Cardoso. Mas, não. Não se trata nada disso, mas de um constrangimento consequente do medo que paira na sociedade. É evidente que não houve, pressuponho, nem, até prova em contrário, poderia ter existido uma indicação nesse sentido, proveniente da estrutura política, mas há, lá isso há, um fio condutor que atravessa toda a sociedade em que todos sabem qual o comportamento esperado pelo poder. Existem relações umbilicais, cruzadas e fortes, que embora as pessoas possam reconhecer o erro, neste caso, a "fraude", acabam por fugir a qualquer dedo acusatório. Nos regimes mais duros a ordem está estipulada e escrita, nos regimes brandos, tal não é necessário, o comportamento esperado flui por anos e anos de condução da sociedade no sentido do seu amolecimento e adestramento. 
É claro que esta é uma outra "bolha" que tarde ou cedo rebentará. Mais cedo do que tarde. Rebentará por dentro e por fora. E serão os mesmos que hoje se curvam ou fazem um notável esforço para manter o silêncio cúmplice, que, esgotados, mandá-lo-ão pela porta fora. Porque já não há paciência para aturar tanta agressividade e tanto controlo social, estendido agora às denominadas "comissões de sítio".
Já não bastava uma sede partidária por freguesia, agora querem ir até ao sítio mais recôndito para injectar a mensagem. Custará milhões, certamente, mas poucos comparativamente à importância da manutenção do poder. Tempos houve que um certo sujeito aventou a hipótese de uma célula do partido por turma de escola. Não passaram da intenção, mas sempre foram distribuindo cadernos, lápis e borrachas com os símbolos partidários. E na Assembleia, aquando das visitas de estudo das turmas escolares, não sei se neste momento ainda acontece, distribuíam um caderno com toda a estrutura do PSD na Assembleia, num acto manifestamente provocador em função da composição, politicamente heterogénea, do Parlamento Regional.
Regresso ao livro. Esta obra, do meu ponto de vista, poderá significar para a Madeira o que foi o "Portugal e o Futuro", do Marechal António de Spínola, para o País. Tenhamos isso em consideração. O fim pode estar aí à mercê dos madeirenses que não se vergam, porque, tal como salienta o autor Ribeiro Cardoso: "Hoje, a Região Autónoma da Madeira é tudo menos autónoma, e o modelo de desenvolvimento imposto por Jardim um fracasso total. A ilha vive muito acima das suas possibilidades e está afogada num mar de dívidas, totalmente dependente do exterior".
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

Espaço do João disse...

Ainda sou do tempo em que a célebre revista " PARIS MATCH" se vendia às escondidasdo público.
Certa ocasião, andava eu na E.I.C.F. dirigi-me à papelria Figueira, para comprar a célebre revista, quando um senhor dirigiu-se à minha pessoa, pegou-menum braço e perguntou-me:- Óh menio, quem te mandou comprar isso? Claro que respondi que gostava muito de Francês e queria aprender mais.
Como a Revista trazia um artigo sobre o Salazar, não foi posto à venda. No entanto por portas e travessas lá consegui os meus intentos. Levei-a para a escola e, sei que me foi surripiada pelo padre Joaquim da Mata, (penso já falecido). Levou-me ao então director Manuel Domingo de Gouveia e Freitas , que me aplicou dois dias de suspensão às aulas.
Quanto a este livro sobre o AJJ, penso que parte dos madeirenses estão seriamente ameaçados se andarem com ele debaixo do braço, daí não haver quem se disponibilize a ceder um espaço para sua apresentação. Assim se vê como funciona o PSD.

Um abraço João.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Então não sei que era assim...
Um abraço.