Adsense

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A SITUAÇÃO DE PORTUGAL É UMA QUESTÃO DE MINISTÉRIO PÚBLICO. E A DA MADEIRA?


Enquanto cidadão o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, deveria sentir-se enganado por 35 anos de mentiras do governo regional da Madeira, sobretudo com o actual quadro absolutamente catastrófico. Será que pode ignorar uma dívida da Região na ordem dos seis mil milhões de euros? Será que não o preocupa o facto do governo regional ter mentido aos madeirenses, nas negociações com a UE, levando à perda de 500 milhões de euros? Será que não o incomoda o facto de uma Comissão de Inquérito ao Endividamento da Região, solicitada pelo PS e subscrita por catorze deputados de toda a oposição, ter terminado  o seu trabalho de recolha de dados(?), há cinco meses, e daí para cá não ter sido apresentado e discutido o respectivo relatório?


A primeira figura institucional dos órgãos de governo próprio da Região Autónoma da Madeira, o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, enquanto cidadão, disse estar “ofendido” por lhe terem mentido sobre a situação do País, e que o actual quadro deveria ser motivo de investigação “pelo Ministério Público no âmbito do Direito Criminal”. Falou de benesses à banca, que o governo da República deveria ser responsabilizado e, dirigindo-se à população, apelou para que não deixassem “cair os braços” e que digam “não” sempre que for oportuno dizer “não”.
Não são de estranhar estas declarações, mas entende o grupo parlamentar do PS que as mesmas, enfermam de um inaceitável sectarismo e populismo partidário, absolutamente desenquadrado das altas funções institucionais que desempenha. O cargo exige um óbvio distanciamento e equilíbrio nas declarações, até porque a Assembleia não deveria ser uma câmara de eco do governo ou do partido a que pertence.
Mas admitindo, enquanto cidadão, a sua revolta pelo estado das finanças do País, o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, deveria, por extensão, sentir-se enganado por 35 anos de mentiras do governo regional da Madeira, sobretudo com o actual quadro absolutamente catastrófico. Será que o Presidente da Assembleia pode ignorar uma dívida da Região na ordem dos seis mil milhões de euros, que a torna ingerível a curto prazo? Será que não o preocupa o facto do governo regional ter mentido aos madeirenses, nas negociações com a UE, levando à perda de 500 milhões de euros? E poderá ignorar a mentira que foi a recente Comissão de Inquérito Parlamentar à Comunicação Social, onde estão ali escarrapachados e desbaratados muitos milhões de euros, com um relatório final que envergonha qualquer parlamento? Será que não o incomoda o facto de uma Comissão de Inquérito ao Endividamento da Região, solicitada pelo PS e subscrita por catorze deputados de toda a oposição, ter terminado (?) o seu trabalho de recolha de dados, há cinco meses, e daí para cá não ter sido apresentado e discutido o respectivo relatório?
O exercício da política degrada-se com atitudes deste género. E quando os telhados políticos são de vidro frágil, deveria o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa, mesmo na qualidade de cidadão, não esquecer-se que desempenha a mais alta função institucional na Região. Mas, admitindo o desabafo partidário, o PS-M, já agora, pede-lhe que essa cruzada se estenda também a uma cabal investigação aos crimes perpetrados contra o Povo da Região ao longo de todos estes anos e que exorte os madeirenses a dizerem não sempre que for oportuno dizer não. Já em Outubro próximo.
NOTA:
Texto de um COMUNICADO do Grupo Parlamentar do PS.
Ilustração: Google Imagens.

Sem comentários: