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domingo, 31 de agosto de 2008

FESTA DA LIBERDADE

Milhares de madeirenses estiveram na Fonte do Bispo. Dia de Sol, muita animação e divertimento. O habitual numa festa que constitui um ponto de encontro de muitos que discordam da orientação política de quem governa a Madeira. Na foto, o Ministro Augusto Santos Silva que, em nome do PS Nacional, esteve na Festa da Liberdade. Da sua intervenção, destaco: o PS "não quer criar um novo partido federalista porque Portugal é um único país, um estado unitário e a República é uma democracia" (...) "O que queremos para a Madeira é o que queremos para Portugal. Queremos que a Madeira inteira seja também terra de liberdade".
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CIDADES E LUGARES 340. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Interior da Catedral de Santa Cruz de Tenerife.
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COMO VOU SAIR DESTA!

As intervenções explicam, claramente, o desespero do presidente. O sentimento que transparece é de agonia permanente, de um estado depressivo que se consubstancia em quatro palavras: como vou sair desta! E se ontem o tom da agressividade política centrava-se mais na forma que no conteúdo, hoje, na lógica de quem torto nasce jamais se endireita, o que emerge é o continuado, insuportável e preocupante acto mistificador. O bombo, a baqueta e o som produzido é repetidamente o mesmo, apenas a letra, de quando em vez, adequa-se aos fins, mas sempre sem desvios relativamente ao princípio que uma mentira repetida muitas vezes, ao próprio e aos da plateia conivente, parece ser verdade. Aliás, tanto é assim que o partido, em Lisboa, percebendo a tramóia, cora de vergonha e não concede crédito. Ora, se os da cor, pelo silêncio, retiram o tapete, a leitura política que se pode extrair é que o Dr. Jardim é um homem só e esgotado, onde nem o “raffiné” da técnica da argumentação política lhe vale. Subsiste, por teimosia, amor ao poder e pela consciência que transporta de ser refém de alguns e da teia que urdiu mas que se romperá, tal como um castelo na areia, na subida da maré.
No actual contexto político, o Dr. Jardim há muito que deixou de ser líder. Ele é apenas um exímio na arte de conquistar a submissão dos outros aos seus propósitos. Percebe-se isto na leitura de Galbraith, quando sublinha que numa interpretação quotidiana, na maior parte das vezes, este tipo de político apenas é “um perito em identificar-se à vontade já condicionada da multidão e em revelar-lhe aquilo que ela própria quer”. Isto é, durante anos, condicionou-a e hoje, fala-lhe através de uma pregação de fé subordinada às condicionadas crenças da clientela. É por isso que os rituais da política (comícios e inaugurações) transportam uma “compensação equivocada da personalidade como fonte de poder. É o que pode ser chamado de efeito histriónico”. Fala ao seu condicionado auditório de acordo com o seu pensamento que ele sabe ser a crença dos outros. A sobrevivência política assim lhe exige: púlpito e jeito para a pregação sobre aquilo que os outros, condicionados, querem ouvir. É neste pressuposto que assentam os rituais das seitas religiosas que enchem estádios e auditórios. E quão perigosas são!
Portanto, o problema nunca foi, num primeiro momento, a Lei das Finanças Regionais e agora a Constituição da República. A primeira rendeu votos, a segunda, para a qual a população está a ser empurrada na crença, o quadro volta a ser preocupante. Sobretudo porque as ditas “causas fracturantes” do desenvolvimento regional são outras. São de governação rigorosa e não de “hipocrisia” do Estado; são de modelo económico e não de “extorsão” e “violação dos direitos”; são de respeito pelos doze princípios do desenvolvimento e não de um “colonialismo” que ninguém sente; são de inteligência no esgotamento da larga Autonomia que existe e não de mais Autonomia. E olhe-se para os Açores, desde o tempo de Mota Amaral ao de Carlos César. Olhe-se para o crescimento e desenvolvimento sustentáveis que apresentam, com menos impostos, mais benesses sociais e, entre outros, combustíveis mais baratos.
Ora, se outra tivesse sido a educação e cultura democrática do Povo, se outro fosse o conceito de liberdade e de cidadania, se a alternância no poder tivesse sido norma nestes 32 anos, se a Igreja tivesse contextualizado a Palavra e não se rendido à obediência do vil metal, a Madeira não estaria hoje neste labirinto. A própria vivência democrática seria suficiente na busca de soluções. Como assim não acontece, o mentor desta história, todos os dias levanta-se com as quatro palavras que o atormentam: como vou sair desta!
Artigo de opinião, da minha autoria, publicado, na edição de hoje, do DN-Madeira.

sábado, 30 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 339. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Catedral em Santa Cruz de Tenerife.
Toda a zona envolvente está muito bem cuidada e mantém uma arquitectura tradicional.
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O PÃO DE SANTANA E OS DESVIOS DE ATENÇÃO

Duas notas:
Tenho da actividade parlamentar, dentro e fora do Parlamento, um conceito que implica muita seriedade e respeito. E mais do que isso, os grupos parlamentares existem com duas funções determinantes, a de legislar e a de fiscalizar os actos do governo. Fico perplexo, quando:
1º Os parlamentares do PSD apresentam-se em Santana na defesa da certificação (julgo que é isso que pretendem) do Pão de Santana. Como se isso fosse comparável ao bolo de mel, ao mel de cana e outros produtos de qualidade que exigem a defesa da qualidade. Sinceramente, não estou a ver o Parlamento vir a discutir, brevemente, porque me parece ridículo, os ingredientes do Pão de Santana, as características da massa e o respectivo tempo de cozedura. Não leva tempo e estaremos a discutir o Pão de Gaula, o Pão com Chouriço, o Bolo do Caco, etc.. A Madeira tem hoje problemas gravíssimos para debater e resolver que não os do Pão de Santana. Certo?
2º Têm sido muitas as críticas à desertificação comercial da zona baixa da Ribeira Brava. Há lojas a encerrar e comerciantes com os nervos em franja. Sendo este um quadro preocupante, dou comigo a seguir, na RTP, uma visita do Grupo Parlamentar do PSD à praia da Ribeira Brava, onde foram salientadas as magníficas condições de acessibilidade ao mar que o concelho desfruta. Ora bem, o problema não é esse nem está ao nível do calhau. Está um pouco mais acima, na parte comercial, no estacionamento, no trânsito, na angústia dos comerciantes e nas respostas que devem ser dadas no sentido das vias rápidas não serem, apenas, pontos de chegada e de partida. Alguma coisa deverá acontecer de permeio para que as vilas e os locais não morram. É isso que está em causa e que deve ser analisado. Certo?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 338. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Santa Cruz de Tenerife. A Praça de Espanha constitui um marco da cidade. Mas tem outros espaços muito interessantes que mostrarei em próximas fotos.
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MADEIRA VS AÇORES

