A Escola é socialmente produzida e, portanto, socialmente transformável. Foi a partir desta permissa que a Doutora Ana Benavente, Ex-Secretária de Estado da Educação, iniciou a sua brilhante conferência de ontem, onde explanou os mais diversos conceitos ao longo de três horas e meia de exposição e debate.
Começou por sublinhar que a Escola é a instituição mais generosa da Democracia e, estando o acesso garantido, falta cuidar do sucesso. E para isso, necessário se torna conjungar duas palavras fundamentais neste processo: a diversidade vs a desigualdade, sublinhou. É aí que os governos têm de assumir um conjunto de políticas tendo como pano de fundo os três cenários construídos pela OCDE:
1º O statu quo, caracterizado pelo reforço das políticas existentes e melhorando-as, o que significa, na prática, o aumento da burocracia e da centralização. Isto é, tenta-se melhorar mas sem mudança. Daí gerar a crise de professores e a indisciplina. É a escola difícil de governar.
2º Re-escolarização num quadro de apelo à autonomia, à descentralização, à valorização do corpo docente e à conjugação do sistema educativo (escola) com outros sistemas. Parte-se das boas práticas e refunda-se a Escola, enquanto centro de inteligência e rompe-se com os tabus da escola tradicional.
Começou por sublinhar que a Escola é a instituição mais generosa da Democracia e, estando o acesso garantido, falta cuidar do sucesso. E para isso, necessário se torna conjungar duas palavras fundamentais neste processo: a diversidade vs a desigualdade, sublinhou. É aí que os governos têm de assumir um conjunto de políticas tendo como pano de fundo os três cenários construídos pela OCDE:
1º O statu quo, caracterizado pelo reforço das políticas existentes e melhorando-as, o que significa, na prática, o aumento da burocracia e da centralização. Isto é, tenta-se melhorar mas sem mudança. Daí gerar a crise de professores e a indisciplina. É a escola difícil de governar.
2º Re-escolarização num quadro de apelo à autonomia, à descentralização, à valorização do corpo docente e à conjugação do sistema educativo (escola) com outros sistemas. Parte-se das boas práticas e refunda-se a Escola, enquanto centro de inteligência e rompe-se com os tabus da escola tradicional.
3º A des-escolarização (mercado), onde se enquadra o "cheque educação". Isto é, o mercado que resolva o problema da educação. O Estado abandona o seu compromisso com a Escola, permitindo outros tipos de resposta formais e informais.
O primeiro é considerado indesejável mas provável; o segundo desejável e provável mas muito difícil e o terceiro indesejável e improvável.
Definido este quadro e dando exemplos vários do que está a acontecer um pouco por todo o Mundo, a Professora, que hoje desempenha importantes tarefas no quadro da UNESCO, avançou para as questões da qualidade, das estratégias de inovação e para o diálogo político necessário para se atingir um resultado concordante com os novos desafios que sociedade impõe. Falou das questões organizacionais necessárias à implementação de uma escola para os nossos tempos e sobre os currículos foi muito clara: "os currículos são muito mais que os programas". E desta permissa explanou um conjunto de conceitos do que se faz e de como estabelecer um caminho que vise o sucesso educativo.
Por fim, Ana Benavente não deixou de falar do momento difícil porque passa o sistema educativo português, em consequência de uma equipa ministerial incapaz de promover o diálogo e com uma série de medidas mal explicadas e descontextualizadas da realidade.
De a crescentar que a coordenação desta acção foi da Drª Isabel Sena Lino que, ao iniciar a sessão, fez um longo e muito bem estruturado enquadramento curricular do ensino básico.
Nota:
Aconselho o excelente texto publicado no blogue Olho de Fogo.
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