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terça-feira, 10 de maio de 2011

O GOVERNO PSD E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS


Muito interessante o que o Senhor Deputado disse. Esqueceu-se de dizer que tinha chumbado, na Assembleia Legislativa da Madeira, no seio do seu grupo parlamentar, as propostas e votos que o PS apresentou para a não aplicação dos PEC 1, 2 e 3, claramente gravosos para quem vive numa Região Autónoma.


O grupo parlamentar do PSD, através do Senhor Deputado, Dr. Savino Correia, sublinhou, hoje, a importância de defender e motivar a função pública, salientando que este é um sector que interfere com a vida de todos os cidadãos (DN-online). "Consideramos que no momento que o país vive, é fundamental olharmos para a função pública porque uma grande parte das decisões do país e do desenvolvimento do país assenta no desempenho da função pública".
Muito interessante o que o Senhor Deputado disse. Esqueceu-se de dizer que tinha chumbado, na Assembleia Legislativa da Madeira, no seio do seu grupo parlamentar, as propostas e votos que o PS apresentou para a não aplicação dos PEC 1, 2 e 3, claramente gravosos para quem vive numa Região Autónoma. Foi sugerido que o governo da Madeira, à semelhança da Região Autónoma dos Açores, considerasse:
Uma “remuneração compensatória” para os trabalhadores da Administração Pública Regional e local, garantindo que os funcionários mantivessem o mesmo nível remuneratório de 2010. Sendo assim, os trabalhadores que recebecessem entre 1.500 e 2.000 euros mensais não sofreriam os cortes salariais definidos por Lisboa.
Para além disto, o Senhor Deputado é capaz de saber que o governo açoriano considerou os mecanismos complementares de apoio às famílias, através do “Aumento do Complemento Regional de Pensão” (não existente na Madeira) de 4,4%, assegurando a mais de 35 mil idosos, um aumento real do seu complemento regional de pensão; o “Aumento do Complemento Regional do Abono de Família para crianças e jovens, de 11%, abrangendo 42. 124 beneficiários; a “Majoração de 100% do Complemento do Abono de Família”, para os filhos dos desempregados que tenham deixado de usufruir do subsídio de desemprego.
Pois é, Senhor Deputado Savino Correia, na Assembleia Legislativa da Madeira é que se definem os comportamentos políticos. Simplesmente porque esta é uma Região Autónoma, que para além da Assembleia, tem um governo e um orçamento próprio. Essa história de empurrar para fora um problema que é da Autonomia é chão que deu uvas. Ao invés de "obras" que não acrescentam nada, ao invés de investimentos sem retorno económico e social, o governo regional que considere que as pessoas estão em primeiro lugar. Falar à distância dizendo coisas que não enchem a barriga dos funcionários públicos e não garantem a tal motivação necessária ao bom desempenho, é fado que todos já conhecem. As pessoas precisam de atitudes firmes e corajosas do ponto de vista orçamental. E mais: o orçamento da Madeira é de 1.6 mil milhões e o dos Açores é de 1.3. Acresce dizer que apesar de todos aqueles apoios sociais, a dívida açoriana é um quarto da madeirense.
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

Vilhão Burro disse...

Senhor Professor
É com estas aldrabices que estes senhoritos têm levado à certa os meus compadres. Mas quer-me cá parecer que lá para o fim do ano a Missa do Galo será cantada com mais alegria e devoção.
A gente já começou a arregalar os olhos, e a ladroagem que se apronte...

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Tenho a sensação que isso vai acontecer.