Com Que Então... os açorianos têm uma melhor qualidade de vida que os madeirenses! E só devem 600 milhões, enquanto, por aqui, a dívida já vai nos 3.000 milhões! E são nove ilhas e nós duas! E têm menos impostos e mais benesses sociais! E os pensionistas mais € 60,00! E os combustíveis mais baratos!
O tempo continua a ser um grande mestre. Tanto alarido, tanta provocação contra os Órgãos de Soberania, tanto discurso inflamado (de flama), tanto controlo da sociedade, tanto controlo da Assembleia, tanto rafeiro e pé descalço na Oposição, tanto túnel na cabeça das pessoas, tanto controlo da comunicação social, tanta ofensa e perseguição, afinal, eles que eram atrasados, que ainda lavavam a roupa nos alguidares, até têm mais máquinas de lavar que os madeirenses...
A continuarmos assim, não leva muitos anos e levamos, em todos os sectores, uma goleada dos açorianos!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 337. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Interior da Igreja de S. Domingo, em La Laguna. Data do Século XVII. Consta de duas naves e no seu interior destam-se alguns frescos do pintor canário Cristóbal Hernández de Quintana.
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UNIVERSIDADE DA MADEIRA: REPOSTO O NÍVEL DE FINANCIAMENTO DO ESTADO

A Universidade da Madeira vai receber, no próximo ano lectivo (2008/2009), 11,2 milhões de euros, mais 1,6 milhões que no ano anterior, sublinha o Reitor Pedro Telhado Pereira. Nada que eu e o Grupo Parlamentar do PS não soubéssemos que iria acontecer. Eu próprio, por duas vezes, transmiti ao plenário da ALM que estávamos a desencadear esforços nesse sentido. Fizemo-lo na plena consciência que a Universidade da Madeira deveria ser positivamente discriminada, em função do contexto em que se insere. O quantitativo que agora receberá ficará ao mesmo nível de 2005 e 2006 (€ 11.215.789,00 e 11.208.633,00, respectivamente). Precisamente os valores que estipulámos como necessários nos contactos estabelecidos. A questão agora é a de saber como serão aplicados e em que projectos. Silenciosamente, sem confusões e sem comunicação social, ajudámos a resolver uma questão que se nos afigurava importante. Oxalá que noutras áreas o mesmo acontecesse, com diálogo e sem conflitos desnecessários.

CIDADES E LUGARES 336. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Esta pequena igreja de um antigo convento, sem deslumbrar, é, na minha opinião, uma das preciosidades de La Laguna. Vale a pena a visita.
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AS CONTRADIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Duas notas:
1ª Cavaco Silva foi recebido ontem em Grândola para inaugurar a feira franca. Quando se dirigiu à população, o PR admitiu que Portugal "ficou demasiado tempo para trás", afastando-se dos níveis dos parceiros europeus e pediu competitividade internacional às empresas, alertando para a necessidade de serem seguidas "estratégias e políticas adequadas. Cavaco Silva afirmou também que “é preciso agarrar as oportunidades e, apenas com trabalho, Portugal vai conseguir vencer as dificuldades."
É por estas e por outras que os políticos se descredibilizam. Então não foi este Doutor Cavaco Silva, ex-Secretário-Geral do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal, num período crucial da nossa recente História (1985-1995), curiosamente o político, com maioria absoluta, que mais tempo esteve à frente dos destinos do País? Sendo certo que as decisões políticas estruturantes que hoje são tomadas têm efeitos a médio e longo prazo, sendo certo que se elas tivessem sido tomadas nos anos 80/90 estaríamos hoje numa posição diferente para enfrentar os desafios que se nos colocam, é preciso ter memória curta ou uma grande lata política para agora vir dizer aos portugueses que "Portugal ficou demasiado tempo para trás?
O Presidente do Governo açoriano criticou o Presidente da República por não compreender o valor da Autonomia. Em causa esteve o seu pedido de fiscalização preventiva do novo Estatuto Político dos Açores, na sequência do qual o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais oito artigos do texto aprovado por unanimidade nos parlamentos açoriano e nacional.
Uma vez mais o Doutor Cavaco Silva. Ele pode e deve ser o garante da Unidade Nacional, mas, afinal, que interpretação faz o Presidente das Autonomias? Será que a sua posição tem a ver com a histórica rebeldia muito pouco sensata e, muitas vezes mal educada, por parte do Governo Regional da Madeira? Afinal, em que ficamos: o País não ficará para trás se às Autonomias forem cerceados os direitos de inovação, criatividade, crescimento e desenvolvimento, no quadro da Unidade Nacional?

CIDADES E LUGARES 335. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

La Laguna tem vários pontos de grande interesse. Um dos quais este que a foto documenta. A Igreja, barroca, de um convento, e com um conjunto de notáveis frescos que apresentarei em próximas fotos.
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O CHEFE E O LÍDER

Ele quis o clube único... ele quer o partido único.
O discurso político muitas vezes aparece travestido de democrata, todavia, apenas para disfarçar um sentimento muito mais profundo que se enquadra na lógica do poder absoluto. Aliás, ele sempre denunciou um inequívoco desejo que tudo gire em redor da sua vontade. Dificilmente uma pessoa consegue ultrapassar a sua matriz inicial. E a dele é a de chefe e nunca a de líder.
Aliás, ser líder e ser chefe é uma questão polémica cujo debate tem décadas. Inicialmente, sublinham os estudos, a função de chefia foi denominada de capatazia, ou, melhor dizendo, o ascendente do líder foi chamado de capataz. Depois passou a ser chefe. Daí à liderança a distância é significativa. De acordo com Waren Bennis e Pinheiro e Macieira (2005), há uma diferença entre chefe e líder:
O chefe administra os recursos humanos, o líder lidera pessoas;
O chefe precisa ganhar sempre, o líder precisa ganhar mais do que perder;
O chefe tem todo o poder, o líder tem competência;
Para o chefe os conflitos são aborrecidos, para o líder são lições;
Para o chefe as crises são riscos, para o líder são oportunidades;
Para o chefe as pessoas trabalham por dinheiro, para o líder trabalham também por dinheiro;
O chefe tem subordinados, o líder tem parceiros.
Ora bem, o que nós temos por aqui é uma versão, eu não diria de capataz, mas de chefe.
As suas recentes declarações sobre a Festa do PS-M, a ter lugar, no próximo Domingo, na Fonte do Bispo, ao considerá-la "festa da traição" e lugar que "não se recomenda", inscreve-se, precisamente, na lógica do chefe, do tal sentimento profundo de poder absoluto. Mas, tal como todos os chefes que por aí enveredaram, caíram, uns da cadeira e outros pela acção amadurecida do Povo.
Eu penso assim porque não quero ser subordinado mas parceiro activo do desenvolvimento da minha terra.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 334. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

La Laguna. Economicamente, San Cristóbal de La Laguna, vive graças à agricultura, no seu interior, e ao comércio e ao turismo, na cidade e na zona costeira. É, para além disso, a Cidade Universitária da ilha. É o município mais industrializado da ilha. Posted by Picasa

REVISTA DE IMPRENSA 27.08.08

Governo
PS vai inviabilizar comissão permanente extraordinária pedida pelo CDS-PP (Lusa)
O grupo parlamentar do PS vai inviabilizar o pedido do CDS-PP para realizar uma comissão permanente extraordinária sobre segurança, mas garante que está disponível para discutir o tema dentro do "calendário estabelecido pelo Parlamento".
Novo sistema electrónico de perguntas e requerimentos permite "economia de papel de mais de 60 mil ofícios (Lusa)
O novo sistema "sem papel" de perguntas e requerimentos dos deputados do Parlamento vai entrar em vigor, a título definitivo, a partir de Setembro e permitirá "uma economia de papel de mais de 60 mil ofícios por ano".
Lei de Segurança Interna devia ser analisada pelo Tribunal Constitucional (Lusa)
Gama recebe Senador (Correio da Manhã)
Marcelo faz aviso (Correio da Manhã)
Economia/Finanças
Portugal vai manter "linha de rumo" (Lusa)
Saúde
Alargamento do prazo de receitas permite evitar rupturas de vacinas e ansiedade na população (Lusa)
Administração Interna
PSP quer trabalhar (24 Horas)
Um sindicato da PSP propôs ao Governo que os polícias façam horas extraordinárias para fazer face ao aumento da criminalidade violenta, e ao consequente sentimento de insegurança. "Uma das medidas de prevenção da criminalidade é ter polícias na rua.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 333. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

