Com que então... um bom curso de jornalismo (formação profissional) para que não façam a cobertura de patetices! Nem mais. Como diria o outro, é já a seguir.
A pergunta que se coloca é, pelo contrário, esta: o que seria do presidente do governo regional da Madeira e do PSD se não fossem os órgãos de comunicação social e toda a máquina de propaganda montada? Em qualquer País democrático, com todos os acontecimentos e fragilidades de 32 anos de poder, teria sido a própria comunicação social a apeá-los da cadeira na sua própria defesa e, por extensão, em benefício de uma população indefesa.
Porém, o que hoje se verifica é um jogo de sobrevivência de empresas e de jornalistas. Uma parte deles tem de cumprir as lógicas editoriais mesmo que em violação das suas consciências. Alguns conseguem romper a teia e serem eles próprios, honestos com a sua verdade, mas com custos pessoais, profissionais e até familiares. E quando a linha editorial não satisfaz o poder encarrega-se de retirar a publicidade institucional e a assinatura, criando dificuldades às empresas. Na Região campo de jogo está totalmente minado.
Na teia montada, de sobrevivência, repito, não é fácil ser jornalista nesta Região, até porque não ganham fortunas embora tenham os mesmos encargos dos políticos. Daí que o presidente do governo regional tenha o desaforo de, frente aos microfones, publicamente, tratá-los abaixo de cão, muitos deles com licenciaturas feitas e outros com uma longa e irrepreensível experiência profissional.
Mas se compaginarmos algumas declarações infelizes, as mais recentes, percebe-se o perfil político dos mentores desta "Madeira Arruinada". Um quer mais poderes para colocar os deputados na ordem e outro manifesta o desejo de ter jornalistas submissos e alinhados com o poder. A receita dos dois primeiros órgãos de governo próprio é perfeita! Aqui, nada pode acontecer e nada aconteceu. Aqui, como sublinhou o Presidente da República, há "normalidade" democrática e as atenções não devem ser desviadas dos assuntos importantes: a economia, o emprego, as empresas, etc. etc., não se dando conta sequer do buraco em que a Madeira se encontra nesses três domínios.
Há uma decretada normalidade e ponto final. Amanhã, na reabertura dos trabalhos parlamentares, logo se verá.
10 comentários:
AJJ incentiva a população a perseguir a oposição e depois diz que não têm nada a ver com o assunto como no caso do deputado Coelho, agredido por um "levadeiro" - agora condenado - supostamente a mando do Savino!
Como aqui na região está tudo normal, os deputados da oposição deveríam sómente marcar "o livro do ponto" deixando os ppd`s irem falando sózinhos.Como é tudo chumbado, não deveríam apresentar nem mais uma proposta que fosse na assembleia.
É participar contra SAvino no MP...
É participar contra MM ao MP, já que o PS-M está tão certo que MM cometeu um crime.
O descaramento daquela gente não tem limites!!!
Nesta terra,tudo funciona às avessas.
É o chefe do (des)governo que acirra os ânimos da populaça, acenando-lhe com o "regresso" do fascismo (como se ele, sob a sua batuta, não estivesse, aqui,encapotado e latente, há mais de trinta anos);
É uma Assembleia Regional,supostamente Primeira Instituição da Autonomia, completamente dominada por um antidemocrático,acéfalo e subserviente bando de lacaios de um prepotente, ensandecido e megalómano chefe de (des)governo;
É um (tele)presidente, daquela mesma Assembleia - no mínimo incompetente - mais atento à satisfação das arbitrárias enormidades, da dita maioria, que ao zelo da Norma Democrática;
É, em suma, a Desvergonha em vez do Decoro.
Veremos se a Procuradoria Geral da República, faz engolir o desplante do emproado Vira-Casacas, que, julgando-se (ou sabendo-se?) impune, se permite ironizar com a possibilidade de pagar a traição, ao Preceito Constitucional,com a pena de prisão prevista na Lei!
Recebi um comentário do visitante "desmancha-prazeres".
Sabe, meu Caro, eu concordo, TOTALMENTE, com as suas apreciações. São certas e oportunas. Só que, desculpar-me-á, por uma questão de princípio, entendo que não devo publicar. Por enquanto ainda tenho funções parlamentares e, no actual quadro político, torna-se necessário ter muito equilíbrio.
Estou certo que compreenderá. Mas concordo consigo.
Sempre ao dispor para, juntos, continuarmos a meter o pauzinho na engrenagem.
Senhor Professor
Pela minha natureza, serei tudo menos equilibrista.
Aliás, até às recentes "Coelhadas" toda a restante oposição mais não fez que tentar equilibrar, isto é, conferir dignidade ao que era,já,um caso perdido e em queda livre: a normalidade democrática.
E,esse civilizado comportamento, ao invés de ter benéficos efeitos pedagógicos na turba prevaricadora,terá sido entendido, por essa maioria abstrusa, como um indicador de desprezível fraqueza.
A elegância de procedimentos não é virtude detectável numa "plêiade" instruída numa escola dirigida por um genético descendente de um "candeeiro" de uma junta de bois.
Daí que a actuação do Deputado Coelho fosse (e seja, não duvido)a que melhor se coaduna com o bando destinatário.
Aqui e agora, recordo(bem melhor que eu saberá)o que afirmou Elias Blanco:
"Um homem instruído, não é, necessariamente, educado; porém, um homem educado,é, necessariamemte, instruído".
Para além do venal "pastor", que não é educado, nem instruído, haverá, por lá, muitos "Drs." que sendo, presumivelmente, instruídos, não são, definitivamente, educados.
E não o são, porque, desde logo, abrem mão da sua dignidade,compactuando com um servilismo que configura a alienação de si próprios.
Parece-me que estas coisas tem de ser ditas, porque são verdades como punhos.E a Verdade, mais cedo ou (demasiado)tarde terá de vir acima.
Lamento que este não seja o seu entendimento e o leve a enveredar pela calcorreada e interminável picada do "politicamente correcto".
No final de contas...a "bola" é sua!
Mas,como simples cidadão atento,a sensação de censura,desgostosa e desiludidamente,cá fica!
Para que não paire no ar a "sensação de censura" (eu vivi o tempo dela) decidi publicar os seus comentários.
Quando iniciei este espaço fi-lo subordinado a um conjunto de princípios e de valores que me guiam na vida política e social. Julgo que reconhecerá que sou contundente na intervenção (a minha história política demonstra isso, no que escrevo e no que digo) mas dentro de um campo de jogo que tem limites.
Espero que compreenda. Um abraço.
Senhor Professor
O facto de ter reconsiderado, da sua anterior decisão,provocou, em mim (e creio que em toda a gente séria que o estima e considera) um enorme alívio.
Bem haja, pela grandeza da digna Humildade, que constitui, em si própria, uma lição de civismo e de vida.
Um dia - e agora sim - terei oportunidade de, pessoal e identificadamente, retribuir-lhe o cordial e democrático abraço.
Parece que o representante da república não foi convidado a dizer a sua opinião sobre o que se passou na ALM. Já estou a ver a polícia a afirmar que não foi convidada pelo criminoso a dar voz de prisão! Esse sr. é um frouxo!
Muito obrigado pelo seu comentário (desmancha-prazeres)e compreensão. A luta por uma Madeira democrática e livre dos tiques ditatoriais continuará.
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