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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UMA REGIÃO DOENTE


E num quadro destes, como é possível reflectir se quem tem o poder vê o descalabro mas nega ajuda? Como alguém citou mas cujo nome não me recordo, "povo pequeno, problema grande".

Não é fácil iluminar a consciência
quando os governantes
amam o poder
A Jornalista Ana Luísa Correia, do DN, na edição de hoje do DN faz uma síntese que dá para reflectir profundamente: "(...) A Saúde está doente, a Educação constipada, a cidade inundada, os jovens perdidos na vida e a fugir dela… É preciso reflectir seriamente, não ter medo de pedir ajuda seja em que caso for. Já lá foi o tempo de baixar os braços e esperar que outro, sempre outro, tome a atitude que achamos ser a necessária e a mais correcta. Mudar o ciclo de más notícias depende de todos e de cada um de nós".
Esta a síntese que pode ser estendida por vários sectores da governação. Não só na Saúde, onde, ainda hoje, o Enfº Juan Carvalho destaca que, no hospital, "às vezes temos de esperar 24 horas para iniciar uma terapêutica", ou, na Educação, que se encontra completamente destroçada, como é público e notório através dos resultados académicos e do relatório do Conselho Nacional de Educação. Há outros sectores em falência, o caso do Turismo, principal sector da economia da Madeira, o sector empresarial privado a braços com falências e concomitante desemprego, todo o sector público empresarial que se encontra tecnicamente falido com mais de mil milhões "as costas", a pobreza que paira na agricultura, apesar da propaganda do Secretário Regional, o sector social com pobres que dão para encher seis estádios do Marítimo, enfim, estamos por um fio. E com uma tendência para a situação agravar-se, questiono-me, como serão os próximos tempos, quando a Economia não está diversificada e quando não foram preparadas a tempo as condições estruturais necessárias no sentido de uma capacidade de resposta preventiva para tempos de dificuldade.
Em qualquer que seja o sentido da escrita, a Jornalista tem razão quando sublinha que "é preciso reflectir seriamente, não ter medo de pedir ajuda seja em que caso for". O problema é que esta gente política que governa não tem no seu "ADN" político essa marca que define, como disse o Dr. Mário Soares, o político com "P" maiúsculo. São auto-suficientes, chumbam todas as propostas, nas Comissões Especializadas quase que "fazem o favor" de escutar os outros, não querem saber se as propostas são positivas ou não, se merecem ou não ser debatidas e melhoradas, tudo morre nas mãos de uma maioria que não quer ver a realidade, não quer ouvir outros pontos de vista, não está disponível para negociar e, portanto, fecha-se na sua torre de marfim, com a sua verdade absoluta. E num quadro destes, como é possível reflectir se quem tem o poder vê o descalabro mas nega ajuda? Como alguém citou mas não me recordo o seu nome, "povo pequeno, problema grande".
Ilustração: Google Imagens.

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