La Laguna. Uma das melhores cidades de Tenerife. Foi capital da ilha até 1723.
Aqui se encontra a prestigiada Universidade.
A cidade inteira encontra-se repleta de monumentos, palácios e casas tradicionais dos séculos XVII e XVIII.
Entre os edifícios religiosos, os mais impressionantes são a Catedral, a Igreja de Santo Domingo e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Esta última tem um tecto em madeira talhada e um excepcional púlpito barroco do século XVIII. Posted by Picasa

CONTINHAS... A VERDADE QUE INCOMODA

É assim... de tanto repetirem até se convencem que é verdade. Mas os números são os que a seguir se apresentam. Ler os pormenores, aqui.
Assim, temos para os Açores e para a Madeira em 2008:
Açores
Total: 358,0 milhões de euros (338,5 milhões de euros da lei de finanças regionais)
Madeira
Total: 470,0 milhões de euros (207,3 milhões de euros da lei de finanças regionais + 256 milhões do programa Pagar a Tempo e Horas).
Houve uma altura em que Alberto João dizia que não olhava para o prato dos outros. Mas isso já foi há muito tempo. Agora, não só cobiça o prato alheio como morde a mão de quem lhe paga os calotes.
P.S. - Acham realmente justo que os Açores, com a mesma população que a Madeira, com 9 ilhas e com um pib per capita inferior à média nacional, receba o mesmo que a Madeira que tem apenas 2 ilhas e tem um pib per capita superior à média nacional?

CIDADES E LUGARES 332. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

O parque Taoro não é muito visitado. Com uma extensão de quase 100.000 m2 acaba por ser o grande pulmão verde de Puerto de la Cruz. Em tempos recuados foi residência da colónia britânica que ali chegava atraída pelo clima e paisagem. As quedas de água, embora não exuberantes, não deixam de dar uma ar belo ao espaço.
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REVISTA DE IMPRENSA 26.08.08

OE de 2009 em Educação: que prioridades? (24 Horas)
Economia/Finanças
Em busca de 16,2 milhões (Jornal de Notícias)

CIDADES E LUGARES 331. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

O Jardim Botânico em Puerto de la Cruz é muito interessante. Vale a pena visitá-lo pelo seu conjunto e riqueza em número de espécies oriundas de todos os continentes. Está bem definido e cuidado e, sobretudo, é muito sereno a dois passos do bulício da cidade.
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EDUCAÇÃO ATRAVÉS DO DESPORTO (XIII)

Dou hoje continuidade a um conjunto de textos que interrompi no passado mês de Junho, subordinados ao tema A Educação Através do Desporto. Retomo, porque entendo que a nossa participação olímpica nunca será visível enquanto o País não mudar a sua atitude relativamente à Educação Física.

A propósito trago à colação as eras de C. Handy: a da irracionalidade, a da incerteza, e a do paradoxo. Três palavras que o guru irlandês utilizou para caracterizar a sociedade actual. Irracionalidade porque, diz Handy:
“a mudança já não é o que era. Cada vez há menos continuidade, o futuro será menos confortável mas mais interessante”.
Torna-se, portanto, necessário compreender a mudança, a descontinuidade dos processos e dos modos de vida; necessário compreender que está a emergir uma nova inteligência, da qual o êxito das organizações dependerá da capacidade técnica, científica e de adaptabilidade dos quadros o que, por extensão, pressupõe novos e sobretudo melhores investimentos na Educação.
1.3. Constituição de turmas
Ao iniciar o segundo ciclo do Ensino Básico não fazem sentido as turmas mistas nas aulas de Educação Desportiva nem a manutenção de uma actividade generalista e, por razões várias, normalmente repetitiva ao longo dos anos. Os interesses e motivações dos alunos (e dos professores, obviamente) são diferentes, tendencialmente os estádios de maturação dos sexos não é igual e, no plano da prática desportiva competitiva formal, não existem modalidades desportivas mistas. De resto, o que actualmente se passa não favorece a coeducação
[1].
Num sentido lato a coeducação tem múltiplas vertentes. Não está em causa o indiscutível direito do Homem e da Mulher crescerem juntos, em igualdade e liberdade. Não se trata da defesa de uma segregação de sexos. O que está em causa é uma questão específica no campo da aprendizagem, isto é, de respeito pelo factor heterogéneo, daí resultando:
a) a defesa do princípio que o processo educacional deve ser igual para todos;
b) o pluralismo no sentido do reconhecimento que a população escolar é diferenciada e valorizada por cada sexo e cultura;
c) finalmente, um problema de justiça, que assume que todos os rapazes e raparigas são parecidos e diferentes. As diferenças devem ser identificadas e consideradas.
De resto estas dimensões não são novas. Knoppers (1988), in «Equity for excellence in physical education» defende precisamente estas interfaces do problema, ao argumentar que de uma forma genérica a injustiça existe nos programas de Educação Física muito embora, aparentemente, defendam a igualdade.
Deve assim caber à escola a definição da oferta desportiva curricular de carácter obrigatório e, aos alunos, a opção da modalidade que desejam praticar com rigor educativo e, obviamente, qualidade técnica
[2]. Aliás, é confrangedor o nível médio das aprendizagens básicas demonstrado pelos alunos do Secundário em qualquer modalidade desportiva. Destacam-se aqueles que, fora da escola, no clube, praticam a sua modalidade de eleição. Isto significa que a escola, ao longo de doze anos de formação, não tem sido capaz de educar, de promover o enriquecimento motor e de consolidar, inclusive, as aprendizagens técnicas fundamentais.
Por outro lado, as turmas não devem ultrapassar os dezoito alunos, mesmo nos casos das designadas turmas de interesses generalistas, isto é, formadas por alunos que não desejem a opção específica por uma qualquer modalidade ou, por razões de saúde, deficiência e outras
[3], devidamente diagnosticadas e avaliadas, tenham de cumprir programas especiais. A Escola tem o dever, também, de ir ao encontro desses alunos e das múltiplas situações que só uma triagem pode concretizar e que, hoje, são genericamente ignoradas pela instituição escola e pelos próprios docentes por ausência de uma organização interna de suporte.
Continua.
[1] Um crescente número de países, depois de alguns anos de experiência, acabaram por regressar ao modelo inicial, como foi o caso da Austrália, narrado por MacDonald (1989), sobretudo «para acabar com as desvantagens das raparigas nas classes mistas». Um outro exemplo, vem de Berlim, onde um recente estudo empreendido por Ide Krausse demonstrou que, em 598 alunos interrogados, a esmagadora maioria rejeitou a coeducação nas aulas de Educação Física. Penso também que, tal como afirma J. Evans (1989) no seu livro “Equality and opportunity in the physical education curriculum”, que só a mudança de organização no interior das escolas poderá dar «acesso a actividades comuns. Mas essa mudança para ter êxito terá de ser suportada por uma profunda alteração curricular e pedagógica».
[2] Após nove anos de formação motora básica (da educação motora à iniciação desportiva – pré-escolar ao 2º ciclo), a nossa proposta é que os alunos, entre o 7º e o 9º ano, optem por uma prática desportiva que se coadune com os seus interesses e motivações. Ao longo do actual terceiro ciclo deveriam, no máximo, viver a experiência de duas modalidades, sendo certo que, em três anos, deveriam somar dois de uma data modalidade desportiva. Os anos lectivos do Secundário (10º, 11º e 12º) tenderiam para a especialização.
[3] O excesso de peso, por exemplo, segundo um estudo da IOT (Internacional Obesity Task-Force) “é a doença infantil mais comum na Europa com uma prevalência assustadora em crianças com idades próximas dos dez anos”. Em Portugal “uma em cada três crianças já sofre de obesidade, o que coloca Portugal entre os primeiros lugares da lista de países europeus com maior incidência da doença”. Jornal Público, 16.10.03. Mas o problema não se coloca apenas ao nível do 1º ciclo do Ensino Básico. Um estudo de investigadores dinamarqueses, que abrangeu perto de 30 mil jovens de 15 países, revelou (05.01.04) que os Estados Unidos são o país com mais adolescentes com excesso de peso. Portugal, Grécia e Irlanda estão logo a seguir dos valores norte-americanos, nos jovens entre 13 e 15 anos. A obesidade foi declarada uma ameaça global pela Organização Mundial de Saúde, podendo originar doenças cardiovasculares e diabetes, entre outras. Entre 50 a 80 por cento dos adolescentes obesos tornam-se adultos obesos. Daqui se pode inferir que a saúde não pode ficar à margem da escola. Só que, neste momento, salvo raras excepções, os projectos educativos não contemplam preocupações daquela natureza, não fomentam estilos de vida activos saudáveis, nem vinculam os alunos a práticas regulares de actividades físicas durante o crescimento. Isto mesmo salienta o Dr. Rui Neves da Universidade de Aveiro relativamente às primeiras idades: “(…) A escola do 1º ciclo do Ensino Básico está excessivamente centrada no currículo formal e revela dificuldades em responder às características das rotinas diárias das crianças e respectivas famílias”. Jornal A Página da Educação, Nov. 2003, pg. 9.

