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terça-feira, 12 de abril de 2011

TRATOU-SE DE UM APELO AO REFERENDO? SE SIM... VAMOS A ISSO!


O tempo que estamos a viver, desde há muito, que não suporta leviandades, megalomanias e gastos incomportáveis e completamente desajustados às necessidades primárias e secundárias da Região. Será que isto é difícil de compreender? Que o bem-estar da população tem pouco ou nada a ver com o consumo de cimento e com o número de automóveis em circulação?


O Deputado Agostinho Gouveia, do PSD, esta manhã, no Parlamento, disse que se Portugal não mudar nas próximas eleições, "os madeirenses têm o direito de ser questionados sobre se querem continuar nesse caminho". O que significa isto não é mais do que um subtil apelo à "independência".
Mas será que o Senhor Deputado tem consciência do que disse? Será que a partidarite aguda não permite um momento de alívio de dor que permita um raciocínio mais consistente e menos leviano? O que é que significa isto de seguir o seu caminho? Não tem sido, aliás, isso que o PSD tem feito ao longo de 36 anos absolutos, de controlo total da sociedade, de espezinhamento de toda a oposição, de tendencial pressão e controlo dos meios de informação e de comunicação, de permanente e sôfrega luta pelo poder?
Bom, mas aquela posição, permita-me o Deputado em causa, politiqueira, porque sem qualquer substância, já ninguém esboça sequer preocupação (se alguma vez houve), mas comiseração pela insistência das palavras ditas. Mas qual o caminho, repito, se todos estes anos a única coisa que o PSD na Assembleia fez foi vociferar contra Lisboa, contra os malandros que não querem pagar o desmando regional? Onde se encontra o equilíbrio, o bom senso, a capacidade para perceber que a Região não pode viver acima das suas possibilidades (tal como o País, entenda-se) e que a capacidade de investimento da Região tem de estar de acordo com as possibilidades do País? Que o tempo que estamos a viver, desde há muito, não suporta leviandades, megalomanias e gastos incomportáveis e completamente desajustados às necessidades primárias e secundárias da Região. Será que isto é difícil de compreender? Que o bem-estar da população tem pouco ou nada a ver com o consumo de cimento e com o número de automóveis em circulação?
Mais ainda, o facto dos socialistas governarem o País impediu, alguma vez, que o governo regional da Madeira tentasse cumprir os seus programas de governo? O que deduzo daquelas palavras é desespero, o mais evidente desespero, porque se a situação do País é grave, a da Madeira é pavorosa.
Ilustração: Google Imagens. 

5 comentários:

Espaço do João disse...

Se foi um apelo à Independência, eu quero "ir para a ilha".
Lembram-se do Camacho Costa?.
Coitado de quem ouve, pois quem diz fica aliviado.
Onde será a sede do Governo? Nas Desertas? Estou em querer que como o Kadafi apregoava em tempos que a Madeira era pertença da Líbia, possívelmente ele vai abandonar a Líbia e vai instalar-se na Madeira. Lógico que a sede do governo actual passe para as Selvagens.
VAMOS A ISSO.

Açor e Cagarra disse...

Claro que impediu.
Ao reverem a Lei de Finanças Regionais e dando aos Açores mais 200 milhões (300 milhões dizem outros) por ano em relação à Madeira.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos vossos comentários.
Ao visitante "Açor e Cagarra", repito-lhe, que o Orçamento dos Açores é de 1.3 e o da Madeira 1.6.
Essa é uma história muito mal contada. E, depois, é uma questão de desonestidade intelectual, permita-me, comparar populações semelhantes e duas regiões, uma com nove ilhas face a outra com duas ilhas.
Governo nas Desertas ou nas Selvagens... talvez.

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

Esta questão já cheira mal. Penso que vai sendo altura de, sem complexos e com coragem, enfrentar o problema. Se a maioria dos madeirenses quer ser independente, não me parece justo que uma limitação constitucional o impeça.
E só um referendo pode clarificar as águas. E se ganhar a tese independentista, não há que ter medo. Siga-se em frente e assumam-se as consequências, sejam elas boas ou más.
Porém, há uma subtileza a ter atenção. Caso ganhe a tese integralista, há que auscultar a opinião dos não madeirenses. É que estes podem não aceitar que a Madeira continue a ser parte de Portugal...

Anónimo disse...

Sr. Fernando Vouga, só não se percebe porque é que depois de tanta ameaça de AJJ, a República ainda não fez o referendo. Terá receio de quê ?