Ela pode ter uma participação, mesmo que mínima, no capital social da empresa, mas daí autorizar a sua distribuição no interior do seu espaço, penso que o descaramento vai longe demais. Não é aceitável nem razoável, simplesmente porque ali está uma questão de política e não uma questão de transmissão da Palavra.
Há de facto situações que não cheiram nada bem! |
Ontem, vivi uma experiência interessante que proporciona reflexão sobre as desproporcionalidade dos meios para fazer chegar às pessoas a mensagem político-partidária. O PS elaborou um "flyer" com as dimensões de 6x21 centímetros, subordinado ao título "Autonomia ao Serviço do Povo" e com sete pontos essenciais que se subordinam à seguinte posição: "Os salários dos funcionários públicos só baixam na Madeira se o governo regional do PSD quiser". Várias equipas foram distribuídas pela cidade e, discretamente, à saída das missas de Domingo, o documento foi distribuído.
Ora bem, à saída da celebração, invariavelmente, na esmagadora maioria dos locais por onde passei, as pessoas saíam com o Jornal da Madeira. O tal órgão de comunicação social, pago com o dinheiro dos contribuintes, distribuído "de borla" e que funciona como um "boletim da paróquia" agora em formato grande. Antes, era o panfleto elaborado na antiga "máquina de escrever", impresso no velho "stencil", manual ou eléctrico, depois, na fotocopiadora e, agora, em formato tablóide. E a Igreja Católica, infelizmente, permite isto. A Diocese pode ter uma participação, mesmo que mínima, no capital social da empresa, mas daí autorizar a sua distribuição no interior do seu espaço, penso que o descaramento vai longe demais. Não é aceitável nem razoável, simplesmente porque ali está uma questão de política e não uma questão de transmissão da Palavra. Mas, enfim, na Madeira, é assim, vale tudo pela manutenção do poder. Lamento, porque não é esta a dimensão da Democracia onde gostaria de viver.
Ilustração: Google Imagens.
1 comentário:
Meu caro André.
A mim nada disso me admira. Pior ainda é o que se passa no Santuário de Fátima. Por acaso já viu o que fazem aos cães que encontram no Santuário? E já viu a resposta do reitor do mesmo? Isto é mesmo a Inquisição a voltar à sua cátedra.Esses Vampiros não desaparecem duma vez por todas. Há pobre povo que engoles tudo e, ainda te sobra tempo.Acordem, o tempo urge.
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