CIDADES E LUGARES 330. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

A cidade de Puerto de la Cruz não é apenas o centro turístico onde milhares se cruzam, restaurantes cheios e lojas de tudo e mais alguma coisa. Saindo um pouco do centro da "confusão" encontra-se uma cidade de ruas estreitas, com edifícios com fachadas conservadas. É evidente que Puerto de la Cruz não é La Laguna, nem Orotava nem Santa Cruz. Mas é interessante.
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TERREIRO DA LUTA

Não sou de andar, diariamente, a saltar de blogue em blogue. De quando em vez passo os olhos e leio alguns. Talvez, por isso, só agora li o excelente espaço de reflexão denominado por Terreiro da Luta. Penso que está subordinado a um pseudónimo. Fiquei adepto. Uma escrita escorreita, profunda e que deixa o leitor a reflectir. Gostei de um post scriptum de um texto que acaba por definir o posicionamento do autor relativamente ao que escreve: "Fiz hoje pela primeira vez o que pensei nunca ter necessidade de fazer: excluí três comentários ao último texto que escrevi. Acontece que não estou disposto a dar abrigo à ofensa gratuita e ao ataque pessoal. Este blogue pretende discutir ideias e analisar situações e comportamentos políticos. Tudo o que saia deste âmbito não poderá contar nunca com a minha boleia". Parabéns e voltarei com regularidade à leitura.

CIDADES E LUGARES 329. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

A cidade de Puerto de la Cruz tem alguns espaços interessantes. Aqui, frente à sede do Município, a praça Europa, embora não deslumbre, possui alguns edifícios que prendem a atenção.
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O ALBERTO E O CUNHA TAMBÉM PERDERAM!...

O meu Amigo e Deputado Carlos Pereira voltou a colocar o dedo na ferida. Na edição de hoje do DN, num trabalho da jornalista Marta Caires, a caracterização da Madeira, no essencial, ficou ali escarrapachada. Entre outros aspectos, assume o Dr. Carlos Pereira:
"Os quase nove mil desempregados, os 22% que vivem abaixo do limiar de pobreza e os excluídos pela toxicodependência" (...) "O que se passa é que o executivo não consegue descolar do que foi prática nos últimos 30 anos, nem encontrar maneira de cortar com os interesses instalados. Em vez de apostar no tecido produtivo, de apoiar empresários e cidadãos, prossegue com as obras públicas, constitui a Via Madeira e vai à banca buscar 500 milhões de euros para construir a Cota 500 com uma estranha a cláusula do caderno de encargos que restringe o concurso a empreiteiros. Mas porquê? Qualquer um devia ter o direito de concorrer. E a Via Madeira não é caso isolado. Recentemente, a Sociedade Ponta Oeste cedeu uma série de infra-estruturas a um empresário sem concurso público. Até podia não haver outro interessado, mas um concurso público era claro, não levantava a suspeição sobre a forma como as entidades públicas actuam". Daqui infere o Deputado do PS que "(...) ou muito me engano ou as campanhas eleitorais do PSD-Madeira em 2009 serão esquizofrénicas"
No mesmo dia que, genericamente, é feita a caracterização de alguns pontos extremamente preocupantes da política regional, o Vice-Presidente do Governo vem falar de um país "sem rumo" e "sem projectos" e que o Governo Regional, pelo contrário, é "ousado" e "agarra" "oportunidades muitas vezes únicas e irrepetíveis". O problema é sempre dos outros. É a velha história do menino que chega a casa e diz aos pais que perdeu o ano e acrescenta... o Alberto e o Cunha também perderam!
Enfim, fez e continuam a fazer o discurso do sucesso, do oásis, quando sabem, melhor que ninguém, pela análise factual dos números da crise e das estatísticas que esta política está condenada a arrastar os madeirenses e porto-santenses para um beco sem saída.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 328. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Há uma grande diferença entre o Sul e o Norte de Tenerife. O sul muito árido, com sol e poucos motivos de interesse. O Norte, verde e com cidades e povoações de interesse. Do conjunto da região Norte, Puerto de la Cruz é a cidade que concentra maior população. É um destino turístico e que sofre as consequências urbanísticas de um turismo de massas.
A foto refere-se a Puerto de La Cruz e a respectiva catedral.
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REVISTA DE IMPRENSA 25.08.08

