Onde está a solidariedade europeia? É, isso sim, um grande negócio da hegemónica Indústria Financeira global: emprestar dinheiro a países em dificuldades para enriquecer a nova aristocracia do dinheiro.
Tenho particular admiração pela Drª Júlia Caré, ex-Deputada na Assembleia da República. Trata-se de uma Mulher de valores. O seu artigo de opinião, hoje publicado no DN-Madeira, vale a pena ser lido com toda a atenção. O excerto que abaixo reproduzo transporta o significado da necessidade de uma nova ordem mundial, desde logo, uma nova ordem nesta Europa facilitadora e potenciadora da Indústria Financeira, onde vale mais o lucro do que as pessoas.
"(...) É preocupante o conformismo, a resignação, a indiferença desistentes do tipo não há mais nada a fazer, não há outra saída. Desiludidos mas lúcidos temos que votar, ou referendar ou plebiscitar aquilo que vontades externas, aparentemente desejosas de nos ajudarem, ou apostadas em negociar com a nossa incúria e penúria, nos pretendem impor com a ajuda de fiéis servidores, cá de casa, como o único caminho para a salvação. De uma coisa podemos estar certos: chamar o entendimento com a troika de ajuda, é ofender o conceito de cooperação, face à dimensão dos juros acordados. Onde está a solidariedade europeia? É, isso sim, um grande negócio da hegemónica Indústria Financeira global: emprestar dinheiro a países em dificuldades para enriquecer a nova aristocracia do dinheiro (veja-se o filme "Inside Job: A verdade da crise") cuja cartilha é balizada pela completa desregulação social, laboral e económica, servida pela ideologia dominante da lógica irracional do mercado. Os vendilhões do templo ameaçam a democracia".
Ilustração: Google Imagens.
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