Esta história que já repugna, de presidentes de clubes em tricas permanentes, tem um culpado. E esse, também desbocado na intervenção política, chama-se Alberto João Jardim. Deve-se a esta figura que, na qualidade de presidente do governo regional, tem vindo a dar substancial guarida para que figuras daquelas estejam no palco. São os milhares de milhões distribuídos ao longo de muitos anos para manter as hostes submissas, num claro desrespeito pelas necessidades básicas de uma boa parte da população, que permitem o florescimento de atitudes absolutamente condenáveis. Neste caso, instigar à violência sobre a classe dos jornalistas, como aconteceu com o presidente do Nacional, é o resultado de uma política que tem tudo menos de desportiva, de educação, de princípios e de valores.
E, neste caso, nem o presidente do governo regional tem moral para falar, ele que, diariamente, ofende subtil ou de forma descarada adversários políticos e os órgãos de soberania. Lamentavelmente, estão todos dentro do mesmo saco das atitudes grotescas e condenáveis. Um alimentou este monstro a que chamam "desporto" do qual está refém; os outros dois fazem o trabalhinho de casa, enquanto frente avançada, fomentando e despejando ódios geradores de divisão das pessoas, numa clara subversão, nesta terra pobre e dependente, dos princípios que deveriam nortear uma verdadeira política educativa do desporto.
Cresceram à custa do sistema, no fundo são as faces de uma mesma moeda, apoiam e rastejam em romarias de subserviência que sobem a avenida em homenagem ao "querido líder", brindam aos sucessos políticos, enfiam o "Chapéu da Esperança" numa cabeça fora de medida, mas lá no recôndito dos seus pensamentos é óbvio que o que lhes interessa não é o fervor clubístico mas o clube como plataforma dos interesses pessoais. E os jornalistas é que são culpados. Um dia, por necessidade, serão fechados os cordões à bolsa e veremos quanto baixinho vão piar.
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