"Rentrées" entre 29 de Agosto e 27 de Setembro (Jornal de Negócios)
O Bloco de Esquerda é o primeiro a dar o pontapé de saída nas “rentrées” partidárias a 29 de Agosto, o PS vai multiplicar-se em iniciativas durante o mês de Setembro, o CDS a regressa aos comícios e PSD e PCP mantêm os formatos de anos anteriores. Os socialistas assinalam a "rentrée" com quatro iniciativas em vários pontos do país, todas com a presença do Primeiro-Ministro, José Sócrates. A 9 de Setembro, os socialistas apresentam em Lisboa o grupo de reflexão "Respublica", que irá preparar as legislativas de 2009. O PS agendou, ainda, duas sessões do fórum "Novas Fronteiras" para 13 de Setembro, em Lisboa, e 27, no Porto. A 20 haverá um comício em Braga. O PSD vai manter o formato dos últimos anos e volta à Universidade de Verão entre os dias 1 e 7 de Setembro, em Castelo de Vide. O evento contará com Pedro Passos Coelho, António Borges e Alexandre Relvas e o discurso de encerramento caberá à líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite. No PCP, mais uma vez, a "rentrée" passará pela tradicional Festa do Avante, que termina a 7 de Setembro, com o discurso do Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa. O Bloco de Esquerda agendou o "Fórum de Ideias Socialismo 2008" para o Porto, entre 29 e 31 de Agosto. O CDS-PP regressa à rua, com um comício, em Aveiro, a 13 de Setembro. A justificação é o "ano eleitoral exigente" que se aproxima, com regionais já em Outubro e europeias, autárquicas e legislativas em 2009.
Bloco de Esquerda acusa Cavaco de ser um "homem insensível e insensato" (Diário Económica)
"O Presidente da República mostrou nesta matéria ser um homem insensível e insensato." A crítica foi feita no sábado à noite por Francisco Louçã a propósito do recente veto presidencial à lei do divórcio aprovada pelo Parlamento. Durante um comício na Manta Rota, em Vila Real de Santo António, o coordenador do Bloco de Esquerda defendeu que a AR deve voltar a votar a lei para "abrir a porta a pessoas que não querem casamentos unilaterais" e, desta forma, deixar os casais decidir o seu futuro.
Financiamento é o maior obstáculo
Novos partidos queixam-se de oportunidades desiguais (Jornal de Notícias)
Analistas garantem que a lei do financiamento dos partidos "desnivela o jogo político''. A Internet pode vir a ter um papel na afirmação das novas forças políticas mas "não vai substituir a mobilização das pessoas no terreno". "A maior dificuldade é criada pela lei de financiamento, sobretudo depois da última revisão que limita muito o financiamento privado, aumentando a importância do público", afirma o analista Pedro Magalhães. No entender do docente do Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, este é um factor que "desnivela completamente o jogo político". Também Marina Costa Lobo destaca "o facto do financiamento favorecer os partidos com representação parlamentar". A politóloga refere, no entanto, outros factores como "a obtenção de representação não ser igualmente acessível em todos os círculos" e a própria orientação ideológica. "Os partidos pequenos são mais bem sucedidos à esquerda porque a ideologia enquanto âncora partidária é mais importante à esquerda", explica.
Metade dos partidos já vêm da década de 70 (Jornal de Notícias)
São 16 os partidos políticos em Portugal, depois do reconhecimento do Movimento Mérito Social e do Movimento Esperança Portugal, pelo Tribunal Constitucional. O número de forças políticas existentes é, contudo, inferior ao das que foram extintas desde 1975, para cima de 20 de acordo com o TC. Entre estas estão partidos mediáticos como a Frente de Unidade Popular, de Otelo Saraiva de Carvalho, e o Partido de Solidariedade Nacional, que ficou conhecido como "Partido dos Reformados". Mas também outros quase desconhecidos como o Movimento pelo Doente, extinto no ano passado sem nunca ter concorrido a eleições. Metade dos partidos que hoje existem são sobreviventes da década de 1970 e só três surgiram já neste século - o Partido da Nova Democracia, de Manuel Monteiro, e agora o MMS e o MEP. A história recente é desfavorável aos novos partidos. Excluindo o Bloco de Esquerda, constituído por agregação de outras forças políticas, só o Partido Renovador Democrático, em 1985, e o PSN, em 1991, conseguiram obter representação parlamentar à primeira tentativa.

CIDADES E LUGARES 327. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Uma outra imagem das piscinas naturais em Puerto de La Cruz. São muito amplos os espaços em redor dos extensos planos de água, facto que torna agradável a vivência dos mesmos. A entrada custa € 3,00.
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PORTO SANTO A SAQUE?

Não tenho uma grande vivência do Mundo. Todavia, tenho a felicidade de conhecer grandes e pequenas cidades, vilas e aldeias, locais de turismo de massas e outros de turismo onde impera a qualidade. Quando programo as férias, sempre com um ano de antecedência, faço o possível por proceder a um rigoroso e exaustivo levantamento de tudo quanto quero ver e compreender. Isto para dizer que a sensação que tenho, em função do que conheço, das características do Porto Santo e das notícias publicadas, é que este governo tem uma política suicidária para o Porto Santo.
Ainda distante de uma experiência sobre as consequências da existência de 4.000 camas (neste momento existem cerca de 3.000) e já leio declarações do Presidente da Câmara que a "ilha do Porto Santo quer atingir rapidamente as 7.500 camas para turistas, procurando transformar-se num dos maiores destinos de praia da Europa". Atira o número de camas para o ar mas esquece-se de contextualizar que isso implica: água, serviços e disponibilidade de trabalhadores, serviços de saúde, estabelecimentos de ensino e formação profissional, habitação, animação cultural, enfim, um extenso rol de necessidades para dar resposta a mais de 10.000 pessoas diárias entre residentes e população flutuante. Depois vem a questão do destino de praia. E no Inverno, como é?
Posso, por ausência de elementos (esta não é a minha área de estudo) estar a fazer uma análise pouco consistente. No entanto, repito, pelo que conheço por essa Europa fora, na falta de fundamentação sustentável que compete a quem governa divulgar, a imagem que me fica é que estão a dar cabo do Porto Santo.

CIDADES E LUGARES 326. TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Puerto de la Cruz. A frente mar, rochosa, foi aproveitada, num notável projecto de Cesar Manrique, em uma grande piscina natural, simultaneamente, muito verde em todo o espaço circundante.
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A PROPÓSITO DE LIBERDADE

Imagine o visitante deste blogue que lia ou ouvia este texto:
"Quando um Povo é livre para discutir ou criticar a vida pública, com a maior riqueza de ideias disponíveis, está mais apto para os caminhos da inovação e da dinâmica criativa, como os próprios poderes públicos são legitimamente pressionados para fazer o melhor que souberem e puderem. Ora, sendo a Liberdade um factor constitutivo dos regimes democráticos, estes sentiram ser imprescindível a alfabetização das populações, não apenas do ponto de vista de adequados sistemas educativos, mas também pela via cultural e pela via da informação".
Eu, pelo menos, nada teria a opor e, julgo eu, todos, por ser tão pacífico, tão evidente e tão lógico num regime democrático. Porém, curiosamente, quem o escreve tem tido, ao longo dos anos, um comportamento que é a antítese do que ainda hoje escreveu no jornal oficial do governo. O texto faz parte de um artigo de opinião do Presidente do Governo Regional. Curioso, não é?
Se calhar não tem nada de curiosidade. A sua política sempre foi a de baralhar, dizer hoje uma coisa e amanhã outra, assumir um discurso sensato e correcto e, logo a seguir, ao virar da esquina, combater as suas próprias posições. Tem sido assim ao longo da sua vida política. O seu objectivo é confundir as pessoas e, por essa via, construir o seu poder. Aquele texto prova isso mesmo. Desde logo, porque ele sabe:
1º Que este povo não é livre para analisar e criticar a coisa pública.
2º Quem analisa e critica é escorraçado, ofendido e torna-se num quisto social. É considerado um desgraçado, um pé descalço, um rafeiro, etc..
3º Que não há liberdade na comunicação social madeirense.
4º Que, em 32 anos de governo, a população não foi alfabetizada, ao ponto de saber cruzar a informação disponível, pelo que mantém níveis culturais muito baixos.
Não obstante isto, escreve, falando de uma LIBERDADE que não aceita. Nem a própria liberdade dos seus. Tanto assim é que foram poucos os que se atreveram a chamar a atenção relativamente às suas políticas. E esses foram borda fora ou tiveram que fazer uma travessia do deserto para purificação dos pecados.
Quando se lêem textos como aquele que justificou este apontamento, obviamente, que a pergunta que se coloca é esta: quando é que isto tem fim?

