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terça-feira, 26 de abril de 2011

RIDÍCULO, BURLESCO E DESADEQUADO


Num momento de graves dificuldades, onde os empresários precisam de estímulos, num momento que o desemprego poderá atingir as 20.000 pessoas, de crescimento da pobreza, de uma dívida de seis mil milhões, consequência de investimentos desastrosos, o PSD apresenta um Projecto de Resolução que constitui uma ofensa a todos os madeirenses. Trata-se de um documento ridículo, burlesco e politicamente desadequado. Dele ressalta, no quadro de uma engrenagem totalitária, que o PSD pretende, agora, assumir um papel de big-brother, isto é, de controlador das mesas de voto e de toda a comunicação social.

Só garganta!
O Grupo Parlamentar do PSD apresentou um Projecto de Resolução intitulado "Contributo da Assembleia Legislativa da Madeira dirigido aos representantes do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para a redução do défice público". No essencial, esta "profunda e eloquente" proposta visa a extinção da Comissão Nacional de Eleições e da Entidade Reguladora da Comunicação Social por "desnecessárias" e "desprovidas de idoneidade". Que grande contributo, dir-se-á!
A este propósito, em nome do Grupo Parlamentar do PS, assumi a seguinte posição:
"Num momento de graves dificuldades, onde os empresários precisam de estímulos, num momento que o desemprego poderá atingir as 20.000 pessoas, de crescimento da pobreza, de uma dívida de seis mil milhões, consequência de investimentos desastrosos, o PSD apresenta um Projecto de Resolução que constitui uma ofensa a todos os madeirenses. Trata-se de um documento ridículo, burlesco e politicamente desadequado. Dele ressalta, no quadro de uma engrenagem totalitária, que o PSD pretende, agora, assumir um papel de big-brother, isto é, de controlador das mesas de voto e de toda a comunicação social.
O PS pede bom senso ao PSD, no sentido de não remeter este projecto aos representantes do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Será motivo de chacota porque é risível e anedótico.
A Região Autónoma da Madeira tem sérios e graves problemas por resolver que necessitam de ponderação, responsabilidade política, o que significa que podia e deveria o governo estabelecer contactos com a República no sentido de atenuar as consequências das medidas de austeridade.
Pelo contrário, não é sério nem ponderado quando impõe a austeridade à população e se mostra incapaz de impor a austeridade nos seus actos de governação.
De resto, a culpa da situação a que a Região chegou não pode ser imputada a outros. Quem não soube governar a Madeira deve assumir, agora, as consequências das loucuras, dos enganos e da mentira que durante muitos anos vendeu à população.
Ao contrário de uma atitude visando a solução dos problemas, o PSD apresenta-se no Parlamento, com um projecto que apenas exprime o seu insaciável desejo de poder absoluto. Lamentável, uma vez mais".
Ilustração: Google Imagens

3 comentários:

M Teresa Góis disse...

Era mesmo deixar andar para a frente. Depois, faríamos a contestação. Talvez, assim, de uma vez por todas se conseguisse começar a abanar este sistema DITADOR. É que começando, unidos, a abanar ainda em Abril, pode ser que em Outubro já caia...

Espaço do João disse...

Pelos vistos esse senhor, está a pensar no voto do antigamente.
Leva-se o voto a casa e, só o cabeça de casal ou o chefe de família vota. Sempre é uma maneira de controlar a votação. Espero que antes de Outubro, esse senhor já tenha levado a lição.
Coitado de quem ouve, pois quem diz fica aliviado.
Pensa ele que ainda está vinculado à psico-militar em que estava integrado quando foi tropa?
Como dizia José Afonso:- Já é tempo de emalar a trouxa e zarpar.
Um abraço. João

André Escórcio disse...

Obrigado pelos vossos comentários.
Aos poucos começamos todos a perceber as teias da monumental engrenagem.