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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O POLÍTICO ARMADO EM SINDICALISTA


Sindicatos conotados politicamente(?), obviamente que sim. Os sindicatos só se justificam por razões políticas e não para brincar ao pai e à mãe. Um sindicato não é uma associação recreativa, é um parceiro social da maior importância, porque estabelece o contraponto às medidas dos governos. Coitados de todos nós se não fossem os sindicatos!


Afinal, quem é que tem
pouco juizinho?
Disse o presidente do governo regional da Madeira: "sou pelo direito à greve que é um dos instrumentos, tal como a liberdade sindical, que as pessoas que não têm armas na mão possuem para defender os seus direitos". Li e, imediatamente, reflecti: "com a verdade se engana!".
E tanto assim é que, logo de seguida, saiu-lhe a língua para a verdade: "infelizmente neste país estão conotadas politicamente e isso é uma das principais razões da fraqueza que o movimento sindical tem em Portugal". Ora, o que isto que dizer é que ele não suporta os sindicatos que tenham posicionamentos ideológicos diferentes dos seus, porque estes ele controla, pode domesticá-los e pode conduzir o "rebanho" como quer e entende. Os outros, constituem um perigo.
Sindicatos conotados politicamente(?), obviamente que sim. Os sindicatos só se justificam por razões políticas e não para brincar ao pai e à mãe. Um sindicato não é uma associação recreativa, é um parceiro social da maior importância, porque estabelece o contraponto às medidas dos governos. Coitados de todos nós se não fossem os sindicatos! Eles não estão aí apenas para reivindicar mais mais uns euros na contratualização colectiva, mas para serem a voz dos trabalhadores que não têm voz em todos os domínios da actividade governativa. A Democracia constroi-se nesta luta de contrários, através da NEGOCIAÇÃO entre as partes e não através da voz do dono.
É claro que, conhece-se o porquê da pouca adesão às greves realizadas na Madeira. Não é porque as pessoas não as considerem justas, mas pelo medo que têm, pelo controlo que é exercido, pela ausência de participação cívica em movimentos, pela falta de liberdade e domínio dos seus direitos. E porque faz falta o dinheiro de um dia de trabalho. É por isso que precisam de um empurrãozinho do "chefe", tipo... agora é para fazer greve e devem fazê-la. Mas o "chefe" deste (des)governo regional não vem dizer às pessoas como pensa actuar na Região em função das medidas de austeridade, não, o político arma-se em sindicalista e diz façam greve. Só aqui!
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

Espaço do João disse...

Mas o que se esperava desse sr.? que não conduzisse a carneirada ao redil? O carneiro só é comido depois de se arrancar a pele. Então como ficaria o estomago com tanto pelo? Talvez fosse parar à cabeça desse senhor! Pobre povo. Ainda não abriu os olhos. Só é cego quem não quer ver.