sábado, 23 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 325.TENERIFE/CANÁRIAS/ESPANHA

Jardim Botânico, em Puerto de la Cruz - Tenerife. Impressionante raíz de uma árvore.
As formas são encantadoras e prendem a atenção do visitante.
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PERGUNTEM AOS MADEIRENSES...

Nos últimos três anos (2005/06/07) cada espectador da Primeira Liga custou, directamente, ao erário público, cerca de € 83,00. O Marítimo recebeu, nessas três épocas € 14.389.044,00 e o Nacional € 12.801.844,00. Um total de € 27.190.888,00*. Custos directos, claro está. Porque os indirectos são muitos. Na última época o Marítimo recebeu € 5.743.020,00; o Nacional € 3.779.951,00. O Marítimo somou um total de 86.875 espectadores (5.761 por jogo) e o Nacional 23.526 (1.500 por jogo).
Se considerarmos que estes são sensivelmente valores médios anuais, chega-se a um valor subsidiado (médio) de, aproximadamente, € 83,00 por espectador. Interessa também salientar que aquele número de espectadores reflecte, obviamente, uma altíssima percentagem de pessoas fixas, o que significa ser mínima a percentagem relativamente ao universo dos madeirenses.
Numa Região afogada em dívidas, pobre e dependente, estes valores merecem uma séria reflexão. Globalmente devem ser questionados uma vez que se trata de financiamento público. E não venham com essa treta de que todos os financiamentos são transparentes e sujeitos a contrato-programa. A questão que se coloca é outra. É política e, portanto, de respeito pelas prioridades económicas, sociais e culturais. Nem venham com a história que há interesse para o turismo. Trata-se de uma rigorosa mentira testemunhada em vários estudos realizados por alunos da Universidade da Madeira.
Nada tenho contra a presença de equipas ao mais alto nível competitivo. Antes pelo contrário. Mas quem opta por essa via terá de suportar os riscos da actividade. Perguntem aos madeirenses o que pensam sobre esta matéria!
* Fonte DN-M 10.03.2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 324. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

O museu de Arte Moderna de Arrecife (Castelo de S. José) não tem nenhuma obra em exposição que consta dos folhetos promocionais, por exemplo, de Picasso ou Miró. Fica-se por vários e excelentes trabalhos de César Manrique entre outros pintores e escultores menos conhecidos.
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COMITÉ OLÍMPICO PORTUGUÊS

Conheço, desde os finais dos anos 70, o Comandante Vicente Moura, Presidente do Comité Olímpico de Portugal e Chefe da Missão Portuguesa aos Jogos Olímpicos. Estivemos juntos em muitos momentos, quer na qualidade de Presidente da Federação Portuguesa de Natação quer na de Presidente do Comité Olímpico. Foi ele, por amizade, que, em 1988, no decorrer dos Jogos de Seoul (Coreia) me foi esperar ao aeroporto e me integrou na Missão. Mantivemos ao longo dos anos uma cordialidade que enalteço.
Não ponho em causa a sua dedicação ao desporto, a sua postura elegante no relacionamento, mas tudo tem o seu tempo e, tal como a frase que consubstancia a orientação deste blogue, o tempo do Comandante, com o devido respeito, também já terminou. Depois de ter afirmado que se retiraria não faz qualquer sentido, coincidente com a vitória de Nelson Évora, deixar uma porta aberta à continuidade. Não lhe fica bem. Os actos renovadores trazem vitalidade no contexto das organizações. E, no movimento olímpico português, há muito para fazer no sentido de Portugal não quedar-se por presenças quase simbólicas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 323. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

S. Bartolomeu é uma cidade de pequenas dimensões de Lanzarote. Dista poucos quilómetros de Puerto del Carmen. É sensível a ausência de intervenções abusivas, descaracterizadoras do património, pelo que cativa o visitante pelo seu arranjo urbanístico e mobiliário urbano.
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500 ANOS DO FUNCHAL E O FUTURO

