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sexta-feira, 15 de abril de 2011

GOVERNO REGIONAL RECLAMA CONTADOR A ZERO


"O resultado está à vista. O descalabro das finanças regionais. A Região incapaz de satisfazer os seus compromissos financeiros de curto prazo. As dívidas a fornecedores a se avolumar. O sistema de saúde a rebentar. A banca a fechar a torneira. Agora não há engenharia financeira criativa (no passado, com a cumplicidade de grupos bancários portugueses!) que possa ajudar".

Um político visado
pelo caos na Região
É evidente que compreendo a aflição do Dr. Ventura Garcês, Secretário Regional do Plano e Finanças. Não tem dinheiro no cofre e montanhas de facturas por pagar. Mas, ao ouvi-lo esta tarde, a reivindicar fundos advindos de um eventual empréstimo e dos “efeitos positivos na nossa economia” possa gerar, depois da recém entrada dos técnicos do FMI em Portugal, deixa-me perplexo. É que as dificuldades que o governo da Madeira está a passar tem uma causa e essa ele bem a conhece. A rutura não advém da crise internacional, ela tem origem na atitude megalómana e na sua própria incapacidade para, politicamente, dizer basta ao seu "chefe". A crise, na Madeira, tem muitos anos e ainda ontem foi escalpelizada pelo Dr. Maximiano Martins, em artigo de opinião no DN:
Dr. Maximiano Martins
marca a diferença
na postura política.
"(...) As autoridades regionais não se comportaram com mais responsabilidade e sentido de sustentabilidade do que os privados e a banca. Pelo contrário, exponenciaram o endividamento, injectaram meios financeiros no consumo (na base de uma cartilha primária de keynesianismo!) e anteciparam recursos financeiros futuros com as vias rodoviárias, gastando hoje  e deixando para as gerações vindouras os pesados encargos daquelas operações. Ou construíram obra pública que não garante retorno económico (piscinas e pólos desportivos, centros cívicos, pontes e estradas por onde não circulam bens e serviços, marinas e obras marítimas…).
O resultado está à vista. O descalabro das finanças regionais. A Região incapaz de satisfazer os seus compromissos financeiros de curto prazo. As dívidas a fornecedores a se avolumar. O sistema de saúde a rebentar. A banca a fechar a torneira. Agora não há engenharia financeira criativa (no passado, com a cumplicidade de grupos bancários portugueses!) que possa ajudar".
Num quadro destes como é que ainda se tem o desassombro de enviar recados ao Continente? Se calhar querem colocar o contador a zero. Há cada uma!
Ilustração: Google Imagens. 

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