Mais do que a comemoração por cinco séculos de cidade, o que deve preocupar é o futuro da cidade. A situação que hoje caracteriza a cidade do Funchal confirma as grandes preocupações das sucessivas vereações, particularmente do PS, mormente aquelas que derivaram dos actos eleitorais de 1989, 1993, 1997, 2001 e 2005. Nos últimos vinte anos, a análise dos dados prova que a Cidade do Funchal não foi bem gerida. Há, claramente, uma marca de insustentabilidade que deriva dos interesses, fundamentalmente económicos e, alguns, até, particulares, que estiveram em jogo. Aparte uma ou outra decisão de natureza estruturante e que merece aplauso, lamento, por isso, a postura da maioria política PSD à luz não só do presente mas, fundamentalmente, do futuro da cidade. Eu diria que a cidade parece bonita por fora mas está corroída por dentro. Está gravemente doente. Dir-se-á que a maioria política PSD optou por continuar, aqui e ali, a maquilhar a cidade, passando ao lado dos reais problemas. E esses, são, indiscutivelmente, os relacionados, desde logo, com uma postura de rigor no ordenamento do território. Permitiram, assim, o que é grave, a acentuada descaracterização da cidade, contornando os instrumentos de planeamento e gestão, caso concreto do PDM. Por esta e outras razões não é por mero acaso ou deslize circunstancial que a Câmara tem estado confrontada com vários processos sobretudo no Tribunal Administrativo.
Ao contrário de uma política centrada nos pressupostos de uma cidade “Atlântica, Europeia e Turística”, de crescimento equilibrado, solidária, defensora dos símbolos do património histórico-cultural, capaz de corrigir as assimetrias sociais, culturais e económicas, esta maioria política, lamentavelmente, acentuou o fosso que separa o centro relativamente à periferia e, tão grave quanto isso, a identidade do Funchal no contexto concorrencial das cidades.
Coexistem, hoje, três preocupantes pilares que condicionam o futuro:
1º A existência de um organograma de gestão dos recursos humanos e de funcionamento da estrutura da Câmara, obsoleto e excessivamente burocratizado, gerador de conflitos internos que, consequentemente, impedem o funcionamento da instituição baseada num paradigma gestionário leve e moderno.
2º A ausência de rigorosos princípios de planeamento reflectidos no Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos no que diz respeito à realidade social, económica e cultural do Concelho.
3º A incontrolável dívida da Câmara que se apresenta bloqueadora na concretização de projectos sérios e sustentáveis.
Neste quadro, as comemorações passarão, com a edição de livros, desfiles e acrobacias, mas os graves problemas do Funchal do Futuro permanecerão. E falo, por exemplo:
1) Da habitação social de acordo com as necessidades mais prementes e que constam de um relatório elaborado em 1997.
2) Da implementação de uma operação integrada nas zonas altas, ao nível do ordenamento do espaço, dos novos acessos, saneamento básico, águas, transportes e equipamentos educativos, culturais e de lazer, que não se esgotam numa distribuição de materiais de construção ou na oferta de projectos.
3) De uma intervenção profunda em todos os bairros sociais, concomitante com a defesa do sentido da responsabilização.
4) Da concretização de uma nova e imprescindível política de tráfego e de transportes não poluentes, concretamente, no eixo horizontal, de ligação aos concelhos limítrofes, compaginada com as ligações N/S; implementação do Park & Ride e estabelecimento de ciclovias nos quatro corredores horizontais do Funchal (Pontinha-Avenida do Mar; Mercado dos Lavradores-Infante; Campo da Barca-Carreira) e Monumental-Praia Formosa.
5) Do escrupuloso cumprimento do Plano Director Municipal e da publicação dos relatórios bianuais do PDM, fundamentais à própria revisão do PDM.
6) Da revisão do PDM (não para branquear erros cometidos) por ser urgente conter o desordenamento acelerado do território, em resultado das inúmeras violações a que tem sido sujeito, defendendo o equilíbrio entre o crescimento e o desenvolvimento, através de um permanente diálogo com todos os agentes económicos e parceiros sociais.
7) Do combate ao Plano da Praia Formosa por corresponder, nitidamente, a uma gigantesca operação imobiliária à custa da diminuição daquele importante espaço que entendo ser uma reserva recreativa da cidade.
8) Do combate à mega-operação, também imobiliária, do Toco, por ser contrária ao estabelecido no PDM que considera as praias e arribas zonas “non aedificandi”.
9) Da criação do Observatório do Urbanismo, indispensável à transparência da administração pública no que se relaciona com a política urbanística.
10) Da criação de um Banco de Solos (o que começa a ser difícil), com a produção de solo urbano e respectivas infra-estruturas e com uma política capaz de conter a especulação.
11) Da necessidade de ser criado um cadastro para os promotores que, sistematicamente, violam o que é aprovado na Câmara.
12) Da intervenção na Estrada Monumental, enquanto passeio privilegiado dos funchalenses e dos turistas, o que torna urgente o reperfilamento e o adequado arranjo urbanístico.
13) Da rápida intervenção no Porto do Funchal.
14) Da requalificação da zona turística (Lido) que se está a tornar um pesadelo, a necessitar de intervenção urgente, de uma forma coordenada e planeada.
15) Da actuação no Centro Histórico enquanto zona de salvaguarda, recuperação e reabilitação da cidade antiga desenvolvendo o Percurso Histórico e Cultural da Cidade, para contar a história da Cidade, entre o Forte de S. Tiago e a Fortaleza do Pico.
16) Da implementação de uma toponímia assente em critérios rigorosos.
17) Da criação de condições para que as Juntas de Freguesia passem a ser mais interventoras no processo de desenvolvimento da cidade, através da descentralização de recursos humanos e financeiros, dispensando a existência de financiamentos a certo tipo de associações que se têm tornado de cariz político-partidário.
18) De uma nova divisão administrativa do concelho.
19) Da defesa dos pequenos e médios comerciantes tradicionais, das actividades económicas e do fomento do emprego, capaz de possibilitar o esbatimento da pobreza e da exclusão social.
20) Da construção de centros de acolhimento para idosos face ao crescente número das designadas “altas problemáticas” e de idosos que vivem em precárias situações de saúde e de mobilidade.
21) Do combate, através da prevenção primária, do alcoolismo e da toxicodependência.
22) Do efectivo apoio à Comissão de Protecção de Menores, atendendo ao crescente número e complexidade dos casos entre a população jovem do Funchal.
23) Da construção de um edifício com características funcionais que garanta melhores condições de trabalho aos técnicos e funcionários em geral, com reflexos na melhoria no atendimento ao público, vocacionando o actual edifício, após obras de recuperação, para o funcionamento da Assembleia Municipal, serviços da Presidência e da Vereação e, ainda, para a Casa da Cultura do Concelho do Funchal.
24) Da implementação de uma gestão mais descentralizada, mais responsabilizada e mais eficaz nos controlos.
25) Da substancial redução no tempo de resposta aos cidadãos a requerimentos, projectos, reclamações e outros por eles solicitados, acabando com as taxas que são pagas pelo munícipe quando desejam apresentar uma reclamação.
26) Da aposta na formação dos recursos humanos da Autarquia, não só no conhecimento técnico mas humanizando e personalizando, cada vez mais, o atendimento ao público.
28) Do cumprimento da lei no que concerne à preparação da cidade e dos edifícios relativamente aos portadores de deficiência.
29) Da implementação de um espaço de pernoita para os “Sem Abrigo”.
30) Do desenvolvimento e controlo de parques infantis e recreativos, para dotar a Cidade de espaços de lazer, no quadro da autonomização das práticas físicas.
Todavia, estas e muitas outras preocupações estou certo que só encontrarão eco se, no próximo ano, aquando das eleições autárquicas, a população do Funchal olhar para a sua cidade e decidir que novos actores políticos são necessários, apesar de todos os constrangimentos, sobretudo financeiros, para definir e implementar as políticas necessárias ao Funchal do Futuro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

CIDADES E LUGARES 322. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

Na visita ao Parque Nacional de Timanfaya (Montanhas do Fogo) e integrado no preço da visita (€ 8,00/pessoa), os vistantes são convidados a fazer, de autocarro, um percurso de cerca de 45' onde lhes é explicado e podem ver as múltiplas estruturas, formas e cores que os vulcões deixaram. Trata-se de um percurso inesquecível.
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TRANSPORTES PÚBLICOS E MOBILIDADE

Ontem segui uma entrevista no decorrer do Jornal das 9 da RTP-Madeira. Em causa estiveram os transportes públicos. Não gostei. O jornalista terá sido o melhor por ter despoletado algumas pertinentes questões. Os convidados nem por isso. O Presidente dos Horários do Funchal ficou-se pelo convite a uma maior utilização do transporte público e o Presidente da AREAM (Agência Regional de Energia e Ambiente) não foi muito além da importante questão ambiental e da criação de parques periféricos (park & ride). Todavia, muito pouco face a um problema tão grave e que há mais de quinze anos é, sucessivamente, equacionado por vereadores da oposição e por outros técnicos que estudaram o problema dos transportes e da mobilidade. Portanto, esta não é uma questão nova. É um antigo problema político e de grandes opções estratégicas para a cidade, face às quais não tem existido vontade e sobretudo visão para o resolver. Há muitos anos que se sabe, mesmo sem o estudo de mobilidade concluído, que se torna necessário resolver o problema de uma entrada, na Região, de 8 a 10.000 viaturas por ano. Hoje, na Região, existem cerca de 100.000 viaturas, o que significa que se as juntarmos, em fila, coladas umas às outras, obtemos o equivalente à autoestrada Lisboa-Viana do Castelo. Por aqui se vê a dimensão do problema que aí está por resolver face ao espaço geográfico que dispomos.
A solução, dizem alguns especialistas, passa, globalmente, por oito níveis de intervenção integrada:
1º As ligações horizontais, no eixo de ligação aos concelhos limítrofes (C. de Lobos e Santa Cruz), através do metro de superfície (uma hipótese a considerar, embora cara);
2º A criação do sistema de park & ride em diversos pontos de entrada na cidade;
3º As ligações pendulares, isto é, das diversas freguesias do Funchal aos park & ride e respectiva libertação do centro, fundamentalmente, para transportes públicos e meios de socorro;
4º Implementação de um circuito de transportes escolares;
5º Criação de ciclovias nos três percursos planos do Funchal (Pontinha-Praça da Autonomia; Mercado- Infante; Campo da Barca-Carreira);
6º Aumento dos circuitos pedonais;
7º Uma grande acção de divulgação no sentido de novos hábitos a aprender.
8º Eventualmente, o pagamento de uma taxa de acesso ao centro.
Todas estas acções levam, de forma integrada, anos para cumprir. O certo é que os anos se passam e as medidas políticas não são tomadas, o que tornará, inevitavelmente, o Funchal numa cidade congestionada e tendencialmente poluída. De pouco valerão as soluções pontuais de mais um túnel ou de mais um qualquer acesso.

CIDADES E LUGARES 321. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

Nas Montanhas do Fogo, no seu ponto mais alto, existe um restaurante.
Os frangos são grelhados através do calor que emerge da terra a uma profundidade de cerca de oito metros.
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HIPOCRISIA ATÉ NA MORTE DE UMA CRIANÇA

Li e não consegui chegar ao final da notícia. Mãe inválida, pobre, separada, com quatro filhos e um dos quais, com oito anos, morre na sequência de picadas de vespas. Uma tragédia a juntar-se a outras agruras da vida. O problema agora, este é o essencial da peça jornalística, é o de saber quem paga o funeral perante um quadro de óbvia carência.
Este tipo de notícia nem notícia deveria ser. Entendo que situações desta natureza, neste caso, de uma família desestruturada e pobre, deveriam estar devidamente diagnosticadas e, por isso, deveriam ser os serviços competentes para o efeito, a tomarem a iniciativa de protecção social que se impõe. É evidente que não me passa pela cabeça que o problema não seja resolvido, todavia, sê-lo-á a reboque da denúncia na comunicação social e, certamente, de alguma burocracia a cumprir.
Há aqui hipocrisia até na morte. Os governantes são céleres a anunciar três milhões de euros para uma praia de areia em Machico, mas mostram-se hipócritas na morte de uma criança que custará um pouco mais de € 1500,00. É nestas situações que se vê a sensibilidade dos políticos e das políticas sociais.

CIDADES E LUGARES 320. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

Nas Montanhas do Fogo, para os visitantes, é feita uma interessante experiência : num buraco de pouca profundidade é deitada palha e ramos secos e, passados alguns segundos, começam a arder. O que demonstra a elevada temperatura a tão poucos centímetros do solo.
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terça-feira, 19 de agosto de 2008

PARABÉNS JOÃO RODRIGUES

A vida de um desportista não se confina a uma medalha olímpica. É por isso que não estou desiludido, aliás, muito antes dos Jogos terem começado, fiz a defesa desse princípio. A medalha acontece e está sujeita a múltiplas variáveis. À dimensão da política desportiva madeirense temos sim de olhar para toda a vida desportiva do praticante e, nesse aspecto, o nosso João Rodrigues é medalha de ouro: cinco olimpíadas, múltiplos títulos conquistados, um curso de engenharia, humildade de campeão e simpatia no relacionamento são aspectos que marcarão a vida deste desportista de eleição.
Certamente que o João Rodrigues desejava chegar ao pódio. Seria a cereja no bolo que, meticulosamente, preparou durante muitos anos. Mas talvez mais do que ele, porque sabe o que é a competição de alto nível competitivo, alguns que por aí andam, brincando ao desenvolvimento do desporto, desejassem tirar a fotografia ao seu lado. Ficaram frustrados. O João Rodrigues certamente que não. A figura que é, a educação que tem, o sentido da responsabilidade que transmite e a consciência tranquila do dever cumprido, obviamente, que o fazem dormir descansado. Outros, do quadrante político, talvez não!
João Rodrigues merece, por isso, o mais alto lugar no pódio dos melhores desportistas madeirenses de sempre. Os outros, que tiveram e têm a responsabilidade do desenvolvimento do desporto (a política desportiva não pode quedar-se por uma instituição que recebe cartas e emite cheques), questionem-se e respondam a quatro perguntas muito simples:
1ª Quem substituirá João Rodrigues?
2ª Quantas velas e quantos praticantes de prancha à vela a Madeira tem? Trinta, cinquenta, sessenta?
3ª O que fizeram durante todo este tempo para promover o mar (principal instalação desportiva da Madeira) e para mudar o desporto que se faz na Escola?
4ª E que trabalho realizaram para promover a modalidade através do João Rodrigues?
O Engº João Rodrigues, repito, dorme descansado; muitos outros, certamente, têm pesadelos constantes.

CIDADES E LUGARES 319. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

O Parque Nacional de Timanfaya, conhecido, também, por Montanha do Fogo, é um local enigmático ou talvez, melhor dizendo, um paraíso vulcânico.
A trinta centímetros do solo a terra é quentíssima e há espaços que expelem, constantemente, gazes. Nesta foto, podemos ver um significativo jacto de vapor de água, expelido de um tubo metido na terra, após um funcionário do parque lá ter vertido um balde com água.
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PEQUIM 2008: O SONHO CHINÊS

Ao contrário daquilo que os ocidentais possam pensar, os Jogos para os chineses são uma coisa séria. São um sonho com mais de cem anos. Em 1907, um programa de Educação Física já colocava três questões fundamentais ao desporto chinês:
1ª Quando é que a China será capaz de enviar atletas vencedores aos Jogos Olímpicos?
2ª Quando é que a China será capaz de enviar equipas vencedoras aos Jogos Olímpicos?
3º Quando é que a China será capaz de organizar os Jogos Olímpicos?
A China enviou pela primeira vez atletas aos Jogos de Los Angeles (1932). A República Popular da China (RPC) enviou pela primeira vez atletas ganhadores aos Jogos da Olimpíada de Los Angeles (1984). Finalmente, a RPC organizou os seus primeiros Jogos Olímpicos em Pequim. A China levou cem anos a cumprir o seu sonho.
(in Forum Olímpico)
Três questões essenciais (para Portugal, pelo menos as duas primeiras) que nunca soubemos fazer. No essencial, onde estamos, onde queremos chegar e que passos temos de dar para lá chegar.
É por isso que temos a Educação Física que temos, o desporto que temos, a organização dos sistemas educativo e desportivo que temos e a mentalidade que temos.

CIDADES E LUGARES 318. LANZAROTE/CANÁRIAS/ESPANHA

Existem muitas obras de arquitectura criadas por Cesar Manrique.
O monumento ao Campesino, dedicada aos agricultores de Lanzarote, é uma delas que pode ser apreciada a partir da estrada, muito perto de S. Bartolomeu.
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REVISTA DE IMPRENSA 19.08.08

Jardim insiste num novo partido (Notícias da Manhã)
O dilema do Pontal (Diário Económico)
Economia/Finanças
Dívida nos transportes vale 11 mil milhões (Diário de Notícias)
Consumo desacelera? Uma boa notícia (Jornal de Negócios)